quinta-feira, 29 de março de 2012

"Ele tem o rosto de um anjo"

Como mais um ato de uma comédia, e após rumores de “conversão”, Fidel Castro visitou o Papa no seu último dia em Cuba. Depois disso, os comunistas dirão: “Estão vendo, Fidel não é tão mal assim; foi até visitar o Papa...” Só não teve coragem de beijar a mão de Bento XVI – aí também já seria o supra-sumo da hipocrisia.
Segundo Lombardi, Fidel Castro viu Bento XVI como uma "boa pessoa" e que tem "o rosto de um anjo".
A reunião entre Castro e o Papa veio depois da missa celebrada na “Praça da Revolução”. A reunião durou meia hora na sede do Núncio Apostólico da Santa Sé em Havana. Castro estava acompanhado de Dalia, atual esposa, que mais tarde se juntou a dois filhos. "Foi um encontro sereno e cordial", disse Lombardi. E como não haveria de sê-lo?
Quanto à balela da conversão de Fidel Castro, sua filha Alina Fernandez tachou-a de "improvável". "Seria bom se o meu pai, doente e idoso, voltasse às raízes da fé em que ele cresceu, quando estudou com os jesuítas. Seria bom restaurar a humanidade perdida. Mas acho que não, porque eu acho que ele se considera imortal ", disse ela ao jornal italiano La Stampa.
Alina Fernandez é filha ilegítima (quais deles são legítimos?) de Castro e ferrenha crítica do regime comunista de Cuba. Fernandez fugiu de sua terra natal em 1993 e agora vive em Miami (Estados Unidos) com milhares de outros cubanos que preferiram arriscar a vida na perigosa travessia do golfo do México do que viver sob a ditadura comunista.
Jornais italianos especularam nos dias que antecederam a visita pastoral do Papa Bento XVI sobre um possível encontro entre Fidel e o Papa durante a visita papal, em que o líder comunista supostamente usaria para se reconciliar com a Igreja. Poucos perceberam que tudo não passava de um ardil da propaganda comunista: era preciso mostrar um Fideal com uma imagem diferente daquela que a opinião pública está acostumada a ver, de um homem ruim, perverso, sanguinário e verdugo de seu próprio povo. “Ele agora tem ate propósitos de conversão á fé católica...”, poderiam pensar muitos ingênuos.
Na semana passada, quando perguntado sobre o futuro de Cuba, o Papa Bento XVI disse que "é hoje evidente que a ideologia marxista já não reflete a realidade", acrescentando que os modelos "novos podem ser encontrados com paciência. " Isto é, o comunismo está com seus dias contados. Fidel Castro, com quase 86 anos, está afastado do poder desde 2006 por causa de um câncer, mas ainda é uma personalidade importante, ainda dá ordens no governo. Quando encontrou-se com o Beato João Paulo II, em janeiro de 1998, Fidel não viu o Papa “com cara de anjo” como agora: mudança de comportamento ou esperteza política? Ou será que (para ele) Bento XVI tem fisionomia mais dócil e angelical do que João Paulo II?
Durante a reunião, segundo Lombardi, foi Castro quem fez as perguntas. Na ocasião, revelou que desde que deixou o poder em Cuba dedica sua vida ao estudo e à reflexão. Ele quis dizer, com isso, que hoje é um homem pacato, que vive de estudo e reflexão. Quem não vê nisso um recado para a opinião pública? Quem não vê nisso um lance publicitário? Ele também confessou que percebe que a liturgia atual é diferente do que ele sabia que era em sua juventude; foi quando o Papa parou para explicar quais foram as mudanças que têm ocorrido nesta matéria.
Além disso, o Papa e Castro falaram sobre as dificuldades atuais enfrentadas pela humanidade e como a ciência tem sido incapaz de resolver questões relevantes como a ecológica, cultural ou a forma como diferentes religiões enfrentam os problemas. O Santo Padre poderia então explicar como isso poderia resolver esses problemas sérios com a realidade de uma sociedade na qual Deus é deixado de fora da vida cotidiana. Nesse sentido, Bento XVI falou da relação entre fé e razão liberdade e responsabilidade.

Papa diz adeus à Cuba

Em um discurso de despedida após a visita pastoral intensa, que começou em 26 de março, o Papa encorajou Cuba para ser “a casa de todos os cubanos com justiça e liberdade”, e onde banir os pontos de vista arraigados para pesquisa o que une todas elas e construir um país e o bem comum.


No Aeroporto Internacional José Martí de Havana, perante o presidente de Cuba, Raul Castro, o corpo diplomático, os bispos da ilha e do resto da América Latina, o Santo Padre disse: "Cuba reaviva em vós a fé de teus ancestrais , tira dela a força para edificar um futuro melhor, confia nas promessas do Senhor, abre teu coração ao seu Evangelho para renovar autenticamente a vida pessoal e social”.





quarta-feira, 28 de março de 2012

Que futuro está reservado a Cuba depois da visita do Papa?

Realmente, a viagem de Bento XVI à América Central vai deixar marcas mais profundas em Cuba do que no México. Mesmo porque o tema abordado pelo Papa no México foi mais a violência do tráfico de drogas do que a ideológica e política: mais difícil, inclusive, de ser combatida porque trata-se de algo enviscerado em toda a sociedade. Quanto a Cuba, não: trata-se de uma violência institucionalizada pelos donos do poder - uma seita socialisa que tinha pretensões de dominar o mundo, e que lá se mostrou tão radical que seu principal dirigente (Fidel) chegou a dizer, após a queda do Muro de Berlim, que Cuba seria o último país a deixar o comunismo. Se trata-se de um vaticínio futurista, feito há mais de 20 anos, parece que estamos próximos de vê-lo concretizar-se. Como já era esperado, o Papa teve um encontro com o tirano: talvez por causa de algum acordo que o Vaticano fizera para se concretizar a viagem a Cuba. Esperam os comunistas, com esse ato hipócrita, comover alguém a acreditar que Fidel está realmente se convertendo? De outro lado, verifica-se como a autoridade do Papa tem peso e importância: de tal forma que o maior inimigo da Igreja (o comunismo na figura de um de seus mais legítimos representantes) se curva perante ele e exige que se receba um de seus ídolos para com isso tentar conquistar a opinião pública.
Lembremo-nos de que estamos diante de um Papa que, quando era Cardeal, publicou uma obra em que dizia que o comunismo era "a vergonha do século XX". Lembremo-nos também que foi logo após a visita de João Paulo II à Polônia em meados da década de 80 (em plena efervecência da era da "perestroika" de Gorbachev) que os muros daquele regime desumano começaram a ruir por toda parte. Somente Cuba, Coréia e China (e não sei se mais alguma republiqueta africana), permaneceram fiéis ao credo vermelho em toda a sua radicalidade. Pois, se algum país anda por aí ostentando a foice e o martelo (Vietnã é um deles) o que nota-se é uma verdadeira corrida pelo ouro do capitalismo, inclusive do falso colosso chinês - que é comunista pela metade, isto é, por causa de um partido único, mas vive sustentado pela mais alta burguesia do Ocidente.
Talvez vejamos cumprir em breve a promessa que Nossa Senhora fez em Fátima, quando disse: "Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!" Quem sabe se tal triunfo já não esteja tão perto de ocorrer; talvez se incie, como sugerimos anteriormente, com a mudança do nome da "Praça da Revolução", onde o Papa celebrou uma missa em Havana, para "Praça da Revelação", pois lá se revelou que, mesmo após décadas de pregação de ateísmo, socialismo, comunismo e tantos outros "ismos" daquela seita materialista, o povo continua firmemente católico.

Abaixo, alguns vídeos sobre esta última viagem do Papa. Se a maioria deles foi gravado em Cuba é porque, realmente, os problemas lá chamam mais a atenção de toda a humanidade.


Reportagem da Agência Eclésia sobre visita ao México




Santuário da Virgem da Caridade do Cobre




Papa Bento XVI em Santiago de Cuba - 400 anos de N.Sra.da Caridade




Papa evoca em Cuba os presos, discriminados e perseguidos





Homilia de Bento XVI em Havana




Entrega da Rosa de Ouro à Virgem da Caridade do Cobre



terça-feira, 27 de março de 2012

Tentam aprovar o aborto através da anencefalia

Uma visão geral sobre a implantação do aborto

Aproximamo-nos de mais uma decisão que se prevê desastrosa do STF: nos próximos dias vão decidir se aprovam o aborto no caso de se manifestar a anencefalia no feto.

Resumimos abaixo as informações contidas no documento intitulado “CONTEXTUALIZAÇÃO DA DEFESA DA VIDA NO BRASIL –Como foi planejada a introdução da cultura da morte no país” ” elaborado pela Comissão em Defesa da Vida da Diocese de Guarulhos, pela Comissão em Defesa da Vida da Diocese de Taubaté, ambas compondo a Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul -1 da CNBB.
Encíclica “CARITAS IN VERITATES” – Papa Bento XVI – Junho/09
Também no documento intitulado “O Aborto e sua legalização”, elaborado pela presidente do movimento Pró-Vida Família, Prof. Humberto L. Vieira, ex-consultor da OMS (Organização Mundial da Saúde), consultor legislativo do Senado Federal e membro vitalício e consultor da Pontifícia Academia para a Vida, nomeado por João Paulo II.
Assim como no texto “Ubi PT, Ibi abortus” de Padre Luiz Carlos Lodi, Presidente do Pró-Vida de Anápolios.

No início, o documento fala sobre uma notícia veiculada por Reinaldo Azevedo, colunista da revista "Veja" que tem o seguinte título
"Dupla de especialistas defende o direito de assassinar também os recém-nascidos" e reza assim:

“Os neonazistas da “bioética” já não se contentam em defender o aborto; agora também querem a legalização do infanticídio! …! E ainda atacam os seus críticos, acusando-os de “fanáticos”.
… Os acadêmicos Alberto Giublini e Francesca Minerva publicaram um artigo no, ATENÇÃO!, “Journal of Medical Ethics” intitulado “After-birth abortion: why should the baby live?“ – literalmente: “Aborto pós-nascimento: por que o bebê deveria viver?”
Ao longo da reportagem é relatado os argumentos daqueles que defendem o infanticídio.
Justificando o assassinato em vez de entregar a adoção, disseram:
“Precisamos considerar os interesses da mãe, que pode sofrer angústia psicológica ao ter de dar seu filho para a adoção.”
“A mãe que sofre pela morte da criança deve aceitar a irreversibilidade da perda, mas a mãe natural [que entrega filho para adoção] sonha que seu filho vai voltar. Isso torna difícil aceitar a realidade da perda porque não se sabe se ela é definitiva“.
Resumindo, já estamos presenciando a defesa do infanticídio em revistas científicas e a tendência é relaxar ainda mais os parâmetros morais. Estamos à beira de uma catástrofe moral.

A idéia abortista se origina de países totalitários

O primeiro país do mundo a legalizar o aborto foi a União Soviética em 1920. Segundo as leis daquele país, os abortos seriam gratuitos e sem restrições para qualquer mulher que estivesse em seu primeiro trimeste de gravidez. Os hospitais soviéticos tinham os chamados “abortórios“, unidades especiais criadas para realizar abortos em ritmo de produção em massa. Segundo relatos de médicos estrangeiros que visitaram a União Soviética em 1930 para estudar a implantação do aborto, um abortório com 4 médicos era capaz de realizar 57 abortos em 2 horas e meia. Desde 1913 Lênin já defendia a legalização do aborto.
Depois foi implantado por Adolf Hitler em 1935.
O segundo país a legalizar o aborto foi a Alemanha Nazista em 1935, mediante uma reforma da “Lei Para Prevenção de Doenças Hereditárias Para a Posteridade“, que permitia a interrupção da gravidez de mulheres consideradas de “má-heredietariedade” (ou seja, “não-arianas” ou portadoras de deficiência física ou mental). Posteriormente esse programa pró-aborto nazista foi ampliado e acabou se transformando em um programa de “eutanásia de crianças” em larga escala, chegando a um ponto onde até mesmo crianças arianas sem defeitos físicos eram mortas apenas por razões sociais. A morte era assistida por médicos pediatras e psiquiatras. Com o tempo, a idade das crianças mortas ia ampliando e no final até mesmo crianças arianas eram mortas por razões banais como orelhas deformadas ou até mesmo por urinarem na cama ou ainda por serem consideradas difíceis de educar.

