sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A evolução teria vindo após a Criação, diz o Papa

Os darwinistas manifestavam vãs esperanças de que a Igreja “canonizasse” Darwin e seu evolucionismo radical. Recentemente, a Reuters, agência de notícias laica pró-darwin como quase todas as outras, divulgou uma notícia com a seguinte manchete: “Vaticano aceita evolução, mas não se desculpa com Darwin”. Faziam referência às declarações feitas por D. Gianfranco Ravasi, espécie de ministro da Cultura do Vaticano, ao anunciar para o próximo ano uma conferência de cientistas, teólogos e filósofos para tratar do problema do evolucionismo e da obra de Darwin, “A Origem das Espécies”. Para alimentar a esperança de que a Igreja viesse a aprovar o evolucionismo darwinista lembravam o pronunciamento de importante membro da igreja anglicana, Malcom Brown, dizendo que a igreja dele deveria pedir desculpas a Darwin pela maneira como suas idéias foram recebidas na Inglaterra. Não seria surpresa os anglicanos assim procederem, haja vista que, ultimamente, têm ordenado mulheres como sacerdotes e homossexuais como bispos. Pedir desculpas a Darwin seria, para eles, uma “heresia” de pequeno calibre.
Agora, vem a resposta oficial da Igreja. Num categórico “não” ao evolucionismo radical de Darwin, o Papa se dirigiu aos membros da Pontifícia Academa para as Ciências e definiu que Deus é o fundamento de toda a Criação. A propósito do tema, “Olhada científica à evolução do Universo e à Vida”, o Santo Padre deixou bem claro que o princípio da criação não se opõe à idéia de uma evolução, mas a evolução seria “um movimento”, “uma mutação”, de seres anteriormente criados: “Para desenvolver e evoluir, o mundo necessitava primeiro “ser”, quer dizer, sair do nada para o ser. Tinha que estar criado: em outras palavras, pelo primeiro Ser que é tal por essência”. Se este pensamento estivesse contido na obra de Darwin até que sua evolução seria uma idéia aceitável, pois a Igreja já o admitia anteriormente. Como, por exemplo, o que reza a teologia sobre o Gênesis, conforme citamos em nossa postagem anterior “Não há incompatibilidade entre Darwin e a Bíblia?” Repetimos abaixo o texto de São Boaventura:

"O princípio da Criação de forma gradual (ou evolutiva), porém não espontânea: a) Deus poderia ter criado o mundo num só ato; b) Preferiu, porém, fazê-lo de forma sucessiva: 1º. ) Para manifestar a distinção de sua Sabedoria e Bondade; 2º.) Por motivo da conveniente correspondência entre os dias os tempos e as operações; 3º. ) – Porque desde o princípio deveria se produzir as sementes das obras que haviam de se produzir, prefigurando os tempos futuros. 4º.) – Naqueles sete dias se antecipou, como semente, a distinção de todos os tempos que vão surgindo no decurso das sete idades. c) Também se pode dizer “de certo modo” que fez o mundo de uma só vez – então os sete dias há que se referir à consideração angélica, quer dizer, à maneira como foi comunicado aos anjos a Criação. Contudo, a primeira maneira de falar é mais conforme a Escritura e à autoridade dos santos".(Obras de San Buenaventura – BAC - vol. I, págs. 242/247)

As diversas traduções dos textos bíblicos

A Bíblia é um mundo sem confins também para a pesquisa. História e lei, ciência e oração. Segundo o cânone católico, a Bíblia é formada por 73 livros, em um arco de 15 séculos.Depois do retorno do exílio babilônio no IV século a.C. começa o processo de redação da obra do cronista, que abarca toda a história de Israel. Esta obra histórica é parte de um longo processo.As Escrituras tiveram uma evolução através dos mais antigos testemunhos desses textos que foram feitos por copistas, que tinham uma fidelidade e um cuidado muito grande ao transmitir o texto.Não existe mais nenhum texto original, assim como saíram das mãos dos Evangelistas ou de São Paulo; porem, é possível encontrar hoje cópias muito próximas às originais. Fragmentos transmitidos nos primeiros três séculos da Igreja ou como as reproduções que podem ser admiradas na Biblioteca Vaticana, no Studium Biblicum Franciscanum em Jerusalém, nas Sociedades Bíblicas e em tantos outros museus, com muitas cópias importantes.
Pe. Bottini : “A Bíblia, este complexo de livros, tem dois autores: o autor divino, que é o próprio Deus, e o autor humano, que são os hagiógrafos, os escritores.Deus, como autor divino, inspirou, assistiu a inteligência, a vontade, as faculdades executivas, isto é, o que faz de um escritor um escritor, e os homens, que depois o colocaram por escrito com seu gênio literário.Pe. Bottini: “O sentido do texto nunca é tocado, as variantes, às vezes, dizem respeito a uma simples palavra ou um modo, uma fórmula verbal, ou mesmo uma substituição de um determinado texto, mas nunca a sua essência."A mini-série foi extraída de um documentário sobre a Bíblia, de 60 minutos de duração, realizado por Franciscan Multimedia Center, Canção Nova Terra Santa, H2onews, e estará disponível a partir de dezembro de 2008."

