terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Ai de ti, se não aprenderes a lição do Haiti!

Eis a catedral de Porto Príncipe, antes do terremoto...
E, abaixo, como ficou depois...



Correu pela internt, especialmente num círculo grupal do yahoo chamado "perguntas e respostas", várias indagações sobre a questão de ser ou não castigo divino a catástrofe que caiu sobre o Haiti. É claro que vários protestantes, especialmente os propagadores de desgraças, apressaram-se em dizer que o castigo assemelha-se ao de Sodoma e Gomorra. Até o cônsul haitiano no Brasil fez declarações no SBT afirmando que a causa do terremoto foi o castigo divino pela quantidade de cultos satânicos que se pratica por lá. Dizendo ter vários parentes entre os mortos da catástrofe, mostrava um rosário colorido em que dizia rezar regularmente. Algumas entidades de direitos humanos já se apressam em processar o cônsul por suposto racismo, pois afirmou que tudo o que vem da África e dos negros é maldito.

A questão foi posta, então, na eventualidade do terremoto ter sido um castigo divino, haja vista dois grandes pecados que bradam aos céus por vingança: o satanismo e homossexualismo. Ora, satanismo e homossexualismo são dois pecados praticados em grande profusão nas grandes metrópoles do mundo, como São Paulo, Nova York, etc., Nesta hipótese, o castigo sobre o Haiti nada mais foi do que uma pequena amostra do que vem por aí, foi apenas um aviso. Imaginem o que está por vir, perante a veracidade da tese do castigo divino.

Lembremo-nos, no entanto, de que o Haiti tem dois grandes protetores:

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, a Padroeira:


Venerável Pierre Toussant (clique aqui para ver sua vida), o ex-escravo e cabeleireiro haitiano que teve suas virtudes heróicas reconhecidas pela Igreja trabalhando em Nova York para sustentar até o fim da vida sua ex-patroa e familiares. Deus escolhe outros interecessores: além da brasileira Zilda Arns, tivemos também o bispo de Porto Príncipe, pouco lembrado e morto na catástrofe:

Segundo a agência Zenit, em despacho de 13 de janeiro, o arcebispo da cidade de Porto Príncipe, Dom Joseph Serge-Miot, está entre as vítimas do violento terremoto que devastou a capital haitiana na tarde de 12 de janeiro. Seu corpo foi resgatado dos escombros do arcebispado, de acordo com fontes ligadas às missões atuantes no Haiti.
Dom Serge-Miot, 63 anos, era arcebispo há dois anos, mas já atuava na arquidiocese como coadjutor há mais de 10 anos.
As redes de telecomunicações estão cortadas. Um missionário, falando por um telefone via satélite à agência MISNA, disse que o centro da cidade está “inteiramente devastado”. “É terrível. Nós estamos bem, mas perdemos contato com alguns de nossos seminaristas. Alguns devem estar feridos, outros devem estar mortos. Orem por nós”.
Outro sacerdote, padre Pierre Le Beller, falando também por satélite, disse temer “um número altíssimo de feridos”, e que será “uma verdadeira emergência” tratar de todos. Segundo ele, é muito difícil ter acesso a informações confiáveis.

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