O aborto se torna projeto mundial

Em 1952, o bilionário americano, John Rockefeller, na época, o 2º homem mais rico dos Estados Unidos, preocupado com o crescimento populacional no mundo, pois era uma ameaça à soberania americana, decide investir pesado em projetos de controle demográfico e cria, juntamente com 26 especialistas em demografia, o Conselho Populacional.
Este Conselho deixou clara a posição de que somente através da implantação do aborto seria possível controlar a explosão demográfica mundial.
Rockefeller conseguiu nas três primeiras décadas, estabelecer em diversos países nos cinco continentes, departamentos de demografia, fábricas de DIU’s e na África e Ásia programas de planejamento familiar.
Em 10 anos, Rockefeller gastou mais de 1 bilhão e 700 mil dólares para promover o controle demográfico.
Ao longo dos anos foram se ajuntando a ele várias instituições e empresas privadas, políticos e fundaçõe gigantes como: Fundação FORD, Fundação MacArthur, OAK Fundation e Global Fund for Women.
As ONG’s e movimentos feministas recém criados tomaram o mundo sendo patrocinados por essas fundações

O Relatório Kissinger

Definitivamente se mostrou como projeto mundial em 1974 com a apresentação do “Documento do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos”, também chamado de“Relatório Kissinger”, pois foi assinado pelo então secretário de Estado Henry Kissinger.
Esse documento foi classificado como confidencial e tem como título: “Implicações do crescimento da população mundial para a segurança e os interesses externos dos Estados Unidos” cód. NSSM 200
O Documento foi desqualificado pela Casa Branca em 1989 e isso fez com que se tornasse conhecido amplamente.
O relatório Kissinger foi rejeitado como projeto oficial do Governo americano, porém, enviado a todas as embaixadas dos Estados Unidos, como instrumento de trabalho e posto em prática.
Para tornar a situação ainda pior, as tais fundações e instituições privadas, compraram a idéia e hoje são as grandes financiadoras do projeto contido no Relatório Kissinger.
[...] Quanto diretamente ao aborto o documento diz:
“Certos fatos sobre o aborto precisam ser entendidos:
-Nenhum país já reduziu o crescimento de sua população sem recorrer ao aborto.
-As leis de aborto de muitos países não são estritamente cumpridas e alguns abortos por razões médicas são provavelmente tolerados na maioria dos lugares. É sabido que em alguns países com leis bastante restritivas, pode-se abertamente conseguir aborto de médicos, sem interferência das autoridades.
…sem dúvida nenhuma, o aborto legal ou ilegal, tem se tornado o mais amplo método de controle da fertilidade em uso hoje no mundo (idem.pag. 182/184)

A “raça pura” – o aborto como instrumento racista

Sobre o interesse na subsistência de uma “raça pura”, o aborto também foi incorporado como método para eliminar pessoas consideradas de raça inferior ou possuidoras de defeitos físicos e mentais.
A IPPF (International Planning Parenthood Federation)- em tradução: Federação Internacional de Planejamento de Paternidade, cuja fundadora é Margaret Sanger, possui 142 filiais no mundo e no Brasil a BEMFAM, sua afiliada, tem um orçamento médio anual de 2 milhões e meio de dólares para seus projetos.

Margaret Sanger

Margaret Sanger a fundadora e primeira presidente da IPPF declarou suas idéias no livro“Pivot of Civilization” e em sua revista “Birth Control Review”:
“Controle de natalidade – mais filhos dos saudáveis, menos dos incapazes”;
“Controle de natalidade – para criar uma raça de puro-sangue”;
“Os filantropos que dão recursos para atendimentos nas maternidades encorajem os sãos e os grupos mais normais do mundo a igualar o fardo da irracional e indiscriminada fecundidade de outros, que trazem com ele, sem nenhuma dúvida, um peso morto de desperdício humano. Em vez de reduzir e tentar eliminar as espécies que mais comprometem o futuro da raça e do mundo eles tendem a tornar essas raças dominantes numa proporção ameaçadora”
(M. Sanger, Pivot of Civilization - N. York, Bretano’s, 1992, p. 177, in Father of Modern Society - Elasah Drogin).

A ONU compra a idéia

Em 1994, na Conferência Populacional, realizada no Cairo, a ONU manifesta a adesão ao controle demográfico e define conceitos totalmente novos para o mundo, conceitos estes que já vinham sendo defendidos pelas grandes fundações internacionais.
Essa adesão foi um marco para a implantação do aborto, até mesmo pelo prestígio que a ONU gozava e goza perante muitos países no mundo.
Entre as novas diretrizes no documento final emitido pela ONU, provenientes da conferência encontram-se estas:
- O conceito de saúde reprodutiva, considerado como algo mais do que a simples ausência de doenças
-O direito das mulheres ao acesso a serviços de abortos de qualidade quando a prática não for contrária à lei
- A urgência das ONG’s, ainda que não sejam constituídas por profissionais da saúde, de cooperar e supervisionar (ou pressionar) os governos na prestação dos serviços de saúde reprodutiva (incluindo o serviço ao aborto legal)
-Os direitos reprodutivos, que derivam do conceito de saúde reprodutiva, como um novo tipo de direito humano ( que futuramente poderia incluir o direito ao aborto)
O plano de pressão da ONU
Com o sucesso da Conferência Populacional em 1994 e da Conferência sobre a Mulherem 1995, a ONU promoveu em 1996, informalmente, a famosa Reunião de Glen Cove, numa ilha próxima a Nova York, onde reuniu as recém criadas ONG’s e movimentos feministas.
Ali se estabeleceu o plano de gradual pressão sobre os vários países, em especial sobre os da América Latina, no sentido de acusá-los de violarem os direitos humanos ao não legalizarem o aborto.
Entre outras metas para implantarem o aborto no mundo estava a de conseguir fazer com que o direito ao aborto entrasse oficialmente na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A denúncia do Papa
O Papa Bento XVI, publicou em Junho/09, sua 3ª Encíclica: “CARITAS IN VERITATES” (caridade na verdade). Nela o Sumo Pontífice denuncia claramente os grupos e movimentos nacionais e internacionais que tramam para impor o aborto principalmente aos mais pobres, como controle demográfico.
Parágrafo 28
28. Um dos aspectos mais evidentes do desenvolvimento atual é a importância do tema do respeito pela vida, que não pode ser de modo algum separado das questões relativas ao desenvolvimento dos povos. Trata-se de um aspecto que, nos últimos tempos, está a assumir uma relevância sempre maior, obrigando-nos a alargar os conceitos de pobreza [66] e subdesenvolvimento às questões relacionadas com o acolhimento da vida, sobretudo onde o mesmo é de várias maneiras impedido.
Não só a situação de pobreza provoca ainda altas taxas de mortalidade infantil em muitas regiões, mas perduram também, em várias partes do mundo, práticas de controle demográfico por parte dos governos, que muitas vezes difundem a contracepção e chegam mesmo a impor o aborto. Nos países economicamente mais desenvolvidos, são muito difusas as legislações contrárias à vida, condicionando já o costume e a práxis e contribuindo para divulgar uma mentalidade antinatalista que muitas vezes se procura transmitir a outros Estados como se fosse um progresso cultural.
Também algumas organizações não governamentais trabalham ativamente pela difusão do aborto, promovendo nos países pobres a adoção da prática da esterilização, mesmo sem as mulheres o saberem. Além disso, há a fundada suspeita de que às vezes as próprias ajudas ao desenvolvimento sejam associadas com determinadas políticas de saúde que realmente implicam a imposição de um forte controle dos nascimentos. Igualmente preocupantes são as legislações que preveem a eutanásia e as pressões de grupos nacionais e internacionais que reivindicam o seu reconhecimento jurídico.

O Brasil como porta de entrada para o aborto na América Latina

No final dos anos 80 a América Latina foi visitada por diversas vezes por profissionais da IWHC (International Women Health Coalition) traduzindo: Coalizão Internacional Saúde da Mulher – Muitos destes profissionais já haviam participado do processo de elaboração do Relatório da Fundação Ford sobre saúde reprodutiva.
Eles chegaram à conclusão que o Brasil seria o país que levaria toda a América Latina a legalizar o aborto, por sua influência política e pela facilidade de criar e coordenar os grupos de pressão pró-aborto.
Foram criadas então, organizações que pressionariam as políticas públicas no Brasil, após um evento realizado pela IWHC e CEPIA em 1993, no Rio de Janeiro.

Financiando o aborto no Brasil

Nos anos 90 a Fundação MacArthur despejou no Brasil U$36 milhões de dólares para financiar e criar estratégias para a legalização completa do aborto no país.
Criou algumas ONG’s e outras foram escolhidas para serem patrocinadas visando estes interesses internacionais.
Entre elas estão:
• CASA DA CULTURA DA MULHER NEGRA
• CATÓLICAS PELO DIREITO DE DECIDIR
• IPAS
• CFEMEA
• REDE FEMINISTA DE DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS
• CEPIA
• CUNHÃ
• EDUCAÇÃO SEXUAL LIBERAL
• ECOS
• GTPOS
• SOS CORPO – GÊNERO E CIDADANIA
• THEMIS
Algumas delas atuam pra derrubar a questão moral do aborto, outras para implantar leis que facilitem o aborto “legal”, algumas especialistas em Lobby junto ao Congresso Nacional, outras para defender o aborto na área jurídica, outras ainda para tentar conquistar a adesão popular pela mídia, muitas delas especialistas em manipular dados e pesquisas, enfim, entram em pontos estratégicos da sociedade brasileira.

O Governo Lula

Ao assumir o poder, em 2003, tanto o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, como o próprio Partido dos Trabalhadores, aderiram entusiasmadamente a este projeto.
O movimento internacional pró-aborto contou com a aliança do governo brasileiro que deu passos concretos em direção para o aborto totalmente livre no Brasil, foram eles:
• 2004, o então presidente Lula assinou de próprio punho o PLANO NACIONAL DE POLÍTICA PARA AS MULHERES, onde continha como prioridade nº 3.6, envolver o poder executivo, legislativo e judiciário a fim de despenalizar o aborto. A então Ministra Nilcéia Freire revelou a conversa pessoal dela com Lula e revelou a adesão pessoal de Lula e do Partido dele pela legalização do aborto.
• Abril de 2005 o governo Lula comprometeu-se com a ONU, em legalizar o aborto no Brasil. Registrado no IIº Relatório do Brasil sobre o Tratado de Direitos Civis e Políticos, apresentado ao Comitê de Direitos Humanos da ONU (nº45).
• Maio de 2005 a comissão da Secretaria para a Política das Mulheres do Governo Lula, após seminário com grupos pró-aborto da ONU, começou a defender não só a legalização do aborto, mas a própria inconstitucionalidade de qualquer criminalização do aborto
• Agosto de 2005, o governo reconhece o aborto como Direito Humano da Mulher. Entregou ao comitê da ONU para a Eliminação de todas as Formas de Descriminalização contra a Mulher (CEDAW) documento confirma a declaração.
• Setembro de 2005, o governo apresentou ao Congresso o Projeto de Lei 1135/91 de autoria do Dep. José Genoíno – PT, que propunha descriminalizar o aborto até o 9º mês de gestação e por qualquer motivo.
• Abril de 2006, a discriminação do aborto foi oficialmente incluída pelo PT como diretriz do programa de governo para o segundo mandato do Presidente Lula. O documento intitulado “Diretrizes para a Elaboração do Programa de Governo” foi oficialmente aprovado pelo PT e contém: “…o Governo Federal se empenhará na agenda legislativa que contemple a descriminalização do aborto.”
• Setembro de 2006, quatro dias antes do primeiro turno das eleições, em exatamente, 27 de Setembro, o próprio Presidente Lula incluiu o aborto em seu programa pessoal de governo para o segundo mandato e se compromete em legalizar o aborto no documento intitulado: “Lula Presidente: Compromisso com as mulheres, Programa Setorial de Mulheres 2007-2010”
• Setembro de 2007, No 3º Congresso Nacional do PT, no documento intitulado: “Por um Brasil de Mulheres e Homens livres e iguais”, o Partido assumiu a descriminalização do aborto e o atendimento de todos os casos no serviço público, como programa do Partido, sendo o primeiro partido no Brasil a assumir a causa como programa.
• Outubro de 2007A então Ministra Dilma Roussef, em entrevista gravada em vídeo para Folha de São Paulo afirma ser um absurdo que no Brasil ainda não haja a descriminalização do aborto.
• Em Setembro de 2009 o PT puniu os dois deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso por serem contrários à legalização do aborto.
• Com o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o governo Lula emplacou o discurso: “legalizar o aborto é questão de saúde pública.”
• Fevereiro de 2010 o Partido dos Trabalhadores, o presidente Lula e a então Ministra Dilma Rousseff, firmaram oficialmente, com assinaturas de próprio punho, o apoio incondicional ao 3º Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) no qual se reafirmou a descriminalização do aborto, a retirada de símbolos religiosos das repartições públicas, a união civil homossexual, entre outros absurdos.
• junho de 2010 o PT e os aliados boicotaram a criação da CPI do Aborto que investigaria as origens dos financiamentos por parte de organizações internacionais para a legalização e a promoção do aborto no Brasil. Por temerem ser revelado o financiamento das fundações internacionais que investem para que o aborto seja legalizado no Brasil, entre elas a Fundação Ford, Fundação Rockfeller, Fundação MacArthur, etc.
• O partido do governo não respeitou a própria constituição do país que declara o direito de todos à vida, não respeitou o Pacto de São José da Costa Rica do qual é signatário, onde se confirma a vida começando na concepção. (obs: O pacto de São José da Costa Rica é um pacto internacional, compromisso acima das leis nacionais, ficando abaixo apenas da Constituição Federal)
• Em Julho de 2010, exatamente dia 16, o governo Lula assinou um documento chamado “Consenso de Brasília” que propõe a liberação completa do aborto para todos os governos da América Latina.
• Fevereiro de 2010 – A Presidente Dilma Roussef coloca Eleonora Menicucci, feminista e militante pró-aborto, como Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres; ela que revelou ter feito – inclusive – um curso fora do país de abortamento por sucção.