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

SEXTO ATENTADO DO ETA CONTRA UNIVERSIDADE DO OPUS DEI EM NAVARRA

O título da manchete acima não foi dado pela mídia laica mas pela Zenit. Sabem por que? Porque a mídia laica não mencionou o fato do atentado ter sido efetuado contra uma universidade pertencente ao Opus Dei: simplesmente está dizendo que foi contra a universidade de Navarra. Podem conferrir nos noticiários dos grandes jornais e das TVs: em nenhum deles se menciona o Opus Dei como vítima do atentado. Vamos supor agora que o atentado fosse contra uma universidade pertencente, por exemplo, a um grupo de esquerda ou até mesmo a movimento muçulmano ou judeu: podem ter certeza a manchete diria em primeiro lugar que os terroristas atingiram a universidade pertencente a grupo tal ou qual. Mas como se trata de mostrar uma vítima católica: silêncio conivente. É assim a mídia. Agora vejamos o texto integral da notícia veiculada pela Zenit nesta data: PAMPLONA, quinta-feira, 30 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- A explosão de um carro-bomba nesta manhã, com 50 kg de explosivos, no campus da Universidade de Navarra, do Opus Dei, produziu 22 feridos. O atentado terrorista acontece dois dias depois do anúncio da desarticulação, por parte das forças da ordem espanhola, do comando terrorista «Nafarroa», que atuava desde esta comunidade autônoma. O reitor da Universidade, Ángel José Gómez Montoro, disse que seguirão sua atividade «sem rancor».
O ministro do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, compareceu na sede de seu Ministério para explicar os detalhes do atentado. O centro acadêmico, de manhã, encontrava-se em plena atividade. Rubalcaba disse: «Podíamos ter tido hoje uma tragédia enorme na Universidade de Navarra. Uma tragédia enorme que não se produziu», e acrescentou que, «dentro da desgraça, houve sorte».
É a sexta vez que este centro acadêmico, com mais de 12 mil estudantes, é alvo de um atentado.
A explosão aconteceu às 11h10 (hora local), no estacionamento do centro acadêmico, e provocou o incêndio de cerca de 20 veículos. Professores, alunos e funcionários do centro souberam imediatamente que se tratava de um atentado, pela grande explosão, pelo tremor do solo e móveis e pelo estouro de vidros.
Após a explosão, que gerou uma coluna de fumaça que se via à distância, se desalojaram ordenadamente vários edifícios da Universidade. Cerca de mil estudantes e funcionários foram evacuados com serenidade, afirmou o reitor do centro.
Os feridos, alcançados em sua maioria pelos vidros quebrados provocados pela explosão, dos quais 8 ainda estão hospitalizados, foram atendidos na Clínica Universitária de Navarra e no Hospital de Navarra. As vítimas apresentavam ansiedade, cortes pelos vidros dos carros e infecções auditivas.
Fontes do centro universitário informaram que o veículo que explodiu estava localizado nas proximidades do Edifício Central da Universidade, perto da Biblioteca e da Faculdade de Jornalismo.
Até o centro universitário, em plena jornada acadêmica, trasladaram-se agentes da polícia, bombeiros e várias ambulâncias, efetivos que isolaram a área enquanto se trabalhava para extinguir o fogo no estacionamento.
Localizada no sul de Pamplona, a Universidade nasceu em 1952 por decisão de São Josemaría Escrivá, fundador do Opus Dei.
Esta universidade sofreu o primeiro atentado em 4 de outubro de 1979, quando o ETA atacou os escritórios da Editora Universitária, na localidade de Barañain. Em 12 de julho de 1980, vários terroristas do «Comando Nafarroa» colocaram um grande artefato explosivo dentro da Universidade. Não houve danos pessoais consideráveis, mas os destroços foram de cerca de 35 milhões de pesetas.
No terceiro atentado, em 24 de junho de 1981, os membros do ETA colocaram várias bombas nos sótãos do edifício central, que hoje também foi atingido por um carro-bomba. Em 1983, o ETA voltou a situar vários artefatos em vários lugares do campus da Universidade, dos quais três chegaram a explodir e um quarto foi desativado pela polícia.
O último atentado se produziu em 23 de maio de 2002, quando outro carro-bomba com 20 kg de explosivo causou feridas a um policial nacional e três mulheres, além de provocar danos materiais avaliados em cerca de 250 mil euros.
O arcebispo de Tarragona, Jaume Pujol, que exerceu durante 30 anos a docência na referida universidade e se encontrava hoje em Barcelona, em uma reunião de trabalho, ao saber da notícia, enviou ao reitor da universidade afetada, Ángel José Gómez Montoro, o seguinte telegrama: «Muito triste pelo atentado à universidade. Rezo pelos feridos. Encomenda vossas intenções Jaume Pujol, arcebispo Tarragona».
Por sua parte, o arcebispo de Valência, cardeal Agustín García-Gasco, condenou hoje o atentado contra a Universidade de Navarra, como uma «nova manifestação de barbárie e da cultura da morte» por parte do grupo terrorista ETA.
A Conferência Episcopal Espanhola expressou em numerosas ocasiões, desde que o ETA iniciara a via do terror há 40 anos, sua avaliação sobre esta violência, sendo seu documento mais completo sobre o terrorismo do ETA o publicado em novembro de 2002: http://www.conferenciaepiscopal.es/documentos/Conferencia/valoracion_terrori smo.htm

