segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Os homens somariam 7 bilhões; e os bichos?

A ONU resolveu ressuscitar o malthusianismo alarmando a cifra dos 7 bilhões de habitantes no planeta, que seria completada neste 31 de outubro. Ao lado das cifras alarmantes da quantidade de habitantes circulam idéias de todo tipo, desde o mais puro malthusianismo até mesmo pessimismos desesperadores sobre o futuro da humanidade. E a solução que se faz mais presente em todos é uma só: diminuição da natalidade.
Neste sentido, vão bem os ricos, pois evitam os filhos e problemas. Vão mal os pobres, com mais filhos e mais problemas. Como pode ir bem a rica Europa, com baixíssimo índice de natalidade, se cada vez mais torna-se raro por lá crianças e jovens? Como pode ser feliz um continente só de velhos?
E espalham aos quatro ventos que lá se pratica a vida mais saudável, inclusive com o maior índice de vida útil do planeta. Diz-se alhures que a “expectativa de vida” aumentou em mais de 20 anos nos últimos tempos. O que quer dizer isso? Quer dizer, sumariamente, que as pessoas vivem mais do que em épocas anteriores. Ou então que os homens vivem mais nos países ricos, como os europeus, do que nos pobres, como os africanos. E a causa é uma só: vivem mais porque têm menos filhos; ou, vivem menos porque têm mais filhos.
No entanto, me parece que esse raciocínio esconde um sofisma. Como é que se classifica ou se calcula essa tal de “expectativa de vida”? Segundo me parece, um primeiro cálculo ou índice é obtido dividindo-se a população pela média da faixa etária dos habitantes. Então se na casa do meu vizinho tem 20 pessoas e a soma das idades é de 300, isso significa que o índice é 15. Mas na casa ao lado só moram dois velhos, que somam 180 anos, dando um índice de 90. Então na casa dos velhos a expectativa de vida é muito superior à casa de 20 pessoas. Se for essa uma fórmula, na realidade estamos diante de um sofisma, pois não é o fato da maioria ser velhos que vai provar que há mais longevidade na população: torna-se necessário que seja mensurada a quantidade de jovens em proporção com a dos idosos. Como isso é feito não sei, mas me parece que há uma forma tendenciosa de se falar do assunto. E a mídia não explica aos leigos como é que se faz essa conta.
Não, mas dizem que o cálculo não fica por aí, sendo feito também com o número médio de anos para ser vivido por um grupo de pessoas nascidas no mesmo ano, se a mortalidade em cada idade se mantém ou não constante no futuro. Parece meio vago, mas entendi da seguinte maneira: enumera-se a quantidade de pessoas mortas e suas respectivas idades. Quer dizer, se numa casa morrem os 2 velhos acima mencionados, o índice vai ser 90, mas se na outra casa morre no mesmo ano uma criança de 2 anos e um velho de 90 (o mais velho e o mais novo) teremos então 46, um índice baixíssimo. Ainda assim a coisa não fica bem explicada, parece mesmo um sofisma...
Mas eu tenho outra questão a levantar. Se a ecologia está em alta e os animais e as plantas são levados em tão grande consideração, porque não se divulga a população dos bichos, os únicos que dividem a comida com os homens? Segundo dados recentes, o Brasil ostenta a maior população bovina do mundo, com mais de 200 milhões de cabeça, o que daria para alimentar várias Chinas durante meses. O gado bovino serve para a alimentação humana, assim como os suínos, as aves, além, é claro, dos cereais que cada vez mais atingem patamares elevadíssimos de produção; mas há uma grande quantidade de animais que existem simplesmente para alegrar o ambiente e a vida no planeta, como os selvagens, os de zoológicos e os domésticos. Estes últimos têm aumentado sua população em índices muito superiores aos da humanidade. Em Paris, por exemplo, a população de cachorros e gatos é duas vezes superior a dos humanos (cerca de 15 milhões de bichos para uma população humana em torno de 7 milhões de pessoas).. E o problema se agrava em muitas cidades grandes, como Nova York , São Paulo, Tóquio, etc. A tal ponto que as prefeituras dessas cidades já tentam disciplinar o uso das ruas para os que levam seus cachorrinhos para o famoso passeio e o despejo de seus dejetos por elas. Por que ninguém questiona se não vai faltar comida para estes animais, cuja população cresce mais do que a dos homens? Quantos bilhões de animais domésticos existem no mundo a partir de 31de outubro? Com a palavra a ONU e os malthusianos...