A população brasileira contra o aborto

Uma boa notícia é que a última pesquisa realizada pela Vox Populi, mostra que 82% da população brasileira não aceita a legalização do aborto no país e este número continua crescendo.
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“As abortistas não nos representam”

O texto abaixo foi extraído do blog do Prof. Felipe Aquino , da Canção Nova:

Renata Gusson Martins, mãe de cinco filhos, participou na Sessão da Subcomissão permanente em defesa da mulher, uma audiência para debater as políticas públicas para a saúde da mulheres, presidida pelas Senadoras Angela Portela (PT); Ana Rita (PT); Lídice da Mata (PSB), ocorrida em Brasília no dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher. Para a ocasião as senadoras da subcomissão convidaram mulheres financiadas pela Fundação MacArthur para falar sobre a “saúde” da mulher, mas não estenderam o convite às organizações de defesa da vida e de amparo a mulheres grávidas. No entanto, mesmo sem convite, essas iniciativas pró-vida se fizeram presentes em Brasília na audiência, para surpresa geral das senadoras e das feministas convocadas.
Usando da palavra Renata denunciou que as abortistas e feministas financiadas por fundações internacionais como a Rockefeller, Ford e MacArthur, as quais ferindo a soberania do país vêm promovendo o avanço da legislação pró-aborto em Brasilia, simplesmente não representam a mulher brasileira e seus verdadeiros interesses.
O vídeo já foi visto mais de 30 mil vezes em apenas uma semana no Youtube. Foi gravado pela TV Senado (Brasil).
Renata afirmou que causava “muita tristeza” observar naquela data, especial para as mulheres de todo o mundo, que outras mulheres supostamente comprometidas com o bem das brasileiras, ao seguir piamente os manuais das organizações estrangeiras que querem promover o aborto na América Latina, simplesmente “não representam” as mulheres do Brasil, onde mais de 70% da população rechaça o aborto.
“As senhoras não representam a mulher brasileira. É preciso dizer isso!”, reafirmou Renata Gusson, e criticou as senadoras pela má representação que fazem da mulher brasileira, ao comprometer-se com a agenda pró-aborto. Renata falou apenas três minutos, mas deu o seu recado cristão contundente, sem medo, corajosamente. Ela questionou a instrumentalização das senadoras e a de organizações feministas que se dedicam profissionalmente à tarefa de fomentar, junto ao poder legislativo, leis que promovem a legalização do aborto, de maneira especial no contexto da Reforma do Código Penal Brasileiro.
Renata Gusson lembrou sobre a terrível realidade que, uma vez permitido o aborto, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos, a maior parte das clínicas seriam estrategicamente instaladas em regiões de baixa renda e em bairros de moradores predominantemente negros prejudicando estas populações.
“A senhora como secretária de políticas especiais de ações afirmativas sabe que o aborto nos Estados Unidos é legalizado até os nove meses desde 1973. E a maior quantidade de clínicas de aborto se concentram em bairros pobres e negros. Infelizmente esta é uma estrutura, uma engrenagem que se forma simplesmente para aprovar o aborto em um país. Infelizmente secretária, não se tem amor por mulher nenhuma”. “E quem vai morrer, Secretária?” questionou Renata quem imediatamente respondeu: “50% das crianças abortadas são mulheres. As que vão morrer são as mulheres, e especialmente as crianças negras”.
“Eu queria deixar esta manifestação e pedir que as senhoras representassem as mulheres do Brasil e não representassem interesses estrangeiros, contrários à população brasileira”, concluiu Renata Martins.
Renata fez um verdadeiro desabafo pela grande maioria do público que repudia o aborto.
O vídeo pode ser visto em:
http://www.youtube.com/watch?v=dRD-3ZcoxxY
É lamentável constatar que são especialmente algumas mulheres que militam na política, que lutam para implantar o aborto livre no Brasil; são algumas deputadas, senadoras e ministras. Será este o papel da mulher? Destruir a vida? Matar o ser humano indefeso, no útero materno? Nada mais oposto à missão da mulher, que é gerar a vida, proteger a vida, cuidar da vida.
Por isso, o grito de Renata, em apenas três minutos é o grito que estava preso em nossas gargantas, contra um sistema malvado que implanta a passos largos a “cultura da morte”. Deus seja louvado pela Renata, por suas palavras e sua coragem.
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Veja o vídeo:


sábado, 24 de março de 2012

O Papa em Cuba


A viagem do Papa a Cuba parece que está chamando mais a atenção da mídia do que a viagem ao México. Ainda no avião, em entrevista aos jornalistas, Bento XVI já dizia que o regime comunista está ultrapassado e não resolve os problemas do povo cubano. Em aparente resposta, e mantendo o mesmo tom de mudança, o regim repondeu que respeitava a opiniãoo do Papa. Nunca respeitou até hoje, porque vai respeitar agora? Um mistério que só o futuro nos vai revelar. Criaram até um site oficial do governo comunista sobre a visita do Papa. Um amigo meu até dizia que os textos desse site parecem até ser feitos por alguns religiosos da igreja católica cubana, quem sabe até bispos, tal a linguagem moderada e cheia de conotações católicas, pois - comunistas, nunca souberam falar dessa maneira!
O texto abaixo é de autoria do site oficial do governo cubano, portanto não mereceria inteira confiança. No entanto, parece que é de autoria do famoso Frei Beto, um religioso, um católico, um dominicano, que hoje não se sabe se ainda pertence à sua ordem ou de ainda é católico sequer. Quem foi frei Beto?
Sua história é bem diversificada, e a maioria dos autores que se referem a ele são esquerdistas e, portanto, suspeitos. Frei Beto foi o mentor político e ideológico de Lula em sua ascensão do sindicalismo à política; o fato mais clamoroso de sua atuação naqueles idos da dedada de 60 foi quando ele traiu seus companheiros e entregou o terrorista Marighela para ser morto pelas forças de segurança (o referido marginal encontrava-se “escondido” no convento dos dominicanos onde Frei Breto morava em São Paulo) ; depois, com a mudança de orientação política, largou Lula e seguiu outros caminhos; defensor da Teologia da Libertação, quando a Igreja puniu Frei Boff com um “silêncio obsequioso”, ficou mais calado do que o punido; Frei Beto sempre tentou demonstrar que o comunismo seria a “redenção” da humanidade e, para tanto, organizou até uma viagem à Rússia em pleno império do comunismo internacional para fazer propaganda do regime. Depois, publicou um livro fazendo apologia de seu ídolo, Fidel Castro.
Extraímos o texto abaixo de um site suspeito, do governo cubano, cujo regime, como todos sabem, é ditatorial, desumano e anticristão, mas agora, com a vinda do Papa, hipocritamente procura mostrar-se simpático. Tudo indica que a autoria do mesmo é de Frei Beto. Vejam quanta hipocrisia e mentira na pena de um homem que se diz ainda religioso! O texto está em espanhol porque, fácil de entender para nós, brasileiros, não mereceria o trabalho de uma tradução.


Para disgusto y fracaso de las presiones diplomáticas de la Casa Blanca, el papa Benedicto XVI llegará a Cuba el 26 de marzo. Se quedará tres días en la isla, después de entrar en América Latina por México. El 28 de marzo celebrará una misa en la plaza de la Revolución, en La Habana.
Benedicto XVI celebrará en Santiago de Cuba -la histórica ciudad del cuartel Moncada, donde Fidel Castro inició su lucha revolucionaria en 1953- los 400 años de la aparición de la Virgen de la Caridad del Cobre.
En 1988, después que el papa Juan Pablo II terminase su visita a Cuba, participé en un almuerzo ofrecido por Fidel a un grupo de teólogos. En cierto momento un teólogo italiano manifestó, desde lo alto de su izquierdismo, su indignación por el hecho de que el pontífice hubiera expuesto a la Virgen de la Caridad adornada con una corona de oro.
Fidel no escondió su malestar. Y reaccionó diciendo: “La Virgen del Cobre no es sólo la patrona de los católicos de Cuba. Es la patrona de la nación cubana”. Y relató cómo su madre, Lina Ruz, católica devota, hizo que él y Raúl prometieran que si salían vivos de la Sierra Maestra, vendrían a depositar sus armas en el santuario, a fin de pagar la promesa que ella había hecho. En 1983, al visitar el santuario por primera vez, vi allí las armas.
Por esas “cristocoincidencias” que sólo la fe explica y las encuestas aclaran, la Virgen de la Caridad y Nuestra Señora Aparecida tienen tanto en común como Cuba y Brasil. Como dijo Ignacio de Loyola Brandão: “Cuba es una Bahía con suerte”. Ambas imágenes fueron encontradas durante la colonización: allí, en 1612, la española; aquí, en 1717, la portuguesa: Las dos en el agua. Las dos encontradas por tres pescadores. Allá, en el mar; acá, en el río Paraiba. Y ambas son negras.
El papa llegará a Cuba en el momento en que el país pasa por cambios sustanciales, aunque sin abandonar su proyecto socialista. Se está dando un proceso progresivo de desestatización, de apertura a la iniciativa privada, y en los últimos meses fueron liberados más de dos mil presos.
Ahora las relaciones entre el gobierno y la Iglesia Católica pueden ser calificadas de excelentes. Ya no quedan en la isla residuos del clero de origen español y formación franquista, que tanto fomentó el anticomunismo durante los primeros años de la Revolución, en que un sacerdote promovió la oprobiosa Operación Peter Pan: convenció a los padres de 14 mil niños de que iban a perder la patria potestad y de que sus hijos pasarían a manos del Estado… Llevó a los niños para Miami, sin padres ni madres, y el resultado, como se puede imaginar, fue catastrófico. La Revolución no fue derrotada por la invasión de Bahía Cochinos, patrocinada por el gobierno de Kennedy, y muchos de aquellos niños no pudieron escapar de un futuro de delincuencia, drogas y otros trastornos. Miles de ellos nunca pudieron ser localizados por sus familias.
Tanto el Vaticano como los obispos cubanos son contrarios al bloqueo que los EE.UU. imponen a la isla. Se podrá estar en desacuerdo con muchos aspectos del socialismo de aquel país, pero nadie nunca ha visto la foto de un niño cubano viviendo en la calle, o familias bajo los puentes, o mafias de narcotraficantes. En La Habana un cartel exhibe a un niño sonriendo con esta frase bajo la foto: “Esta noche 200 millones de niños dormirán en las calles del mundo. Ninguno de ellos es cubano”.
Cuba tiene muchos defectos, pero no el de negar a once millones de habitantes los derechos humanos fundamentales: alimentación, salud, educación, vivienda, trabajo y arte (incluyendo el cine y elBuena Vista Social Club). Lo cual mereció elogios de Juan Pablo II durante su visita de siete días, una de las más prolongadas de su pontificado.
Hoy Cuba recibe, proporcionalmente, más turistas que el Brasil. Lo que es una vergüenza para nuestro país de dimensiones continentales y con tantos atractivos. La diferencia es que Cuba promueve no sólo el turismo de solaz (tiene playas paradisíacas) sino también el turismo científico, cultural, artístico y deportivo.
La Revolución Cubana resiste desde hace 54 años, a pesar de los actos terroristas con el país, descritos al detalle en el best-seller de Fernando Morais, Los últimos cinco soldados de la guerra fría (2011). Y al hecho de tener que soportar en su litoral la base estadounidense de Guantánamo, que le roba parte de su territorio para usarlo como cárcel de supuestos terroristas secuestrados en lugares lejanos.
A lo mejor la resistencia cubana es otro milagro más de la Virgen de la Caridad…
Frei Betto es escritor, autor de “Sinfonía universal. La cosmovisión de Teilhard de Chardin”, entre otros libros.


Será que o povo cubano algum dia foi consultado se aprova ou não a tal da revolução que o oprime até hoje?

quinta-feira, 22 de março de 2012

Criada a União dos Juristas Católicos de São Paulo

O Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer fundou, no dia 20 passado em São Paulo, a "União dos Juristas Católicos de São Paulo (UJUCASP)", constituída por professores, magistrados, advogados e integrantes do Ministério Público de São Paulo.

A cerimonia de apresentação do es
tatuto da entidade, de nomeação e de posse da diretoria, ocorreu na Paróquia de Nossa Senhora do Brasil, localizada no Jardim Paulista, Zona Oeste da capital paulista. A UJUCASP será sediada na Rua João Ramalho, n. 182, São Paulo.