Conselhos de um Santo aos advogados



“Decálogo” (ou “Dodecálogo”) da profissão de Advogado
de Santo Afonso Maria de Ligório
Santo Afonso Maria de Ligório, por especial disposição da Igreja é considerado o Patrono dos Advogados. O Padroeiro é Santo Ivo. As grandes qualidades de Santo Afonso o haviam permitido começar seus estudos universitários com a idade de doze anos, e aos dezesseis anos havia concluído todos os exames. Um decreto real proibia conceder o título a menores de 20 anos, porém foi dispensado a ele pelo favor real e admitido ante o Conselho Universitário para apresentar o que seria sua Monografia. Recebeu o título de Doutor em Direito e Advogado em Nápoles, começando lá sua brilhante carreira em que nunca perdeu uma causa, dentre as quais a maioria de grande relevo.
Compreendia ele, sem embargo, que o principal objetivo de sua profissão era salvar as almas e que o cargo não poderia trazer obstáculos para isso. Declarou um dia: “Esta carreira não me convém e mais cedo ou mais tarde a abandonarei”. Redigiu, então, o que passou a se chamar o seu “decálogo”, que demonstra o delicado de sua consciência e o conceito que tinha dos tribunais onde se aplica a justiça. Quando faleceu, aos 91 anos de idade, Santo Afonso havia escrito centenas de livros, artigos, estudos e tratados, dentre os quais o referido código de ética dos advogados.
Ei-lo:
Máximas sóbrias que se conformam concretamente com a deontologia* do advogado:
1. Não aceitar nunca causas injustas, dado que são perigosas para a consciência e a dignidade próprias;
2. Não defender causa alguma com meios ilícitos;
3. Não onerar sobre o cliente gastos inúteis; do contrário, deverás reembolsá-lo;
4. Defenda a causa de teu cliente com o mesmo calor como se fosse tua;
5. Estuda consensualmente as peças dos autos com o fim de lhes tirar os argumetos úteis à defesa da causa;
6. O atraso ou negligência podem comprometer os interesses do cliente; daí que deve este ser indenizado dos prejuízos resultantes, a fim de não se cometer injustiça;
7. Há de implorar o advogado a ajuda divina para defender as causas porque Deus é o primeiro amparo da Justiça;
8. Não é digno de elogio o advogado que se empenha na defesa de causas superiores a seu talento, à suas forças e ao tempo de que dispõe, a fim de aparelhar-se para defendê-las consensualmente;
9. Há de ter sempre muito presente o advogado a justiça e a honradez e defendê-las como a pupila de seus olhos;
10. O advogado que por seu próprio descuido perder a causa, fica em dívida com seu cliente e deve ressarcir-lhe todos os prejuízos que lhe tiver causado;
11. Em seu informe deve o advogado ser veraz, sindero, respeitoso e razoável;
12. Por último, as partes de um advogado hão de ser a competência, o estudo, a verdade, a fidelidade e a justiça.

* Deontologia é o tratado dos deveres ou da ética no trabalho.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Aumenta a perseguição religiosa no mundo

A agência H2Onews divulga notícia com o título acima. Veja, a propósito, nossa postagem Cresce a perseguição religiosa no mundo, sobre o mesmo tema.
Acompanhe o vídeo, cujo texto segue abaixo:
Aumenta a perseguição religiosa no mundo, segundo o relatório de "Ajuda à Igreja que Sofre" (AIS), apresentado nos dias passados concomitantemente em Roma, Paris, Berlim e Madri.
Trata-se da nova edição do estudo que esta associação de direito pontifício da Igreja realiza com alcance internacional, editada nesta ocasião em 7 idiomas.
Seu secretário-geral, Pierre-Marie Morel, explica o que este informe pretende:
“Este relatório é muito importante para que nós nos demos conta de que o homem é um ser espiritual, portanto, a liberdade religiosa é parte das liberdades fundamentais. Do mesmo modo, é importante que todo o mundo possa conhecer a situação de alguns países relacionados à liberdade religiosa, a fim de que a Igreja, que é perita em humanidade, possa dar também sua opinião.
“A liberdade religiosa é um dos direitos fundamentais humanos, talvez o primeiro direito porque se relaciona diretamente com a liberdade a atuar, a pensar, a eleger e não se podem cancelar essas liberdades”.
A luta contra a perseguição religiosa no mundo é o tema prioritário dos esforços de "Ajuda à Igreja que Sofre", como ilustra seu novo presidente internacional, o sacerdote chileno Joaquín Alliende.
"Esta associação está em 17 países onde pedimos a cada ano 100 milhões de dólares que repartimos no mundo inteiro à Igreja que está nas fronteiras da necessidade. Assistimos, sem ajuda estatal, nem sequer dos organismos da Igreja Católica, 600 mil pessoas. A partir desta experiência, já que atuamos em 140 países com nossa ajuda em nome de 600 doadores, vemos o tema da perseguição como central".

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Vivemos em pleno caos!