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O Milagre da "Revolução Espontânea"

A espontaneidade está produzindo um dos maiores “milagres” da História. Em primeiro lugar, produziu o milagre da “geração espontânea” do Universo, hoje um dogma evolucionista sempre presente não só entre pseudo-cientistas mas na cabeça de muitos leigos e da quase unanimidade da mídia. Ora, se o universo surgiu por “geração espontânea”, por que não também as revoluções?
E foi assim que, segundo essa mentalidade, o Protestantismo, a Revolução Francesa e o Comunismo brotaram espontaneamente do chão e produziram essa monstruosa Revolução que hoje campeia pelo mundo moderno. Foi dessa forma também que brotou a revolução da Sorbonne de 1968, uma das mais “espontâneas” de toda a História, aliás a que mais se caracterizou por uma suposta espontaneidade. É uma qualidade que daria crédito e autenticidade ao movimento.
Vem agora a revolução dos “indignados” (ou dos indignos), produzida e gerada “espontaneamente” em vários países do mundo. “Esponaneamente” brotou ela em solo árabe (fruto das “redes sociais” da internet, segundo dizem) e de lá foi transplantada sua semente para a Europa, Estados Unidos e o resto do mundo. Entre os árabes produziu quedas de governos, mas não tinha como objetivo visível colocar um sucessor à altura das aspirações populares. A palavra mágica era “democracia” , coisa que aqueles povos só poderão saber o que seja daqui a alguns séculos, mas algo tão vago que ninguém sabe o que vem surgindo após as quedas de odiosas ditaduras.
No resto mundo é diferente. Sempre com o caráter de “espontaneidade”, marcam uma data para se iniciar uma simples marcha de protestos e, coincidentemente, a “espontaneidade” registra também hora, data, local do encontro, e até mesmo algumas características que as manifestações devem ter, como, por exemplo, ser composta de “jovens”, de estudantes, de operários, etc., etc.
É tão bela e admirativa essa “espontaneidade” que a revista “Veja” a elogia, numa de suas últimas edições em que propaga a manifestação dos “indignados” brasileiros contra a corrupção, um tema muito fácil de atrair multidões para uma praça. A revista só não explica como é que, “espontaneamente”, a manifestação teve forum de debates na internet, local, data e hora para ser feita, além de se caracaterizar unicamente como um movimento apolítico (quer dizer, sem partido) e dirigido contra os corruptos. E, depois, teve a mídia que “espontaneamente” vai lhe colocando no foco dos acontecimentos. É muita “espontaneidade” para um movimento tão bem organizado e de caráter universal...
Alguns dos anarquistas, aqueles mesmos que vivem num mundo virtual a procura de algo para sair de seu “autismo consentido” para o mundo real, o qual eles odeiam porque não o suportam, se aproveitam para “espontaneamente” botar fogo em tudo, queimar veículos, depredar lojas, jogar pedras na polícia, e aí ameaçam estragar o movimento. Que deve ser espontâneo mas não deve assustar.
O processo se assemelha em tudo ao da Revolução da Sorbonne de 1968, um espécie de ensaio geral para essa revolução que agora pretende ser mais universal do que aquela. Lá também ninguém visava a derrubada do poder, pois é o próprio poder que eles odeiam; tudo era feito de forma a parecer que a revolução brotava espontaneamente dos estudantes e operários, inclusive até mesmo as frases e manifestações escritas eram as mais rústicas possíveis (apenas pixações e nada de manifestos escritos ou de pasquins) para se dar a idéia de que aquilo não provinha de uma preparação prévia feita por um grupo revolucionário organizado. É como se o "crime organizado" passasse a dar a entender à população que os assaltos são espontâneos e não feitos por grupos organizados. Seria possível?
Para quem analisa as coisas friamente, não parece que essa revolução dos “indignados” se assemelha em tudo ao a da Sorbonne, em Paris, de maio de 1968?
Os “excessos”, dizem, não fazem parte dessa impressionante “espontaneidade”, pois em geral são cometidos por grupos isolados e radicais. Mas o que vemos é que os excessos são tão comuns, que parecem até ser espontâneos, agora de verdade. Vejam o que vem ocorrendo nos Estados Unidos e na Europa, em particular na Itália. Lá também houve excessos, como o divulgado pelo jornal Corriere de la Sera, em que um grupo de anarquistas quebra uma estátua da Madonna, Nossa Senhora de Lourdes. O jornal fala em “a guerrilha de 15 de outubro”, porque na verdade houve uma espécie de guerrilha dos manifestantes contra a polícia. O responsável pela blasfêmia foi um grupo anarquista denominado “black bloc”, em tudo semelhante aos demais, até mesmo na “espontaneidade” com que se organizaram, saíram juntos para a rua e fizeram sua parte.
A imagem, de gesso, era venerada no salão paroquial de São Marcelino e São Pedro, cujo pároco, o padre Pino Ciucci, disse que a aquela ação foi pior do que a dos fascistas. Para atuar, o grupo “black bloc”, com o rosto coberto com gorros de lã preta, capacetes e paus negros, invadiu o salão paroquial em meio às manifestações dos “indignados” que ocorriam nas imediações, deixando “espontaneamente” o local para que se diga depois que o vandalismo também é uma ação “indignada” do povo contra a Religião. No final, via-se a imagem de Nossa Senhora de Lourdes totalmente despedaçada na calçada, objeto de fotógrafos, curiosos e passantes... Um crucifixo também foi profanado...
O arcebispo de Milão, Angelo Scola, logo se manifestou sobre o crime, considerando-o muito grave. O prelado previu coisas mais graves perante o fanatismo das turbas que se manifestam em Roma.