Os objetivos da entidade estão no artigo 4o.:

Art. 4o. A UJUCASP tem por esc
opo contribuir com a atuação dos princípios da ética católica na ciência jurídica, na atividade judiciária, na legislativa e na administrativa, bem como em toda a vida pública e profissional, particularmente:I. ocupando-se com os problemas do mundo contemporâneo e com as soluções propostas que devem pautar-se de acordo com a fidelidade ao Evangelho e à Tradição da Igreja, à luz do ensinamento do seu Magistério Supremo; II. propugnando pelo reconhecimento e pelo respeito ao Direito natural e cristão na Justiça e na Caridade;III. afirmando a dignidade humana e o apelo constante a seus deveres fundamentais e aos direitos decorrentes;IV.defendendo e protegendo a vida humana desde a concepção até a morte natural;V. defendendo e promovendo a concepção natural e cristã da família;VI. difundindo a doutrina e o ensinamento social da Igreja, principalmente, no domínio jurídico, promovendo sua aplicação para a justiça social;VII. contribuindo para a afirmação dos princípios cristãos na Filosofia, na Ciência do Direito, na atividade legislativa, na judiciária, na administrativa, no ensino e na pesquisa, assim como na vida pública e profissional.
O cardeal de São Paulo, Dom Odilo
Pedro Scherer, vinha há tempos se empenhando na criação da união dos juristas, conforme ele mesmo comentou: “Havia, faz tempo, o desejo de se criar essa união e o convite foi feito a diversas pessoas. Finalmente, aconteceu. E o grupo se reuniu para fazer o esboço daquilo que seria o estatuto. Foi feito também o convite a um grupo de juristas e militantes do direito para participarem da assembleia de fundação, para que tivéssemos aqui em São Paulo uma União dos Juristas Católicos, como já existe em vários outros lugares”

Durante a sessão solene de fundaç
ão da entidade, D. Odilo Scherer disse que a Igreja deve compartilhar seus ensinamentos com a sociedade. “A Ujucasp pode ser muito significativa. A Igreja chama todos os seus membros para uma missão, que é a de levar a palavra e a lógica do Evangelho à sociedade. Nós católicos temos muito a contribuir, e isso tem de aparecer de uma forma positiva, pois lutamos por causas justas.”
O cardeal afirmou ainda que a idei
a de criar a Ujucasp decorreu da necessidade de um fórum adequado para realizar discussões de natureza jurídica que tenham repercussão religiosa.
O arcebispo de São Paulo nomeou a diretoria da Ujucasp, que tem como presidente o jurista Ives Gandra da
Silva Martins. Ives Gandra manifestou alegria por compor a entidade. “Estou muito satisfeito com o convite de D. Odilo para fazer parte, junto de grandes amigos, da União dos Juristas Católicos de São Paulo. E posso garantir que saberemos defender a fé, com caridade necessária, mas falando da verdade na busca da justiça.”
Como vice-presidente foi nomeado o jurista Paulo de Barros Carvalho. Também compõem a diretoria o professor Nelson Nery Junior (diretor-tesoureiro), a consultora jurídica Ana Paula de Albuquerque Grillo (diretora-secretária) e o padre José Rodolpho Perazzolo (diretor-assistente eclesiástico).
Quanto aos cargos do Conselho Co
nsultivo, foram nomeados Antonio Carlos Malheiros, Fátima Fernandes Rodrigues, Luiz Gonzaga Bertelli, Milton Paulo de Carvalho, Dirceu de Mello e Ricardo Mariz de Oliveira.
Também esteve presente no evento o presidente a OAB/SP, Luiz Flávio D’Urso, que ressaltou a importância da criação da entidade.
“Aplaudo a iniciativa, que é muito importante, pois congrega juristas que estão em pleno exercício das várias c
arreiras da Justiça e com objetivos comuns. Já me vinculei como sócio fundador da Ujucasp. Acredito que a constituição da justiça deve estar calcada no princípio de fé que comungamos.”
Entidades que congregam juristas católicos já existem em outros Estados do Brasil. Todas estão articuladas com a União Internacional de Juristas Católicos, com sede em Roma (It
ália).


Veja aqui o Estatuto da UJUCASP.


Fonte:

Arquidiocese de São Paulo – Região Episcopal de Ipiranga

quarta-feira, 21 de março de 2012

4 milhões de católicos valem mais do que 13 milhões de ateus!

A campanha da "Non Believers Giving Aid" em favor do Haiti, dirigida também a 21milhões de ateus e agnósticos dos EEUU, conseguiu somente 500.000 dólares, enquanto os católicos arrecadaram 15 vezes mais. Novos estudos mostram que os não-crentes são menos solidários.

Os ateus e agnósticos só têm tido vergonhosas derrotas nos últimos días. A última vem da parte do ativista britânico Richard Dawkins. Anteriormente, havia tentado polemizar com autoridades religiosas publicando um livro contra a existência de Deus, “A Ilusão de Deus”, espécie de “bíblia” do ateísmo moderno, mas em vão, pois ninguém deu importância ao mesmo.
Em 2009, montou um acampamento onde se ensinaria aos meninos uma atitude de ceticismo racional ao lado de algumas atividades esportivas. Segundo o diário “The Daily Telegraph”, Dawkins, biólogo especializado na teoría da evolução, estava promovendo esse acampamento de cinco dias no qual, junto à natação e outros esportes, as crianças receberiam lições sobre filosofia, moral e biologia, e aprenderiam a refutar as teorías opostas aos ensinamentos de Darwin. Dawkins tem tentado, sem êxito, desafiar teólogos católicos para debates sobre a existência de Deus, cujo único objetivo é angariar publicidade para si mesmo e seu livro. Ele agora tentava cativar o público infantil. Sem êxito, é claro!
A iniciativa fazia parte de uma campanha de Dawkins e do também conhecido professor de filosofía AC Grayling destinada a desafiar as chamadas sociedades cristãs que fomentam a educação religiosa, fazendo com que as crianças possam “pensar de modo independente, para ser céticos e racionais”.
Também se daria ênfase ao pensamento crítico e uma das provas a que se submeteria aos participantes era a batizada como “o desafío do unicórnio invisível”. Era comunicado às crianças que perto de suas barracas de campanha viviam dois unicórnios e se pediria que demonstrem que não existem tais animais mitológicos. Um dos dirigentes do acampamento disse que “os unicórnios não são necesariamente uma metáfora de Deus, mas estão aí para que os meninos compreendam a impossibilidade de uma demonstração desse tipo”. Depois, eles dizem que não pretendem “atacar a religião” e evasivas parecidas. Como a figura mitológica do unicórnio leva também muita gente a imaginar a concepção do diabo, eles procuravam da mesma forma negar a existência de satanás.
(V. "Novos professores, uma nova didática materialista")

Como já se não bastasse o ateísmo prático, da vida que se leva hoje em dia, ele resolveu lançar na Inglaterra uma campanha publicitária a favor do ateísmo teórico. O lema é este: “Deus provavelmente não existe, deixe de preocupar-se e goze a vida”. Esta legenda foi afixada nos ônibus de Londres para fazer face às mensagens religiosas. A campanha obteve certo êxito em virtude dos organizadores terem conseguido arrecadar cinco vezes os fundos necessáros, isto é, 35 mil euros, para colocar os anúncios em 30 ônibus urbanos. O caráter do anúncio será, de início, meio de brincadeira, para divertir as pessoas, mas, no fundo (segundo os autores) há algo de sério, pois os ateus desejam afastar tudo o que lembra Deus da sociedade, até mesmo das cogitações das mentes das pessoas. Não pretendem parar por aí, é claro, e já pensam numa campanha mais audaciosa no futuro, talvez até ofensiva contra as religiões. O que se lamenta mais é a torpe e frouxa reação dos “cristãos” ingleses: alegam que é um direito de qualquer grupo manifestar sua posição ideológica e filosófica, criticando apenas o aspecto do gozo da vida, o qual, dizem, nada tem a ver com os ensinamentos cristãos. A tradicional Igreja Metodista Britânica também se manifestou de modo positivo, considerando interessante que autores como Dawkins se preocupem com Deus. Por aí se vê, quanta condescendência com o ateísmo, até mesmo por aqueles que deveriam combatê-lo! Nem sequer os argumentos favoráveis à existências de Deus (tão prolixos na teologia moderna) foram apresentados para calar a boca do biólogo, o qual tentou, inutilmente, se utilizar da ciência para provar a inexistência de Deus em seu livro “Deus, um delírio”. O evolucionismo, sim, é um delírio inconseqüente, especialmente aquele denominado “evolucionismo natural ou espontâneo”, hoje contestado por inúmeros cientistas, pois as teses ou teorias evolucionistas nunca conseguiram ser provadas.
( V. "Campanha em favor do ateísmo"?)


Quem é mais generoso: os crentes ou os ateus?

Agora, a última do ativista da nulidade atéia: quis provar que os “não-crentes” (leia-se, ateus) são pessoas mais generosas do que os religiosos. Para tanto fundou uma ONG com o fim de arrecadar fundos para ajudar o povo do Haiti. Esperava ele que sua campanha fosse comover o coração dos ateus, que é uma maioria maciça na Inglaterra, e sua coleta de donativos superasse a outras feitas pelos religiosos.
Vejam no que deu, lendo o texto publicado por J. A. Antonio no site Forum Libertas:


São mais generosas as pessoas religiosas do que as atéias? Ou será que o tecido social que criam as comunidades religiosas favorece a generosidade? É que há no agnosticismo algo intrínsecamente contrario à solidariedade?
A observação sociológica começa a ter instrumentos para medir o desempenho de solidariedade dos crentes e não crentes para responder a essas perguntas. O recente caso da Grã-Bretanha é talvez a mais clara, pela transparência de seus dados.

A chave do Haiti

Em 2010, com o grande terremoto do Haiti, a mídia apelou à solidariedade em todo o mundo. O ativista Richard Dawkins ateu ou agnóstico, naquela ocasião criou a associação "Non Believers Giving Aid" (não-crentes dão ajuda), que se divulgou em Inglês amplamente na imprensa britânica e norte-americana. Eles coletaram dinheiro para a Cruz Vermelha e os Médicos Sem Fronteiras para mostrar que as pessoas sem crenças religiosas são também generosas e solidárias.
Trabalharam para esta associação 17 entidades diferentes: ateus, secularistas, não-religioso "humanista", "racionalista", "céticos", etc ... Centenas de blogs foram convidados a fazer doações à "Non Believers Giving Aid"
Não está claro se se pode falar de uma "comunidade crente", mas se existe sua "ONG" é "Non Believers Giving Aid" que em 2010 foi à televisão e jornais em profusão. Seu site deu instruções para se beneficiar dos incentivos fiscais significativos no Reino Unido e EUA.
Segundo a Wikipedia, citando a mesma teia de "Non Believers Giving Aid" a "solidariedade dos não-crentes" reuniu US $ 500.000 (ou seja, 382,462 euros ou 317.700 libras esterlinas).
Mesmo recebendo grandes quantidades da Austrália e Nova Zelândia, parece claro que o dinheiro "não-crente" veio principalmente da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos. Na Grã-Bretanha há 13,4 milhões de "não-religiosos", segundo o relatório de 2010 do Parlamento britânico "Religião na Grã-Bretanha". Nos EUA há 21 milhões de ateus e agnósticos como consta no “ARIS Relatório”, de 2010. Se somarmos as pessoas que acreditam em um "poder maior", mas não desejam se definir como religiosas (os organizadores da próxima marcha atéia de Washington adicionam todos), totalizaria 48 milhões de americanos "não-religiosos."

Embora o terremoto no Haiti estivesse em todos os jornais e apesar da colaboração de 17 instituições militantes "não-religiosa" no Reino Unido e nos EUA, a solidariedade organizada dos 61 milhões "não-religioso" anglo-americana , apenas conseguiu meio milhão de dólares. Sem dúvida, ajudaram muitas pessoas carentes no Haiti e foi uma coisa boa recolher essa ajuda ... mas como medidor sociológico da generosidade do tecido social não-crente não é muito impressionante.
Em contraste, apenas na Inglaterra e País de Gales, região europeia muito seculaizada, em 2010, em meio a notícias sobre escândalos de pedofilia, a CAFOD (o equivalente anglo-galês a Mãos Unidas, solidariedade católica para o exterior) arrecadou para o Haiti 5,65 milhões de euros (7,4 bilhões de dólares ou 4,7 bilhões de libras). Ou seja, a ONG católica inglesa de ajuda ao desenvolvimento para o Haiti arrecadou 15 vezes mais do que a ONG dos “não-crentes”.
Insistimos em que os descrentes são o triplo dos católicos na Inglaterra e País de Gales. Há 13,4 milhões de não-crentes na ilha, enquanto apenas uma pequena minoria de 4 milhões de católicos (os católicos escoceses não contam, porque não doam para a CAFOD, sua sócia escocesa independente). Desses 4 milhões de católicos, apenas 1 milhão vai à igreja com alguma regularidade.
Isso permite dizer que o tecido social católico inglês, três vezes menor do que a "comunidade descrente", era, portanto, 15 vezes mais generoso. Isto é, na proporção (libras por pessoa em cada grupo social), 45 vezes mais generosa. E que, se apenas 13,4 milhões de "não-religioso" são britânicos: lembre-se que "Non Believers Giving Aid" possuem pelo menos 61 milhões de "não-religiosos" dos EUA e do Reino Unido.

Repassando os "poréns" (ou os “senões”)

Você poderia dizer que os não-religiosos também dirigiram, sem dúvida, sua generosidade através de outras entidades. O mesmo, porém, é verdadeiro para os católicos, anglicanos, evangélicos, etc ... porque muitos doaram à Cruz Vermelha ou a entidades não-confessionais.