Transcrevo abaixo um artigo e excertos de outro, de autoria de Dr. Plínio, um deles publicado pela "Folha de São Paulo" há exatos quarenta anos atrás, nos quais o Autor dissertava sobre o caos para onde nossa sociedade caminhava... e hoje afunda cada vez mais.


CAOS

“Vivemos em pleno caos.
Ao ler esta frase, haverá quem tenha pensado: “Como é banal o conceito que abre este artigo!”
Realmente, banal, banalíssimo. E esse conceito, já de si banal, eu o apresentei em sua forma mais elementar e, por assim dizer, acaciana, para lhe realçar, até que ponto é certo, evidente, indiscutível, que vivemos mesmos em um caos. Já que, neste caso, como em muitos outros, banalidade é sinônimo de evidência.
Essa sensação do caótico nos assalta, a cada passo, na vida quotidiana. A todo momento vemos pessoas cujo procedimento de hoje está em contradição com o de ontem, e entrará em contradição com o de amanhã. Às vezes, em uma mesma conversa, e até em uma mesma frase, nosso interlocutor externa convicções que a lógica aponta como incompatíveis uma com outra. E é cada vez mais raro encontrarmos pessoas que, ao longo de tudo quanto pensam, dizem e fazem, se manifestam coerentemente com alguns tantos princípios fundamentais.
Na apreciação deste quadro as pessoas se classificam em três principais famílias de almas:
a) Uns – os menos numerosos – compreendem, admiram e aplaudem a coerência. Por isto, estigmatizam o ilogismo ambiente e lhe imputam os piores frutos presentes e futuros;
b) Outros fecham os olhos para o fato e, quando este lhes entra olhos adentro procuram justificá-lo: a contradição seria, segundo eles, a ruptura necessária do equilíbrio ideológico de outras eras, o efeito típico do tumultuar fecundo das épocas de transição; por isto, ela não produz desastres senão na epiderme da realidade, e tem de ser vista, em última análise, com benigna e sorridente indulgência. A família de almas que pensa deste modo era muito numerosa até há alguns anos atrás. Mas, vendo que o assim chamado tumultuar fecundo das contradições vai tomando o cunho de uma farândola de ritmo endiabrado e conseqüências sinistras, vão rareando os que conseguem sustentar, diante dela, a despreocupação risonha e benigna de outrora;
c) Bem mais numerosas são as pessoas que constituem o terceiro grupo ou família de almas. Elas suspiram diante da contradição caótica de nossos dias, aturdem-se... e não passam disto. Mudar de posição lhes parece impossível. Pois se a contradição as assusta, por outro lado, implicam, do mais fundo de sua alma, com a coerência. Elas gostariam de prolongar, contra ventos e marés, seu mundo agonizante que resulta do “equilíbrio” de idéias contraditórias, as quais se “moderam” umas às outras em amável coexistência. E como, para essa família de almas, as idéias são feitas para parar no ar, sem relação com a realidade, não há, segundo ela, o menor risco de que esse “equilíbrio” de contradições venha a se romper algum dia com prejuízo para a pacata e boa ordenação dos fatos. Esta situação, intrinsecamente desequilibrada, se afigura a esta família de almas a quintessência do equilíbrio. E, como a experiência está a provar, escancaradamente, a inviabilidade desse equilíbrio, ela se encontra diante de uma opção que a aterroriza: de um lado, o caos que lhe entra como um tufão pela casa e pela vida adentro, e de outro lado uma coerência que lhe parece correta talvez no plano da lógica, mas espetada, desalmada, hirta, e, numa palavra, desumana. Estarrecidas diante da opção, as pessoas pertencentes a esta família de almas param. E ficam a suspirar, de braços cruzados, na espera obstinada de alguma coisa que faça cessar o caos, sem que se tenha que implantar o reinado da coerência.
Vamos aos exemplos quanto à terceira família de almas.
Quanto lar há que acolhe com um sorriso cúmplice a novela de televisão imoral, ou o livresco piegas e sensual, que pinta com cores fascinantes a imagem da vida mais dissoluta. Neste lar se nutre a certeza de que tais miragens não produzem senão efeitos puramente platônicos. Depois, se o filho ou a filha se transvia, as demais pessoas declaram que “não entendem mais nada” , e que “o mundo de hoje é um caos”.
Quanto proprietário há que proclama, diante de seus filhos ou de seus empregados, as idéias mais radicalmente igualitárias: toda superioridade de categoria é para ele um insulto à dignidade humana. (Isto não o impede aliás de fazer grossos negócios e encaixar opulentos lucros...). Se seu filho, ou sua filha, se torna comunista, ele se espanta. Se o empregado bem pago faz agitação, ele se desconcerta. Ele não compreende que tenha frutificado frutos amargos de caos e desordem o que ele mesmo pregou.
Porém, nas mesma família que figuramos, em que entram a novela e o livreco imoral, o pai e a mãe por vezes pregam também, para manter o equilíbrio baseado na contradição, alguns princípios cristãos de moral ou de ordem. Falam sobre a legitimidade da propriedade, declamam contra o comunismo e mantêm o respeito por certas tradições morais. Na mesma fábrica cujo dono se diz socialista avançado, se faz propaganda anticomunista. E se, de repente, um filho ou um operário arvora o estandarte da TFP, a surpresa e, logo depois, a implicância, são enormes. Como imaginar que esse “equilíbrio” houvesse de se desatar em uma opção coerente? Que esses princípios de ordem houvessem de deixar o mundo platônico das idéias para engendrar militantes que os quisessem inserir na ordem concreta dos fatos? Como aceitar a presença, no convívio familiar, de pessoas coerentes, lógicas, que tomam a sério o que se lhes ensinou sobre os fundamentos da ordem social e da civilização cristãs?
Assim, em suma, nessa família de almas se professa uma cômoda e risonha desordem de idéias. Desordem que vem do convívio, em uma região toda platônica, entre fragmentos de bem e de mal, de erro e de verdade. Alguns, dentro desse ambiente, optam pela integridade da desordem. Outros, pela da ordem. E por isto, nessa família de almas, cai-se em susto e em pranto.
A situação dessa família de almas suscita problemas de mais alto vôo. A ruína deste equilíbrio de contradições não importa em uma marcha para a unilateralidade, o exagero, em suma, a radicalização?Em caso afirmativo, o contrário da radicalização é a incoerência? (Folha de São Paulo, 23.10.68