Explosão revolucionária na Europa em 2011



Não há semelhança com a de maio-68, na Sorbonne?


Acima, vê-se a prova do crime de profanação

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

É lícito ironizar os inimigos da Igreja de Deus



Charles Dwkins é um ateu que a mídia chama de “militante”, quer dizer, está em luta contra Deus. Uma luta muito desigual, levando-se em consideração que Deus, com sua onipotência, vence sempre; mas um tanto equilibrada se levarmos em consideração aqueles que estão do lado do Bem, ultimamente em desvantagem. Levando até às últimas conseqüências sua militância, o desarrazoado ateu resolveu processar o Papa em sua recente visita à Inglaterra.
Ele e o jornalista britânico Christopher Hitchens contrataram os advogados Geoffrey Robertson e Mark Stephens para buscar meios de abrir um processo legal contra o Papa. Emm comunicado, Stephens disse que há três possíveis abordagens: uma queixa à Corte Penal Internacional, na Holanda; uma ação popular por "crimes contra a humanidade" ou uma ação civil. Eles argumentarão que o Papa não tem imunidade diplomática, pois o Vaticano não é um membro com direito a voto nas Nações Unidas.
Quando Bento XVI esteve na Alemanha, o mês passado, o assunto voltou a ser ventilado, mas desta vez com menos ênfase do que na primeira. É que os mentores da ação ficaram tão desmoralizados que somente teimaram em voltar a falar do assunto com muita prudência e pouco alarde.
A propósito, nos últimos dias está circulando um vídeo no Youtube em que o zoólogo é ironizado pelos católicos. Embora o vídeo use um personagem odioso (Hitler), numa cena de filme que reflete alguns dos momentos de cólera do ditador, é bastante significativa a comparação com o ateu, o qual, neste particular (descrença em Deus) não difere muito do ex líder nazista.
Uma pergunta se impõe: é lícito aos católicos ironizar os inimigos da Igreja? Quem responde a essa pergunta é o Padre Félix Sardá y Salvani, autor de um famoso Best-seller que recebeu elogiosa carta do Vaticano, cujo título é “El Liberalismo es Pecado”. Eis como ele aborda a questão:
“Efetivamente não é pouco freqüente a acusação que se faz ao apologista católico de levar sempre o debate para o campo pessoal; e quando se lança a algum dos nossos a increpação de ter feito um ataque pessoal, parece aos liberais, e aos que têm ressaibos de liberalismo, que não é necessário dizer mais nada para o condenar.”.
Em seguida o autor passa a dar argumentos históricos em que famosos polemistas do passado, inclusive o próprio Santo Agostinho, não só escreviam contra os fautores de erros mas até mesmo os ironizavam, concluindo: “De onde tirou, pois, o liberalismo a novidade de que ao combater os erros se deve prescindir das pessoas e acariciá-la? Atenha-se ao que lhe ensina sobre isso a tradição cristã, e deixe os ultramontanos defenderem a fé como sempre foi ela defendida na Igreja de Deus... (cf. “El Liberalismo es Pecado”, Dom Félix Sardá y Salvani, Ed. Ramón Casals, Barcelona, 1965, pp. 60/62).
Vejam o vídeo, com legenda em português.



segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Círio de Nazaré - Saída da Imagem do Colégio Gentil

Veja o vídeo da saída da imagem do Colégio Gentil para o início da Trasladação, percurso de 3,5 km no sentido contrário a procissão do Círio.


sábado, 8 de outubro de 2011

CÍRIO DE NAZARÉ

Já se iniciaram os festejos de uma das maiores manifestações religiosas do mundo - a festa do Cirio de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém do Pará. O Círio de Belém, como é mais conhecido, é realizado em Belém do Pará há mais de dois séculos, tornou-se uma das maiores e mais belas procissões católicas do Brasil e do mundo. Reúne, anualmente, cerca de dois milhões de romeiros numa caminhada de fé pelas ruas da capital do Estado, num espetáculo grandioso em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, a Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo. No segundo domingo de outubro, a procissão sai da Catedral de Belém e segue até a Praça Santuário de Nazaré, onde a imagem da Virgem fica exposta para veneração dos fiéis durante 15 dias. O percurso é de 3,6 quilômetros e já chegou a ser percorrido em nove horas e quinze minutos, como ocorreu no ano de 2004, no mais longo Círio de toda a história. Na procissão, a Berlinda que carrega a imagem da Virgem de Nazaré é seguida por romeiros de Belém, do interior do Estado, de várias regiões do país e até do exterior. Em todo o percurso, os fiéis fazem manifestações de fé, enfeitam ruas e casas em homenagem à Santa. Além da procissão de domingo, o Círio agrega várias outras manifestações de devoção, como a trasladação, a romaria fluvial e diversas outras peregrinações e romarias que ocorrem na quadra Nazarena.