Você também pode dizer que os 13,4 milhões de "não-crentes" britânicos são pouco militantes em sua identidade. Mas o mesmo é verdade para a comunidade católica britânica: temos dito que apenas um milhão vai à igreja regularmente.
Outra objeção que pode acontecer é que os não-crentes são pessoas generosas, mas não através de entidades, que não é justo comparar CAFOD e a "Non Believers Giving Aid" (apesar da imprensa e da Internet não parar de falar da "Non Believers Giving Aid", especialmente na Inglaterra, onde vive Dawkins).
Efetivamente, faria falta medir a generosidade individual do Inglês, em contraste com sua religiosidade.

E isso é o que acaba de fazer o "Market Tracker Report de 2011" (Relatório 2011 do Mercado Rastreador), pela Charities Aid Foundation (CAF), uma organização especializada em estudos sobre doações e patrocínios há 80 anos. O estudo analisou em detalhe 507 doadores com mais de 50 libras [60 euros] por ano, escolhidos com critérios estatísticos. Os resultados são claros:

- Os doadores com crenças, mas não praticantes (a metade dos entrevistados crentes admitiu não ter crenças muito fortes), davam bem mais que o dobro (576 libras, cerca de 700 euros) do que aqueles sem crenças religiosas (235 libras, é digamos, 282 euros)

- Doadores religiosos prestam muito mais atenção às ONG de saúde ou de assistência internacional ao desenvolvimento que as evangelizadoras. Apenas 31% dos doadores deu algo a programas religiosos para atividades religiosas, enquanto 68% doaram para organizações médicas e 48% de apoio à ajuda ao desenvolvimento internacional.

Saber organizar-se

Alguém poderia ainda contestar que os não-crentes em si são muito solidários e generosos, mas não estão sendo organizado em comunidades que se encontram e criam obras coletivas (paróquias, escolas, sindicatos, associações) não são muito eficazes em esforços coletivos.
Mas apenas que é simplesmente um argumento para os benefícios da religião organizada: a religião cria iniciativas de tecido social eficientes, superando o individualismo e o egoísmo tão comum no opulento ocidental da generosidade e gerando sinergias de generosidade eficazes.

Se isso é assim, a sociedade queira os cidadãos generosos, envolvidos e organizados, o que deveria fazer é promover a atividade religiosa, e desencorajar arreligiosidade

quinta-feira, 15 de março de 2012

Que fazer com o regime cubano?

As autoridades dos governos ocidentais estão fazendo enorme pressão (dizem que usando até recursos militares) para derrubar algumas ditaduras da região do petróleo. E assim, dirigem todos os seus esforços, tanto na mídia quando na política, para desestabilizar e derrubar o governo da Síria, do modo que já o fozeram com o Egito. Para tanto, há uma grande mentira que espalham nos jornais ao dizer que o ditador daquele país enfrenta apenas resistência pacífica de opositores, tratando-os com violência descomunal. A própria ONU o diz e tenta pressionar o regime de lá. No entanto, é mais do que claro e evidente que o governo sírio está enfrentando uma guerrilha.
Por que os governos ocidentais (EUA e Europa) e a ONU não fazem a mesma pressão ao regime cubano? Por que fecham os olhos à situação grave em que se encontra aquele povo, sujeito a uma ditadura que já dura mais de meio século? Somente os povos que produzem petróleo têm direito à tão decantada democracia? As respostas a essas perguntas revestem-se de verdadeiro mistério, pois parece que há uma verdadeira conivência com o regime castrista.
Para saber como foi que os comunistas tomaram o poder em Cuba, leia essa reportagem: UMA HISTÓRIA DE EMBUSTE E VIOLÊNCIA.
Agora, com a visita do Papa programada para ser feita no final deste mês, o ditador cubano resolveu proibir as conhecidas "damas brancas" de assistir à Santa Missa que Bento XVI vai celebrar em Havana. Mais um episódio de intolerância religiosa, que as autoridades mundiais fecham os olhos.
Vejam abaixo a notícia que a ACI Prensa está distribuindo sobre o fato:

A líder do grupo Damas de Branco "Laura Pollán", Berta Soler, denunciou que o Governo comunista está reprimindo e detendo membros deste grupo dissidente porque não quer que estejam presentes nas Missas que Bento XVI presidirá em Cuba.

As Damas de Branco, que reúne familiares e amigas de detentos políticos, conhecidas por sua luta pacífica pelos direitos humanos e por comparecer às Missas para pedir pela pronta libertação dos prisioneiros de consciência.

Em diálogo com o grupo ACI, Soler denunciou que as mulheres são perseguidas e agredidas por membros de Segurança do Estado nos subúrbios das Igrejas, onde ficam detidas durante horas até que tenha terminado a celebração Eucarística e lhes dizem que "nas Missas do Papa não poderemos estar presentes".

Soler indicou que isto ocorre em toda a ilha onde as Damas de Branco estão presentes. "As turbas organizadas, financiadas do Governo cubano, vêm sobre nós para agredir-nos física e mentalmente", indicou.

"Realmente isso é o que faz o Governo cubano, por isso necessitamos que o Papa nos escute", assinalou Soler, que reiterou seu pedido para que Bento XVI as receba "mesmo que seja um só por um minuto" e lhe contemos "o drama que vive o povo de Cuba pela falta de liberdade e de direitos".

"Queremos entregar ao Papa a lista dos presos políticos", afirmou a líder das Damas de Branco.

Ela disse à nossa agência que em Cuba "há 44 presos políticos e outros quinze homens que estão em liberdade condicional do grupo dos 75, que contamos porque cumprem sua pena nas ruas e porque em qualquer momento sua liberdade pode ser revogada e serem enviados novamente à prisão".

No diálogo, Soler agradeceu pela ação que tomam sacerdotes como o Pe. Jorge Palma do Santuário da Virgem da Caridade do Cobre e o Arcebispo de Santiago de Cuba, Dom Dionisio García, que foram para protegê-las quando se viram perseguidas pelos agentes do Governo.

Segundo a informação divulgada pela imprensa internacional, a Comissão Cubana de Direitos humanos e Reconciliação Nacional -declarada "ilegal" pelo Governo- denunciou que em fevereiro foram registradas mais de 600 detenções de curta duração em toda a ilha por motivos políticos. O relatório assinala que foi produzido um "aumento relativo" da repressão política em várias províncias, "especialmente contra o grupo das Damas de Branco", que são "objeto de numerosos atos de violência e vexames, incluindo alguns casos em que são obrigadas a tirar as roupas ou são manuseadas por agentes policiais".

Em seu anterior boletim, a Comissão informou que em janeiro houve em Cuba ao menos 631 detenções temporárias por motivos políticos.

quarta-feira, 14 de março de 2012

O laicismo anti-religioso restringe a prática religiosa

A Holanda é vista por muitos como o país das tulipas e dos famosos moinhos de vento. Poucos sabem que lá, também, se desenvolveu umas das seitas mais ardorosamente anti-católicas e, depois, tornaram-se até anti-cristãs, oriunda ainda das guerras religiosas do século XVI. A vizinha Bélgica, apesar da mesma origem, não aderiu ao protestantismo, continua católica, e sofre menos as revoluções morais que grassam no mundo, muitas delas nascidas na própria Holanda, que é hoje tida como símbolo do "secularismo libertário" - uma onda que invade o mundo moderno.
Ao receber o novo embaixador holandês para a Santa Sé, em 20 de outubro de 2011, o Papa Bento XVI referiu-se à mentalidade anti-religiosa presente em muitas sociedades modernas, mesmo naquelas em que a liberdade religiosa está incluída na proteção de seus direitos positivos. Disse o Papa:


"A liberdade de religião está ameaçada não só pelas restrições legais nalgumas regiões do mundo, mas também por uma mentalidade anti-religiosa em numerosas sociedades, mesmo naquelas onde ela goza da proteção jurídica. Por conseguinte, é desejável que o seu Governo esteja vigilante para que a liberdade de religião e de culto continue a ser protegida e promovida quer no país quer no estrangeiro.
Da mesma forma tranqüilizam-me as medidas que o Governo holandês tomou para desencorajar o abuso de drogas e a prostituição. Embora a sua Nação tenha sido uma defensora da liberdade de escolha dos indivíduos, estas devem ser desencorajadas se prejudicarem os que as fazem ou outras pessoas, para o bem de cada um e da sociedade em geral. A doutrina social católica, como se sabe, dá grande ênfase ao bem comum, assim como ao bem integral dos indivíduos; além disso, é necessário ter o cuidado de discernir se os direitos sentidos estão na verdade de acordo com os princípios naturais que mencionei anteriormente".

A Holanda é, no continente europeu, o paradigma da cultura relativista, a expressão mais avançada de um secularismo libertário, que foi fortemente influenciado pela legislação. Como se sabe, lá existe os “Coffee Shop”, autorizados a vender drogas para indivíduos que têm mais de 18 anos; a prostituição é reconhecida como “profissão” legal; o incesto não pode ser incriminado se consumado por formas consensuais entre adultos; casamentos do mesmo sexo são reconhecidos por lei desde 2001, facilitando a adoção de crianças por casais homossexuais; foi até constituído legalmente o “partido dos pedófilos”, agora dissolvido por causa de uma campanha pública feita por um padre; quanto à eutanásia, já vem se tornando uma prática comum e nunca foi proibido o "Protocolo de Groningen" , o acordo alcançado em 2005 entre o Hospital Universitário de Groningen e as autoridades judiciais holandesas, sobre o alargamento da possibilidade de eutanásia para crianças menores de 12 anos, até a idade neonatal: dos cerca de 200 mil crianças nascidas na Holanda a cada ano, cerca de mil morrem no primeiro ano de vida. Para cerca de 600 dessas crianças, a morte é precedida por uma decisão sobre o fim da vida, de caráter meramente médica, sem levar em conta os fatores morais e éticos ou mesmo religiosos. É comum a expressão “sem perspectiva de vida útil” para caracterizar as pessoas que possam nascer com defeitos físicos. Povos bárbaras procedem assim também: os índios brasileiros, por exemplo, eliminavam todas as crianças que nasciam com defeitos físicos. Por essa razão os colonizadores nunca encontravam um índio cego, aleijado ou com alguma deformidade física. Ainda hoje, na China e na Índia pagãs, se ouve falar em eliminação de crianças que possam causar transtornos futuros aos pais. É para lá que caminha a tão decantada liberdade do povo holandês?

O primeiro artigo da Constituição holandesa, que é uma cópia fiel das constituições republicanas modernas (embora lá reine uma monarquia), afirma que "cada pessoa deve ser tratada em igualdade de circunstâncias" e que a discriminação "com base na religião, crença, opinião política, raça ou sexo ou de qualquer outra forma, não será permitida". Por sua vez, o artigo 6 (outra versão holandesa de liberdade, própria das constituições republicanas) garante que "todos têm o direito de praticar livremente a própria religião ou crença, individual ou em comunidade com outros, sem prejuízo de sua responsabilidade perante a lei", embora o Parlamento possa estabelecer "regras relativas ao exercício do direito de exterior dos edifícios e lugares fechados ", a fim de" proteger os interesses da saúde de tráfego e de combater ou prevenir doenças. "
A participação religiosa da população é a seguinte: 31% são católicos; seguidores da Igreja Reformada Holandesa, protestante, são 14%; lá ainda há calvinistas, com 8% da população; 3,9% são muçulmanos; 4,1% são de outras religiões, e sem praticar religião, a maioria, isto é, são 39%. É para este último grupo que caminha o geral da população, manipulada pelo agnosticismo moderno.

Intolerância religiosa, fruto do “laicismo libertário”

O relatório sobre Liberdade Religiosa, da Fundação de direito pontifício "Ajuda à Igreja que Sofre (AIS)", afirma que a pressão cultural do secularismo e do relativismo cria problemas de discriminação legal contra os cristãos. Por exemplo, um cristão que queira exercer a medicina, se diz não estar disponível para praticar ou auxiliar um aborto ou a eutanásia, é discriminado e até pode ser processado criminalmente, dado as exigências legais para se cumprir tais eventos. Mesmo no caso de objeção de consciência, se, por exemplo, um funcionário público declarar que não está disposto a registrar um casamento gay. Recentemente, o parlamento holandês decidiu que um funcionário público não pode se recusar a realizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo, e ao se recusar a fazê-lo poderá sofrer uma acusação de violação de lei anti-discriminação. Posteriormente, foi alterada a lei sobre os casamentos, revogando a parte em que há a objeção de consciência por motivos religiosos. Quer dizer, o abuso do exercício da liberdade em benefício de certas correntes termina por prejudicar e punir a parte sã da sociedade, composta de cristãos. Na realidade, este “laicismo libertário” nada mais é do que intolerância religiosa, hoje uma tendência mundial nas leis laicas de diversos países.


segunda-feira, 12 de março de 2012

Podem tirá-Lo de locais públicos, mas não do coração do povo

Mais um lance da onda de intolerância religiosa que avança sobre o mundo: a Comissão da Magistratura do Rio Grande do Sul ordenou a retirada dos "símbolos religiosos" (quer dizer, crucifixos) de todos os prédios pertencentes à Justiça daquele Estado. Transcrevemos abaixo a Nota Pastoral de repúdio que o Bispo de Frederico Westphalen publicou sobre o assunto:

DOM ANTONIO CARLOS ROSSI KELLER

PELA GRAÇA DE DEUS E DA SANTA SÉ APOSTÓLICA

BISPO DE FREDERICO WESTPHALEN (RS)

Nota Pastoral

a respeito da determinação do Tribunal de Justiça

do Estado do Rio Grande do Sul,

estabelecendo a retirada dos símbolos religiosos dos locais públicos da Justiça.