O absurdo assumiu o centro do mundo
Pouco mais de dois anos antes de seu falecimento, Dr. Plínio publicou um outro artigo sobre o tema, onde a certa altura afirmava:
“Se há um denominador comum no acontecer da vida pública e privada de tantas nações, pode-se dizer que esse é o caos. As perspectivas caóticas parecem repetir-se a si próprias e, cada vez mais, caminha-se nas vias do caos, ninguém sabe até onde. As forças enigmáticas do caos produzem explosões, erupções que dão a impressão de que o mundo vai rachar. Os otimistas assustam-se pouco, por julgar que tudo voltará “como dantes no quartel de Abrantes”. Os que se têm em conta de clarividentes se alarmam, achando que logo o mundo “virará de pernas para o ar”. Mas, eles também se enganam, pois, como diz o ditado francês, "plus ça chagen, plus c’est la même chose": quanto mais isso muda, mais permanece na mesma...
Com efeito, o processo caótico que todos nós presenciamos e padecemos move-se, por assim dizer, na imobilidade. Daqui, dali, de acolá são desavenças que se manifestam, situações tão tensas e críticas, que se diria que uma guerra mundial arrebenta a qualquer momento em algum lugar. Entretanto, nesse gira-gira do caos, as situações terminam ficando imóveis.
Ora, precisamente essa imobilidade fixa de mobilidade contínua, das situações que não melhoram nem pioram, constitui o próprio drama em que, mais e mais, um número crescente de países vai imergindo.
É uma espécie de AIDS psicossocial que se espalha pelo mundo inteiro: essa doença não mata imediatamente, mas vai debilitando tudo quanto possa haver de sadio e orgânico no interior das nações. Acovardado diante da multiplicação das catástrofes e ruínas morais e materiais, o homem de hoje se acocora lamentando: "A quebradeira é a regra da vida e a ela todos têm de se sujeitar. Tudo quebra e nada tem significado. As coisas não significam mais nada”. Do fundo de todo esse panorama, parece projetar-se a seguinte mensagem: “Habitua-te e compreende que nada tem mais razão de ser! A razão humana está extinta e nada mais se passará razoavelmente, nunca mais! Mas isto não te será dito explicitamente: o operar dos acontecimentos mundiais será cada vez mais absurdo e desarrazoado. E todos hão de se habituar à idéia de que o absurdo assumiu o cetro do mundo!”
Essa parece ser a presente mensagem dos fatos: “Razão humana, retira-te! Pensamento humano, emudece! Homem, não reflita mais, e como um animal deixa-te levar de roldão pelos acontecimentos...”
E do mais recôndito desse abismo é dado ao católico discernir as fulgurações enganosas, o cântico ao mesmo sinistro e atraente, emoliente e delirante daquele ente abjeto que é como que a personificação da ilogicidade, do absurdo, da revolta estapafúrdia e cheia de ódio contra o Onipotente sapientíssimo: o demônio. Pai do mal, do erro e da mentira, ele geme e estertora desesperado, bradando o seu eterno e nefando grito de revolta: Non serviam. “Não servirei”.
São essas perspectivas sobre as quais podem e devem discutir os teólogos” (Excerto de artigo publicado em 8.5.93 no jornal “A Cidade”, de Campos-RJ).

O Novo Testamento

“Havendo Deus outrora falado muitas vezes e de muitas maneiras a nossos pais pelos profetas, nestes últimos dias falou-nos pelo Filho.” (Heb 1,1-2) Jesus deixou-nos histórias e contos muito simples. Todos podiam entendê-los desde os pescadores da Galileia aos escribas de Jerusalém. Os seus discípulos transmitiram o testemunho da vida de Jesus no Evangelho. Desde o séc. II que a tradição da Igreja atribui os evangelhos respectivamente a São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João. Os primeiros três evangelhos chamam-se sinópticos porque lendo-os em conjunto descobre-se quanto são semelhantes.Mateus, publicano e um dos doze apóstolos, escreveu para cristãos convertidos do Judaísmo. A sua obra, composta talvez em aramaico foi traduzida em grego. A tradição fala de Marcos como acompanhante e tradutor de Pedro na comunidade de Roma.“Foi um narrador formidável porque com tintas de um claro-escuro fortíssimo pinta o ambiente de Jesus. Trabalha com o tema da via do Senhor. Um escritor estranho mas simpático.”De acordo com a tradição, Lucas, autor do terceiro evangelho, era um médico de origem pagã. A obra de Lucas (Evangelho e Actos dos Apóstolos) está escrita num grego erudito e mais refinado. No terceiro evangelho Jesus apresenta-nos Deus como um pai capaz de perdoar.“O evangelho de João é o mais histórico e mais teológico. Todas as informações arqueológicas mencionadas no Evangelho de João demonstram ser correctas.”Nos outros livros do Novo Testamento a doutrina de Jesus toma forma: são as cartas de São Paulo e cartas de outros autores sagrados e o Apocalipse. Estes escritos contêm a reflexão dos primeiros cristãos sobre a vida e mensagem de Jesus. O Apostolo Paulo, com as suas cartas e sobretudo com a sua vida, alarga os confins da Igreja a todos os povos.

A arte da educação segundo Santa Edith Stein

“A arte da educação para Edith Stein é a suprema arte cujo mestre é o Espírito Santo e na qual o homem é o humile colaborador”, disse Eric de Rus, professor associado de filosofia, que acaba de publicar em francês um segundo volume dedicado a esta santa intitulado “A arte da educação segundo Edith Stein. Antropologia, educação e vida espiritual”. (Editora Del Carmelo, Ad-Solem).
Numa entrevista publicada pela edição francesa de Zenit, Eric de Rus explica que a dimensão educativa “é uma dimensão essencial de sua mensagem”.
Edith Stein manifestou sua preocupação pela educação já em sua etapa universitária de Breslavia (1911-1913). “O interesse persiste nos anos posteriores durante seus estudos na Universidade de Göttingen. Depois de sua conversão, e antes de ingressar no Carmelo de Colônia, manterá um duplo compromisso como professora e conferencista”, acrescenta de Rus.
Já carmelita, “destaca a pedagogia da santa reformadora Teresa de Ávila. Seus próprios textos espirituais dão testemunho deste interesse pela educação que aprofunda a importância de revelar a dimensão mística”. A investigação que De Rus está desenvolvendo sobre Edith Stein, mostra, explica o próprio autor, “a unidade do enfoque existencial, filosófico e espiritual desta autora, demonstrando que existe uma relação vital entre a antropologia, a educação e a vida espiritual”.
Assim, “o pensamento sobre a educação” aparece em Edith Stein como “o ponto focal de onde se unificam sua antropologia, a tradição mística e espiritual, de Santo Agostinho a Teresa de Ávila e João da Cruz, e sua experiência pessoal dos caminhos de Deus”.
A filósofa alemã, “desde o momento em que vê a educação como “a formação do ser humano em sua totalidade, em todas as suas fortalezas e capacidades com o fim de que seja o que deve ser”, então implica já uma certa idéia do homem”, explica De Rus.
“Como Edith Stein escreve: Todo o trabalho educativo que se centra em educar os homens vem acompanhado de uma idéia precisa de quem é o homem, seu lugar no mundo e sua missão na vida, assim como das oportunidades práticas oferecidas para formá-lo”.
Edith Stein, explica, “considera o homem como uma unidade de corpo, alma e espírito e demonstra que o homem tem um interior inviolável que é o fundamento de sua dignidade, o espaço sagrado de encontro com Deus e inseparavelmente, o lugar da consciência de que podem elevar-se decisões livres e um verdadeiro diálogo com o mundo”.
“Formar o homem significa ter a coragem para servir a esta interioridade. Edith Stein dá uma formulação muito luminosa deste vínculo entre o interior e a educação quando escreve: É a vida interior o fundamento último: a formulação se leva a cabo desde o interior para o exterior”, acrescenta.
Precisamente, assinala De Rus, a insistência de Bento XVI na educação, como o recente documento da Congregação para Educação Católica intitulado “Educar numa escola católica. Missão compartilhada pelas pessoas consagradas e os leigos” (setembro de 2007) “não é uma coincidência.
“O desafio hoje é realmente um desafio antropológico: Quem é o homem, o que é viver autenticamente no sentido de seu ser? Mas isto nos põe precisamente no coração da missão educativa que serve ao melhor da pessoa”.
“Educar é acompanhar o desapego completo de uma humanidade no cumprimento de sua vocação natural e sobrenatural. Esta é a única forma em que a sede de sentido que caracteriza a pessoa humana pode satisfazer-se”.
Para Edith Stein, explica, a educação “é a suprema arte na qual o Espírito Santo é o mestre e na qual o homem é o humilde colaborador”.
“Edith Stein nos recorda que o homem não se converte em plenamente humano a menos que corra o risco de uma grande aventura: a santidade que é a obra do Espírito Santo. Quem se abandona à ação educativa do Espírito e se deixa configurar a Cristo participa misteriosamente em sua obra de salvação consagrando o mundo a Deus”, conclui.