O Conselho da Magistratura do TJ – RS determinou, nesta última terça feira, dia 06 de março, a retirada de todos os símbolos religiosos presentes nos prédios da justiça gaúcha.

O pedido para tal decisão tem a sua origem na Liga Brasileira de Lésbicas, através de uma solicitação protocolada em fevereiro de 2012. Tal decisão contraria o que a antiga administração do TJ – RS já tinha deliberado sobre esta questão, entendendo, na ocasião, não existir qualquer princípio preconceituoso na instalação de símbolos religiosos nas dependências dos prédios da justiça.

Como Bispo Diocesano, quero, através desta Nota Pastoral, expressar minha surpresa e meu repúdio a tal decisão.

É lamentável que o egrégio Tribunal de Justiça dobre-se diante da pressão de um grupo determinado, ideologizado e raivoso, contrariando a opinião da grande maioria da população do Estado do Rio Grande do Sul.

A interpretação dada pelo excelentíssimo relator daquilo que é a laicidade do Estado revela distorção de visão.

Como em outros países, orquestram-se movimentos pela expulsão do crucifixo das salas dos tribunais, das escolas e de outros lugares públicos, sob o pretexto de que o Estado deva respeitar as religiões que não adotam o mesmo símbolo, bem como aqueles que não adotam nenhuma forma de expressão religiosa.

Países com elevada tradição jurídica já rechaçaram tais argumentos, demonstrando cabalmente que a exposição passiva, em público, de símbolos religiosos não pode ser entendida como um proselitismo estatal de favorecimento a algum culto, ou como uma afronta à liberdade dos que ou não professam a fé em Cristo ou não professam algum tipo de fé.

No Brasil, o próprio Conselho Nacional de Justiça indeferiu tal pretensão, afirmando que a presença de um símbolo religioso, in casu o crucifixo em uma dependência de qualquer órgão do Judiciário, “não viola, não agride, não discrimina e nem sequer perturba ou tolhe os direitos e a ação de qualquer tipo de pessoa”, na expressão do então Conselheiro Oscar Argollo.

“A liberdade religiosa consiste na liberdade para professar a fé em Deus. Por isso, não cabe argüir a liberdade religiosa para impedir a demonstração da fé de outrem em certos lugares, ainda que públicos. O Estado, que não professa o ateísmo, pode conviver com símbolos dos quais não somente correspondem a valores que informam sua existência cultural, como remetem a bens encarecidos por parcela expressiva da sua população – por isso, também, não é dado proibir a exibição de crucifixos ou de imagens sagradas em lugares públicos”. [1]

Diante de tal decisão, como Bispo Diocesano, venho solicitar:

1. AOS EXCELENTÍSSIMOS SENHORES MAGISTRADOS dos Fóruns das Comarcas presentes na área compreendida pela Circunscrição Eclesiástica da Diocese de Frederico Westphalen, RESPEITOSAMENTE, a entrega dos símbolos religiosos católicos (crucifixos, demais imagens sagradas, Bíblias, etc..), caso os mesmos pertençam ao Tribunal e não ao Poder Judiciário, para os respectivos párocos das Paróquias Sedes das mesmas Comarcas, para que os mesmos custodiem as referidas imagens e delas cuidem.

2. AOS REVERENDÍSSIMOS SENHORES PÁROCOS das Paróquias nas quais existam Fóruns, que recebam os símbolos religiosos católicos das mãos dos Excelentíssimos senhores Magistrados, emitindo um recibo em três vias, detalhando o que foi entregue, sendo uma via para o Excelentíssimo senhor Magistrado, uma via para a Paróquia e uma via para a Cúria Diocesana.

3. AOS SERVIDORES PÚBLICOS DA JUSTIÇA, que professam a fé católica, que mantenham os sinais religiosos católicos que costumam usar pessoalmente (terços, escapulários, medalhas, crucifixos, etc...) e que, no esmero do trabalho em favor da justiça, especialmente no serviço dos mais necessitados e carentes dela, demonstrem sua fé católica, mantendo Jesus Cristo, Nosso Senhor, sempre presente nestes ambientes públicos.

Podem nos tirar os crucifixos e as imagens expostas em locais públicos. Mas jamais poderão tirar de nós a fé e a adesão aos princípios e valores do Evangelho.

Dada e passada em nossa Sede Episcopal, aos sete dias do mês de março do ano do Senhor de dois mil e doze.

+ Antonio Carlos Rossi Keller

Bispo de Frederico Westphalen (RS)

sexta-feira, 9 de março de 2012

Doutrina da Igreja sobre o "movimento feminista”

Transcrevemos abaixo a doutrina da Igreja sobre o movimento feminista, exposta de forma ortodoxa e coerente pelo teólogo Pe. Antonio Royo Marin em sua obra “Teologia Moral para Seglares” – BAC – vol. I, págs. 788/790.

O feminismo e a emancipação da mulher
“Modernamente se insiste muito no chamado “feminismo e a emancipação da mulher”, à qual se pretende conceder os mesmos direitos que ao varão na ordem individual, familiar, social e econômica. Para orientação do leitor recordamos aqui os princípios fundamentais da doutrina católica em torno desta questão, tomndo-os das encíclicas “Casti connubi” e “Quadragésimo anno”, de Sua Santidade o Papa Pio XII.

1º. – As teorias feministas que tendem a equiparar omnimodamente a mulher com o varão em toda classe de direitos e deveres, inclusive familiares, sociais e econômicos, são inteiramente contrárias ao direito natural e às máximas do Evangelho.

“Todos os que empanam o brilho da fidelidade e castidade conjugal, como mestres que são do erro, deitam por terra também facilmente a obediência confiada e honesta que há de ter a mulher a seu esposo; e muitos deles se atrevem todavia a dizer, com maior audácia, que é uma indignidade a servidão de um cônjuge para com o outro; que são iguais os direitos de ambos os cônjuges, defendendo presunçosíssimamente que por violar-se estes direitos, por causa da sujeição de um cônjuge ao outro, se há conseguido ou se deve chegar a conseguir uma certa “emancipação” da mulher. Dinstinguem três classes de emancipação, segundo tenha por objeto o governo da sociedade doméstica, a administração do patrimônio familiar ou a vida da prole, que há que evitar ou extinguir, chamando-lhes com o nome de emancipação social, econômica e fisiológica; fisiológica, porque querem que as mulhere, a seu arbíitrio, estejam livres ou se as livres de ônus conjugais ou maternais próprios de uma esposa (emancipação esta que já dissemos suficientemente não ser tal, senão um crime horrendo); econômica, porque pretendem que a mulher possa, ainda sem sabê-lo o marido ou não o querendo, encarregar-se de seus assuntos, dirigi-los e administrá-los fazendo caso omisso do marido, dos filhos e de toda a família; social, finalmente, enquanto apartam a mulher dos cuidados que no lar requerem sua família ou seus filhos, para que possa entregar-se a suas inclinações sem preocupar-se daqueles e dedicar-se a ocupações e negócios ainda que sejam públicos” (Casti n. 45)

2º. – Este feminismo exorbitado é inteiramente contrário ao direito natural, prejudicial à mulher e altamente nocivo à sociedade.

“Não é esta, sem embargo, a verdadeira emancipação da mulher nem a liberdade digníssima e tão conforme com a razão que compete ao cristão e nobre ofício de esposas; antes bem, é a corrupção do caráter próprio da mulher e de sua dignidade de mãe; é o transtorno de toda a sociedade familiar, com o qual ao marido se lhe priva da esposa; aos filhos, da mãe, e a todo o lar doméstico, da proteção que vigia sempre. Mais ainda: tal liberdade falsa e igualdade antinatural da mulher com o marido torna-se um dano para ela mesma, pois se a mulher, descende da sede verdadeiramente régia a que o Evangelho a tem levantado dentro dos muros do lar, bem pronto cairá na servidão, muito real, ainda que não o pareça, da antiguidade, e se verá reduzida a um mero instrumento nas mãos do homem, como ocorria entre os pagãos”. (Casti n. 46)

3º. – Sem embargo, o varão e a mulher têm os mesmos direitos naturais inerentes à pessoa humana, com todas as suas conseqüências.

“A igualdade de direitos, que tanto se amplia a se exagera, deve, sem dúvida alguma, admitir-se enquanto corresponde à pessoa e dignidade humanas e nas coisas que se derivam do pacto nupcial e vão anexas ao matrimônio; porque nesta campo ambos os cônjuges gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos às mesmas obrigações. No mais há de reinar certa desigualdade e moderação, como o exigem o bem-estar da família e a devida unidade e firmeza da ordem e sociedade doméstica” (Casti n. 47).

4º. Não há inconveniente em que a mulher suficientemente apta para isso exerça certas profissões liberais que antigamente pareciam reservadas aos homens, tais como as de médico, advogado, etc, sobetudo se podem exercê-la no próprio lar (a de farmacêutica, professora, etc.), ao qual há de atender sempre em primeiro lugar.

“Em casa principalmente, ou em seus arredores, as mães de família podem dedicar-se a seus afazeres sem deixar as atenções do lar. Porém é gravíssimo abuso, e com todo o empenho há de ser extirpado, que a mãe, por causa da escassez do salário do pai, se veja obrigada a exercer uma arte lucrativa, deixando abandonados em casa seus peculiares cuidados e trabalhos domésticos, e sobretudo a educação das crianças” (Quadragésimo n. 32).

5º. Nada se opõe, finalmente, a que a mulher intervenha moderadamente na vida social, concedendo-lhe o direito de voto e até o de exercer cargos públicos (prefeito, deputado, ministro, etc.), com tal que isto não venha em detrimento de suas principais obrigações naturais de esposa e mãe.

“E se em alguma parte, por razão das mudanças experimentadas nos usos e costumes do comércio humano, devem mudar-se algum tanto as condições sociais e econômicas da mulher casada, compete à autoridade pública acomodar os direitos civis da mulher ás necessidades e exigências destes tempos, tendo sempre em conta o que reclamam a natural e diversa índole do sexo feminino, a pureza dos costumes e o bem comum da família; e isto contando sempre com que fique a salvo a ordem essencial da sociedade doméstica, a qual tem sido estabelecida por autoridade mais excelsa que a humana, isto é, pela divina, não podendo, conseqüentemente, ser modificada nem por leis públicas nem por gostos privados” (Casti n. 48)

quarta-feira, 7 de março de 2012

O feminismo, movimento artificial que explora a luta sexual



Não há quem mais mereça homenagens no dia dedicado à mulher do que Nossa Senhora, cujas referências elogiosas são diversas na Sagrada Escritura, como a primeira delas que dizia que Ela iria "esmagar a cabeça da serpente" (Gn 3, 15). E essa forma como aparece a Santa Bernardete Soubirous, ao proclamar "eu sou a Imaculada Conceição!".


Como surgiu o movimento feminista
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU.
Várias foram as precursoras do chamado “feminismo”, e uma delas, talvez a mais remota, foi Madame de Staël (1766-1817), filósofa revolucionária tida como “moderada” no plano político mas avançada no moral. Seus pensamentos estão expressos nos livros “Corine”, “Delphine”, “Reflexions sur les procès de la Reine””, etc. De origem calvinista, absorveu os ideais do iluminismo e do liberalismo então vigente na Europa, procurando transportá-los para o terreno sentimental e romântico. Mistura romantismo com as idéias da libertação feminina, mas ainda não é uma defensora exclusiva do chamado feminismo moderno.
Este cresceu juntamente com o advento da “luta de classes”. Para essa luta surgiu o marxismo; para a luta entre religiões, o protestantismo; para a luta entre sexos foi necessário que se criasse o "existencialismo" e com ele o feminismo. Idéias tidas como feministas já existiam esparsamente pelo mundo desde o século XVIII, defendidas por personalidades revolucionárias como Mary Wollstonecraft (1759-1797), considerada por alguns historiadores como a primeira feminista ao publicar em 1792 a obra “Vindication of the Rigfts of Women” (Defesa dos Direitos das Mulheres). Sua filha, Mary Shelley, foi a criadora do personagem de terror Frankenstein, uma literatura tendente ao horroroso e diabólico.
Outras mulheres seguiram o caminho de Lady Wollstonecraft, como Mary Farifax Somerville (1780-1872), a americana Lucretia Coffin Mott (1793-1880), da seita dos Quakers, que tinha como discípula Lady Elizabeth Cady Stanton (1815-1902): as duas organizaram a primeira Convenção pelos Direitos das Mulheres, em Nova York;, Lucy Stone (1818-1893), americana; Susan Brownell Anthony (1820-1906), americana também pertencente aos Quakers; Annie Besant (1847-1933), inglesa, que foi presa em Londres sob acusação de divulgar obscenidades, haja vista que distribuía um panfleto defendendo o controle da natalidade, e muitas outras poderiam ser citadas, como até mesmo a primeira dama dos Estados Unidos Eleanor Roosevelt.
Estas mulheres defendiam idéias comuns como por exemplo a luta pelo voto e pela igualdade de direitos perante as leis civis. Foi no século XIX que se destacou a escritora francesa George Sand, considerada também como uma das precursoras do movimento feminista. Adepta do socialismo e inspirada ainda no ruralismo bucólico de Rousseau e no romantismo crescente, vestia-se como homem embora mantivesse romances escandalosos (com Chopin e Musset). Sua obra principal foi mais romances eróticos, deixando em sua autobiografia (“Ela e ele”) a manifestação do seu feminismo igualitário e radical.
Tais idéias ainda eram incipientes e não chegavam a influenciar a opinião pública, mas apenas uma pequena elite. No entanto, alguns fatos demonstram que algo já vingava. Um exemplo foi a ampliação do direito de voto. O primeiro país a conceder o direito do voto feminino foi a Nova Zelândia, em 1893, coisa que só vigorou no Brasil a partir de 1933. Alguns anos antes, Mary Fairfax Somerville havia entregue uma petição ao parlamento britânico, por intermédio de John Stuart Mill, fazendo pleito semelhante. Outras ativistas se destacaram no século XIX, como as puritanas da seita Quaker, nascidas nos Estados Unidos, Lucretia Coffim Mott e Susan Brownell Anthony, as ativistas Elizabeth Cady Stanton (americana amiga de Lucretia), Lucy Stone (americana), Sophia Jex-Blake (escocesa) e outras personalidades de destaque no meio da alta sociedade.