Quem foi Edith Stein ou Santa Teresa Benedita da Cruz?
Embora Edith Stein perseguisse o caminho da ciência, por onde julgava que iria encontrar as soluções cruciais para as questões de seu tempo, no entanto foram as questões de Fé que mais a comoveram e fizeram mudar de vida. Não a fé tida como algo abstrato e vislumbrada apenas na mente e nas cogitações intelectuais, mas a fé vista como o “fenômeno” marcante da vida interior da alma humana. Seus passos em direção da Fé Católica foram dados aos poucos, paulatinamente, mas sempre seguros e cheios daquela certeza que só Deus pode transmitir aos corações.
Quando trabalhava como enfermeira no hospital militar de epidemias teve o seu primeiro gesto de comoção interior: ao colocar em ordem alguns pertences de um morto viu cair um pequeno bilhete, no qual havia uma oração pedindo que sua vida fosse conservada. A esposa do moribundo fizera-o carregar consigo sempre aquela oração, que deixou Edith Stein profundamente comovida. Apesar do homem haver morrido, mesmo assim ela viu naquele gesto um sentimento interior de fé robusta. O que ela mesma julgava que não possuía.
A partir daquele momento, passou a estudar o “fenômeno” da fé nas pessoas. Se entrava num templo protestante, nada via ali que fosse uma manifestação de fé autêntica, parecendo-lhe mais uma mistura de política e religião nas pregações, sem que nos ouvintes houvesse uma comoção interior para Deus. Da mesma forma era assim que ela via os cultos da religião de sua família, o judaísmo: não encontrava ali a fé verdadeira. Era deprimente para ela ver quanto formalismo vazio havia naquela religião que lhe ensinaram como verdadeira..
As impressões foram se avolumando no interior de sua alma, sempre levando-a a considerar como o fenômeno mais autêntico da Fé a manifestação de Deus no interior das almas, comum naquelas pessoas que eram autenticamente católicas. Não em todas, é claro, mas naquelas em que a Fé se manifestava mais vivamente. Certo dia, entrou numa igreja católica, em Frankfurt, e vê ali uma senhora rezando. Havia no semblante, no recolhimento interior da mulher, no mais profundo recôndito daquela alma, uma manifestação autêntica de uma comunicação com Deus, uma fé viva. Declarou ela em sua autobiografia: “Entramos na catedral por alguns minutos e, enquanto por lá nos demoramos um pouco em respeitoso silêncio, entrou uma mulher com sua cesta de compras e ajoelhou-se em um banco, para uma breve oração. Isto era para mim algo totalmente novo. Nas sinagogas e nas igrejas protestantes que eu visitara, apenas se ia ao culto. Aqui, porém, vinha alguém diretamente de seus afazeres diários, à igreja quase vazia, como se viesse ter uma conversa confidencial. Nunca mais eu poderia esquecer isto”. Nunca vira antes tal estado de espírito, seja nos protestantes, seja nos judeus, cuja crença em Deus era mero formalismo mecânico, sem vivência interior e, até mesmo, (no caso dos judeus) sem oração interior.
Outras provas de fé ela viria a confirmar e admirar. O filósofo Adolf Reinach, católico que ela dizia ser dotado de grande bondade de coração, faleceu no campo de batalha em 1917. Santa Edith Stein ficou encarregada de organizar o “espólio” filosófico do seu amigo, mas ficou perplexa e angustiada diante da possibilidade de seu reencontro com a viúva de Reinach. Esperava encontrar uma mulher desesperada com o destino do marido, cheia de rancor ou de amarguras. Qual não foi a sua surpresa quando, ao querer consolá-la, viu-a cheia de consolações e de uma vigorosa fé católica. Disse ela depois que este foi o seu primeiro encontro com a Cruz, ali via pela primeira vez a Igreja verdadeira nascida de um Cristo Redentor, representada pela vitória sobre a morte.
A conversa com a viúva dissipou-lhe, inclusive, as trevas de seu ceticismo crônico, oriundo de suas crenças judaicas e do cientificismo moderno. Não chegou a se converter ainda, mas entendeu perfeitamente onde se encontrava a verdadeira fé em Deus. Mais um episódio veio a se somar em seu espírito para confirmar em quais corações ela viria encontrar Deus e sua Igreja.
Acostumada a estudar os fenômenos de uma forma mais metódica e não empírica, foi lendo a autobiografia de Santa Teresa D’Ávila que Edith Stein tomou a resolução de tornar-se católica. Durante uma temporada de férias passada na casa do casal amigo Conrad-Martius, em Bergzabern, pegou por acaso um livro na estante, do qual declarou: “Comecei a ler, fiquei imediatamente fascinada e não parei mais até o fim. Quando fechei o livro, disse para mim mesma: aqui está a verdade!”
Não era, porém, nos livros que ela iria encontrar-se com Deus, mas dentro de si mesma, tomando para tanto a difícil resolução de se dirigir a um sacerdote e solicitar o batismo. Antes, porém, procurou entender os dogmas de sua nova fé, adquirindo um Catecismo da Doutrina Cristã e um Missal, onde estudou com mais detalhe os mistérios da Fé Católica. Depois de ler o Missal, entendendo-o perfeitamente já com a alma cheia de ardente fé, foi assistir a Santa Missa e pediu para ser batizada.
No dia 1º. de janeiro de 1922, Edith Stein recebia o batismo cristão, na igreja matriz de Bergzabern, tendo como madrinha a filósofa sua amiga Hedwig Conrad-Martius. Recebeu o nome cristão de Teresa, acrescido depois de Benedita da Cruz ao entrar no Carmelo.