O feminismo de nossos dias

Em meados do século XX o movimento feminista tomou corpo e se expandiu por toda a terra. Simone de Beauvoir é considerada a mentora principal desse movimento. Adepta do existencialismo e companheira de Jean Paul Sartre, publicou vários romances, em alguns dos quais os temas eram sempre a revolta contra a supremacia masculina, como "Todos os homens são mortais", dentre outros. Em 1949 publicou a obra considerada o maior brado de revolta do movimento feminista: "O Segundo Sexo", no qual a autora põe em destaque o desenvolvimento psicológico da mulher e os fatores sociais que a fazem ser sempre submissa e "alienada" do homem.
A partir da década de 1950 ocorreu ampla divulgação das idéias de Simone de Beauvoir, dando ocasião a que se formasse um movimento em direção de uma organização internacional do feminismo. Partindo de uma elite intelectual com forte apoio na mídia, o movimento adquiriu logo o "status" de modernidade e simpatia na sociedade ocidental. A partir dos anos 60, surge então outra expoente do movimento, Betty Fridman, com a publicação do livro "A Mística Feminina". Partindo da teoria para a prática, esta escritora procura analisar o pensamento de Simone de Beauvoir, acrescentando ao mesmo novas formulações mais revolucionárias que possibilitem uma melhor organização do movimento feminista, já em franca ascensão.
As formulações de Betty Fridman partem para o campo mais sensitivo, mais sentimentalista e romântico (muito ao gosto das mulheres), buscando explicar o que ela chamou de "o mal que não tem nome", que seria a angústia do ser feminino como sedutor e submisso. Como resultado da grande difusão de tais idéias, através de farta publicidade nos órgãos de mídia, alastra-se no mundo ocidental uma certa inquietação entre as mulheres, muitas vezes por causa da busca de satisfações pessoais. O brado igualitário cresce. O homem passa a ser visto não mais como um companheiro ao qual a mulher se une para formar "uma só carne", conforme dita a expressão bíblica, mas como um concorrente na direção dos acontecimentos, ou até mesmo como um opressor.
Movimentos artificiais, geralmente formados entre a intelectualidade ávida por frenesis e exibicionismo, começam a aparecer nas ruas com cartazes oriundos de suas elucubrações filosóficas, como por exemplo "Nosso corpo nos pertence!", "O privado também é político", "Diferentes, mas não desiguais", etc. Revela-se que o brado de revolta é pela igualdade. Tais movimentos se espalham pelo mundo, ocasionando uma grande conferência internacional na Cidade do México, em 1975, sob os auspício da ONU. Foi instituído então o "Ano da Mulher", depois "A Década da Mulher" e o "Dia da Mulher". Era o marco político de um movimento que se universalizava.
O crescimento do movimento feminista, em todo o mundo, facilmente passou do campo simplesmente igualitário, sentimental, de rebeldia contra a supremacia masculina, para os campos políticos, econômicos e sociais. Nasceu o que se denominou uma "nova onda" feminina. Organizou-se movimentos feministas para diversas ações públicas: movimentos por anistias políticas, movimentos sindicais, movimentos de mães, movimentos de lésbicas, etc. O universo de reivindicações dos movimentos feministas se tornou complexo por causa da grande variedade dos objetivos deles.
Hoje, a cada ano, toda a mídia mundial publica várias reportagens sobre a mulher quando se aproxima o dia 08 de março, dando realce a fatos ou a dados muitas vezes exagerados para destacar aquele dia. A ponto da ONU ter escolhido, para o ano 2005, a igualdade entre sexos como uma das oito metas mais importantes a alcançar.
As discussões levaram tais movimentos ao tema da "saúde da mulher", na realidade apenas um pretexto para a propagação do aborto livre. Em vários países tidos como ricos e evoluídos, como os Estados Unidos da América, as pressões feministas obtiveram êxito e o aborto foi legalizado. Era a vitória da velha tese de que "nosso corpo nos pertence", em confronto com a outra de que o direito à vida é superior a todos os outros direitos. Em busca dos prazeres, de uma vida livre de incômodos, como os filhos, tudo vale, inclusive matar o feto ainda no ventre. Na condenação de crime tão hediondo e desumano, quase não se ouviu uma só voz influente, mas na propagação do aborto livre ouviu-se verdadeiro clamor mundial, onde as feministas apareciam em capas de revistas de grande tiragem defendendo descaradamente suas teses abortistas.
Na realidade, aquilo que o movimento feminista considera "vitória" para a mulher, tornou-se para ela um opróbrio humilhante. Essa suposta igualdade fez com que muitos governos (especialmente os comunistas, onde tais trabalhos são obrigatórios) obrigassem a mulher a exercer tarefas mais apropriadas para o sexo masculino, como o serviço militar, o trabalho pesado em máquinas e motores, etc., coisas que a compleição frágil do corpo feminino não suporta sem sofrer com isso. Mulheres tornaram-se policiais, delegadas, soldados, motoristas de ônibus e caminhões, tratoristas, mineiras, etc. Estas profissionais, que a isso foram levadas às vezes por causa das necessidades da vida moderna, jactam-se (e com elas o feminismo) de haver conseguido um tento a favor da igualdade entre sexos, mas na realidade mais realce deram à flagrante e clara desigualdade natural que há entre o homem e a mulher. Constata-se que pouquíssimas são aquelas que têm propensão para atividades grosseiras e viris, próprias do homem, e as poucas que as exercem não a fazem a contento. Muitas se sentem diminuídas na presença de um companheiro de trabalho que o exerce melhor pelo fato de ser homem...

Uma aberta apologia das idéias de Freud para destruir a família

A fim de que tais idéias fossem postas em prática se fez necessário engenhosos artifícios. Assim, foram cunhadas várias pechas e clichês mentais com que se caracterizam a família tradicional como Deus a criou. A família que ainda adota os costumes e normas tradicionais do cristianismo passou a ser chamada de "patriarcal", não no bom sentido, mas no sentido pejorativo de que o homem torna-se seu senhor de uma forma absoluta e ditatorial. O homem que defende os princípios de que deve reger sua família com autoridade ou que recusa certas ingerências da mulher em alguns aspectos, passou a ser chamado de "machista". Muitos outros clichês foram criados e disseminados em todos os países. Existe farta literatura sobre o assunto.
Uma das obras que mais reflete esse espírito contrário à família tradicional, e propenso ao que se passou a chamar de "família nuclear", é o livro publicado nos Estados Unidos intitulado "Relatório Hite sobre a Família - Crescendo sobre o Domínio do Patriarcado", da escritora freudiana Shere Hite. O arquétipo da família não é mais a Sagrada Família, cujos membros são Maria Santíssima, São José e Nosso Senhor Jesus Cristo, pois naquela família-modelo existe um Patriarca que a torna de uma estrutura mais firme e sólida. O modelo agora é a chamada "família nuclear", com mães e pais solteiros, onde não existe qualquer vínculo sagrado ou princípio de hierarquia, e onde as manifestações de amor são feitas sempre através da sensualidade, até mesmo pelo sexo.
Numa linguagem crua e libertina, o referido "relatório" nada mais faz do que explorar a sensualidade e o erotismo, disseminando uma assombrosa libertinagem dentro do lar, onde as provas de lealdade entre pais e filhos se manifestam nos contatos físicos e através de excitações da luxúria. A autora utiliza o mesmo método de Freud, procurando descobrir em suas cobaias as tendências eróticas ocultas para, a partir daí, tirar suas conclusões ditas psicanalíticas.
O resultado é que a família que deve subsistir doravante deve ser a "nuclear", aquela que é representada apenas por qualquer ajuntamento de pessoas que moram juntas. Assim, dois homossexuais podem ser considerados como uma família e têm, portanto, o direito de adotar um filho para viver com eles. Da mesma forma, uma mãe ou um pai pode morar sozinho, quer dizer sem o cônjuge, com seu filho, trazendo para dentro do “lar” seus amigos e namorados. É esta a família nuclear, uma verdadeira implosão da família verdadeira. De tal forma este conceito de família se solidificou na sociedade, que é comum hoje certos juízes conceder autorização legal para casais homossexuais adotar crianças na suposição de que tal convivência os faz constituir uma verdadeira família.

Vantagens da família tradicional sobre a “família nuclear”

No entanto, se analisarmos bem, a “família nuclear” não oferece a seus membros estabilidade emocional para enfrentar os reveses da vida. Além do mais, cria um clima moral pernicioso para as pessoas que estão ainda em formação como as crianças. Por causa disso, dificilmente a sociedade moderna obterá êxito no combate ao nefando crime da pedofilia, pois a própria convivência moralmente promíscua entre crianças e adultos o faz crescer. O crime da pedofilia é praticado em qualquer lar onde predomina a promiscuidade moral, mas num lugar onde o principal casal é promíscuo, como o são os homossexuais, esta prática tende a ser mais fácil e freqüente.
Foi divulgada uma pesquisa em que se mostra as 10 vantagens da família tradicional, família natural ou “família intacta”, como preferiram chamar os autores da enquête, “sobre qualquer outra opção” de família, quer dizer, principalmente sobre a famigerada “família nuclear”.
A pesquisa foi realizada pelo “Family Facts”, especializado em rastrear e classificar estudos médicos ou sociológicos sobre família, matrimônio e sociedade. O estudo se refere à sociedade americana, mas pode ser aplicado às famílias em geral. Na pesquisa foram elencadas as 10 vantagens das chamadas “famílias intactas”, definidas como aquelas nas quais os filhos são criados por compromisso matrimonial. Eis o texto da pesquisa:

Vantagens das famílias de matrimônio intacto:

1. Os meninos criados em famílias intactas têm, em média, melhores resultados acadêmicos, mais saúde emocional e menos problemas de comportamento. Os meninos criados por seu pai e sua mãe tiram melhores pontuações em 24 de 30 indicadores estudantis que se relacionam com o bem-estar emocional e o comportamento. Os meninos que não vivem com nenhum de seus pais biológicos tiram piores pontuações acadêmicas, pior autodeterminação e auto-estima e pior comportamento. Estudo de referência: The Well-Being of Adolescents in Households With No Biological Parents"; Sun, Youngmin; Journal of Marriage and Family Vol. 65, Number 4. November, 2003. Page(s) 894-909.
2.Os pais de famílias intactas passam, em média, mais tempo com seus filhos. Isso faz com que a coesão seja maior do que nos lares com meninos adotados ou de famílias “reconstituídas” (por exemplo, divorciados recasados que trazem filhos de outras relações anteriores). Estudo de referência: "Does Family Structure Matter? A Comparison of Adoptive, Two-Parent Biological, Single-Mother, Stepfather, and Stepmother Households" Lansford, Jennifer E.: Ceballo, Rosario, Abbey, Antonia; and Stewart, Abigail J:; Journal of Marriage and Family Vol. 63, Number . August, 2001. Page(s) 840-851.
3. Os adolescentes que ceiam com sua família têm menos risco de fumar, beber e drogar-se. Os que só ceiam com sua família duas noites por semana têm o dobro do risco dos que ceiam com a família ao menos 5 noites semanais. No caso da maconha, os primeiros têm o triplo de risco do que os segundos. Estudo de referência: The National Center of Addiction and Substance Abuse at Columbia University, The Importance of Family Dinners II, (: September 2005), pp.
4. Os adolescentes de famílias intactas têm menos risco de implicar-se na prática do chamado “sexo prematuro”. Sobre uma amostra de quase 5000 adolescentes virgens, aqueles que viviam com seus pais casados, tinham cerca de 40% menos possibilidade de haver tido relaçõe sexuais um ano depois, ao se fazer uma entrevista seguinte, contrastando com os adolescentes que viviam com pais não casados. Estudo de referência: "Residential mobility and the onset of adolescent sexual activity." South, S.; Haynie, D. L., & Bose, S. Journal of Marriage and Family Vol. 67, Number . , 2005. Page(s) 499-514.
5. Os meninos criados em famílias intactas por pais felizmente casados tendem a ser mais religiosos na idade adulta. A felicidade marital dos pais influi na religiosidade dos filhos ao chegar a idade adulta. E se os dois pais felizmente casados são pais biológicos dos meninos, ainda mais. Mediu-se a religiosidade com 6 fatores: freqüência da assistência à igreja; freqüência da participação em atividades paroquiais; freqüência de orações; freqüência de ver ou ouvir rádios e TVs religiosas; freqüência da leitura da Bíblia; influência diária que se reconhece á religião. Estudo de referência: "An Interactive Model of Religiosity Inheritance: The Importance of Family Context" ; Myers, Scott M. American Sociological Review Vol. 61, Number 5. October, 1996. Page(s) 858-866.
6. Os meninos criados em famílias intactas têm mais probabilidade de ter relações sentimentais mais sãs e estáveis na idade adulta. Os rapazes cujos pais nunca se casaram, ao crescer tendem menos a se casar e mais a sair com mulheres de má vida. As meninas filhas de divorciados têm maiores índices de coabitação e matrimônio, porém com mais desvios, como abandonos e divórcios. Estudo de referência: "Childhood Abuse and Adult Intimate Relationships: A Prospective Study"; Colman, Rebecca A. Widon, Cathy Spatz Child Abuse & Neglect Vol. 28, Number 11. November, 2004. Page(s) 1133-1151;
7. As famílias intactas têm mais probabilidade de oferecer um lar seguro aos meninos. Cerca de 10% dos adolescentes vivendo numa casa sem algum de seus pais biológicos afirmam haver presenciado violência doméstica; nas famílias intactas o índice é de apenas 4,4%. No primeiro caso, cerca de 7% de adolescentes afirmam haver sido vítima direta de violência doméstica. Nas famílias intactas, o índice é de apenas 3,5%. Estudo de referência: "Childhood Abuse and Adult Intimate Relationships: A Prospective Study"; Colman, Rebecca A. Widon, Cathy Spatz Child Abuse & Neglect Vol. 28, Number 11. November, 2004. Page(s) 1133-1151
8. As mães casadas tendem a criar um melhor ambiente doméstico para seus filhos. Um estudo com 1.300 meninos mostrou que as mães casadas comportam-se de forma mais positiva com seus filhos e criam melhores ambientes domésticos que as mães sozinhas ou que coabitam. Estudo de referência:
"The Mother-Infant Relationship in Single, Cohabiting, and Married Families: A Case for Marriage?"; Aronson, Stacy R.; Huston, Aletha C.; Journal of Family Psychology Vol. 18, Number 1. , 2004. Page(s) 5-18.
9. As mães casadas têm menos risco de sofrer abusos e violência. Incluso acrescentando-se os altos índices de abusos em mulheres separadas e divorciadas, aquelas mulheres que estão casadas ou têm estado casadas recebem menos violência (38,5 casos por 1000) que as que nunca se casaram (81 casos por 1000). Estudo de referência: Marriage: Still the Safest Place for Women and Children"; Rector, Robert E.; Fagan, Patrick F., and Johnson, Kirk A.; Heritage Foundation Backgrounder (Working Paper) Vol. No. 1732, Number . , 2004. Page(s) 2-3.
10. Os pais casados têm maior bem-estar psicológico. Em troca, em média, os pais divorciados sofrem mais de depressão, tenham ou não filhos. Estudo de referência: "Longitudinal Effects of Divorce on the Quality of the Father-Child Relationship and on Fathers’ Psychological Well-Being." Shapiro, Adam; Lambert, James Journal of Marriage and the Family Vol. 61, Number . May, 1999. Page(s) 397-408.

Ainda que, para muitas pessoas, estes estudos lhe soem como a descoberta da “sopa de alho” (quer dizer, confirmar o que a prática de milhões de matrimônios têm demonstrado durante anos) parece importante por de relevo a acumulação de evidências científicas: a família, baseada no matrimônio, compromisso de estabilidade, fidelidade e esforço mútuo, é um gerador de capital social muito eficaz. Pô-la em risco tem custos sociais, sanitários e econômicos.

O objetivo para muitos é o poder, inclusive das armas

Para muitos, o fim do movimeto feminista nada mais é do que uma "luta pelo poder", que é sempre exercido pelos homens. No início do século XXI já se nota certa predominância de mulheres em cargos, antes tidos como exclusivos dos homens. Predominância em certo sentido, porque na maioria dos postos de direção e mando ainda há completo domínio masculino. Assim, em países ocidentais, como o Brasil, já se vê um grande número de delegadas de polícia, de policiais femininas e de juízas. Já se vê também mulheres como juízas de futebol, embora sejam poucas as que o exerçam. Há até uma recomendação da ONU para que o Parlamento brasileiro promova a ascensão de uma maior quantidade de mulheres às suas cadeiras: como se iss dependesse da Câmara e do Senado e não dos eleitores.
A quantidade de mulheres em algumas atividades não chega a superar a dos homens, embora já haja grande predomínio feminino nas empresas comerciais e até bancárias, mas mesmo assim (havendo maioria apenas em alguns setores), uma certa mídia ávida por novidades nesta área propaga aos quatro ventos que as mulheres estão tomando os lugares dos homens. “Tomar o lugar dos homens” é uma expressão que reflete bem o exagero dessa corrente... Pois não é em tudo que há tal predomínio.
Um exemplo é a polícia. A "Folha de São Paulo", de 20.07.03, publica reportagem em que dá destaque ao caso de quatro mulheres que chegaram ao cargo de comandantes de batalhões, todas com a patente de tenente-coronel. A Polícia Militar de São Paulo possuía 83 batalhões, sendo portanto insignificante o número deles comandados por mulheres (menos de 5%). De um efetivo de 91 mil policiais, existiam 8.200 mulheres, um percentual de 9%.
É preciso que se frise também em que áreas, de modo geral, estas policiais atuam. A maioria é chamada para o "policiamento feminino", isto é, dão combate às criminosas e se responsabilizam pelas prisões delas. Trabalham também em delegacias femininas, corpos de bombeiros, em prisões de mulheres, etc. Apenas 112 trabalham na tropa de choque. A polícia vez por outra as escala para acompanhar diligências perigosas, junto com policiais masculinos. Em alguns casos, tem havido falhas gritantes na operação e a presença feminina traz insegurança aos outros policiais. Na Bahia, por exemplo, a polícia registrou alguns casos em que policiais femininas saíram à caça de pivetes, pequenos ladrões como batedores de carteira, e, ao se considerarem correndo risco de vida, atiraram inopinadamente e mataram os elementos que estavam perseguindo. Sentindo-se fraca para enfrentar e dominar o marginal, e portando uma arma de fogo, o último recurso é usá-la.
No caso das quatro comandantes da PM paulista, alguns dados são dignos de registro. Três delas, duas por opção e uma sem dizer o motivo, não têm filhos, embora sejam casadas há muitos anos. A quarta tem dois filhos e é casada com um capitão da PM. Surge a pergunta: será que esta atividade, tão viril e própria dos homens, não despersonaliza a mulher, a ponto de lhe tirar até mesmo o desejo de ter filhos e cumprir seu papel no lar como mãe de família?

A questão do “mercado de trabalho”

Trata-se de um dos temas mais discutidos pelas feministas: a alegação de que as mulheres (assim como os pretos e os homossexuais) são em geral preteridos na procura de emprego em benefício dos homens (ou dos brancos e dos heterossexuais). De modo geral, essa questão é levantada de uma forma açodada, sem muitos dados concludentes, apenas com visível intuito de provocar a revolta feminina contra o que denominam de “supremacia masculina”.
Não mencionam, por exemplo, que as mulheres, por índole, são propensas a assumir os cargos mais suaves e menos rigorosos. Isso em decorrência da própria fragilidade de sua compleição física. Os profissionais do volante, por exemplo, são homens em sua grande maioria: vêem-se poucas mulheres dirigindo táxis, ônibus e caminhões. Não é porque elas são preteridas em benefício dos homens, mas sim porque elas mesmas não procuram tais profissões.
No entanto, hoje o chamado “mercado de trabalho” tem mais preconceito contra os homens, os quais são em geral preteridos em favor das mulheres. Ocorre o mesmo fenômeno da "revolução industrial" na Inglaterra (século XIX), quando as indústrias davam preferência às mulheres e crianças. Basta que demos uma olhada, nos dias hoje, nas lojas dos shoppings, nos escritórios, nos bancos ou até mesmo entre vendedores, lugares as mulheres são maioria esmagadora. Da mesma forma, vem crescendo o interesse das mulheres por cargos chamados “elitizados”, quais sejam, os de nível superior ou de empresárias. Segundo dados revelados pela “London Business School” e pelas instituições americanas Kauffaman Center for Entrepreneurial Leadership e Babson College (um relatório chamado Global Entrepreneurship Monitor Report) , mostram que o percentual de mulheres “empreendedoras” (empresárias em geral) já atinge 50% do mercado. Não se revela os dados sobre o percentual de assalariados, mas está ultimamente em escala ascendente para as mulheres.
Segundo a revista “Época” (de 1.03.2004) , “...Para muitas famílias que perderam a fonte de renda habitual, abrir um negócio próprio virou a única alternativa de ocupação. O número de lares comandados por mulheres chefes de família mais que dobrou nos últimos 50 anos, e eles hoje respondem por boa parte da expansão feminina na livre-iniciativa”.
Assim, constata a própria revista, é o desemprego dos homens (hoje preteridos em favor das mulheres) que está provocando a ascensão das mulheres no ranking da iniciativa privada. No entanto, faltam dados a respeito de outro fenômeno (abaixo analisado) que ocorre, principalmente na sociedade brasileira: é cada vez maior o número de mulheres cursando universidades, em alguns casos (como em Direito) ultrapassando em muito o dos homens. É que elas se preocupam mais em ocupar cargos mais leves, em concursos públicos ou em concorrências nas grandes empresas. Vê-se hoje uma grande quantidade de mulheres como juízas, delegadas, diretoras de empresas, etc. Poucas, no entanto, como é óbvio, se dispõem a cursar faculdades onde se exigem mais dedicação em trabalhos de esforço físico.
Segundo o jornal “Folha de São Paulo”, de 08.03.2005, as mulheres universitárias ultrapassam em 30% aos homens. Os dados divulgados pelo próprio MEC são de 2002, ano em que estavam matriculados em cursos superiores no Brasil, 1.966.283 mulheres contra apenas 1.513.630 homens. No entanto, embora detenham mais cursos superiores, o “Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 Maiores Empresas do Brasil e Suas Ações Afirmativas”, divulgado pelo Instituto Ethos, revela que as mulheres ainda ocupam cargos de menor importância.
Embora a pesquisa da Ethos seja pobre em dados mais precisos, um deles se ressalta: apenas 9% das mulheres ocupam cargos de diretoria nas aludidas empresas. Este índice vai aumentando a medida que os cargos vão diminuindo de importância. Então, a conclusão deveria ser esta: quando se trata da competitividade na ordem prática, a mulher perde; embora ganhe na ordem teórica, a da formação universitária.
Muitas são as queixas de que existe certa discriminação contra a mulher na hora da escolha de empregos mais bem remunerados. No entanto, ao contrário dos homens (que perdem na competição por empregos em vários setores, como o comercial, de vendas varejistas, bancários, etc.), as mulheres têm a seu favor vários “lobbyes” que lutam por elas, como políticos engajados em suas campanhas eleitorais, ONGs como “Grupos de Executivas de São Paulo”, a “Women’s Network” e a própria ONU. Como se explica, então, que, mesmo sendo elas a maioria dos que possuem cursos superiores (15% de mulheres contra 11% de homens universitários, conforme afirma a “Folha”) e tendo tantas organizações que lutam a seu favor (sendo que a favor dos homens não existe uma sequer), ainda assim, afirmam certas organizações feministas que a mulher é minoria no mercado de trabalho? Como se vê, trata-se de uma grande mentira, dita com o propósito de alimentar o clima de revolta da mulher contra o homem.
Não tem sentido, portanto, a alegação de que existe um “preconceito” contra as mulheres, originado do que a mídia chama de “machismo”. Pelo contrário, há uma tendência “feminista” no mercado de trabalho, pelo qual sempre se prefere dar emprego às mulheres em detrimento dos homens. E, como dito acima, se ocorre o mesmo que o início da revolução industrial na Inglaterra do século XIX, veremos brevemente uma grande massa de homens desempregados perambulando pelas ruas.

Veja nossas postagens anteriores sobre o FEMINISMO:

Santa Teresa Benedita da Cruz e os direitos da mulher

O papel da mulher no mundo moderno

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