A Fé buscada pelo intelecto
Quando cursava ainda faculdade, Santa Edith Stein procurou sugestões para o tema de sua formatura e todos a advertiram de que tivesse cuidado com o tema, pois a direção da Escola tinha “preconceitos inquisitoriais” para certos temas. Casualmente veio-lhe às mãos uma obra do filósofo Edmund Husserl, “Investigações Lógicas”, notável por sua crítica ao ceticismo tão em moda naquela época. As idéias que predominavam fortemente eram as de Kant, de Auguste Comte, e de dezenas de outros filósofos que colocavam a razão e a ciência como contrários à fé, erigindo como norma suprema a descrença e o ceticismo. Husserl criava um novo método de estudos, denominado por ele mesmo de “fenomenologia”, pelo qual as verdades deveriam ser aceitas conforme elas se manifestassem através dos fenômenos de sua existência. Assim, um milagre, por exemplo, seria verdadeiro não porque a razão e a ciência o comprovassem, mas se sua existência fosse constatada através de sua manifestação ou “fenômeno”. A Fenomenologia procurava descobrir a essência das coisas pelo reconhecimento interno delas, manifestada pelo fatos externos.
Escreveu ela depois: “Todo trabalho da inteligência tende para a contemplação tranqüila da verdade e parte do conhecimento intuitivo dos princípios”. Mas de nada adiantaria contemplar sem mover a vontade na direção daquilo que amamos”. Baseada neste princípio, procurou ela estudar com afinco a Fenomenologia, e estudando-a e vivendo-a, conheceu a Fé verdadeira. Fez disto não só seu trabalho da formatura, mas sua forma de vida. Hedwig Conrad, discípula de Husserl e madrinha de batismo de Edith Stein, declarou que a Fenomenologia “pode conduzir absolutamente à Fé” , como de fato ocorreu. O próprio Husserl (que também era judeu) chegou a admirar e compreender a Fé católica abraçada por Santa Edith Stein, não o fazendo também ele por causa, segundo disse, de seus compromissos com os judeus seus amigos.
Buscando sempre a lógica em seu procedimento, Santa Edith Stein viu na argumentação de Edmund Husserl o nexo que procurava para sua existência, e aí foi a procura do filósofo para pedir sua ajuda na tese de mestrado. E o professor não só aceitou ser seu orientador, mas pediu que ela mesma se tornasse sua secretária para ajudá-lo a aprofundar mais os estudos da Fenomenologia. As conclusões lhe vieram à mente com a realidade prática dos fenômenos que passou a observar. Sabia ela que a inteligência foi posta por Deus no homem para reconhecer o mundo e a Obra divina, mas este reconhecimento se daria pelos fenômenos universais que os seres manifestariam externamente, sempre conforme a essência de cada um. Sabia também que a luz que penetra na alma vem através do intelecto, e este mesmo elabora deduções lógicas das manifestações divinas na Criação.
O filósofo Husserl logo formou uma escola (a “Escola de Göttingen”) e ao seu lado destacaram-se alguns discípulos, como Adolf Reinach, Hans-Theodor Conrad e sua esposa Hedwig Martius (católicos), ao lado de judeus como Edith Stein, Max Scheler (que também veio a se tornar católico) e o próprio Husserl. Tais discípulos, quando convertidos, tornaram-se grandes luminares da filosofia fenomenológica, sobrepondo-se inclusive ao próprio mestre da escola, o qual não conseguia desvencilhar-se de preconceitos e recalques de sua religião.
Aprofundados estudos filosóficos
Santa Edith Stein realizou profundos estudos filosóficos e científicos, publicados a maioria quando ainda vivia. O primeiro e mais debatido foi seu estudo sobre a empatia. Estudou a obra de São Tomás de Aquino, tendo traduzido do latim “Quaestiones disputatae de veritate”. Realizou também estudos sobre a filosofia grega e a Escolástica medieval. Publicou um livro sobre “causalidades psíquica” e um outro sobre o poder estatal com o título de “Investigação sobre o Estado”, exatamente numa época em que o Nazismo crescia sob o princípio da soberania absoluta do poder estatal. As idéias expressas nestas obras já são frutos de seus estudos escolásticos e baseiam-se, em sua maioria, na doutrina tomista. Numa época em que se colocava o poder estatal nas alturas, considerando-o superior a tudo, Santa Edith Stein estabelece os limites de tal poder e confronta os princípios da “estatolatria” com o da doutrina católica.
Vítima expiatória e mártir da Fé
Tornando-se Carmelita, Santa Edith Stein seguia o caminho de Santa Teresa d’Ávila e de São João da Cruz, daí ter adotado-os como seu nome cristão. Quando o nazismo tomou o poder na Alemanha e deflagrou a Segunda grande Guerra, a Santa já estava há alguns anos como irmã professa do Carmelo de Colônia. A perseguição aos judeus e católicos era inclemente, e ela era uma vítima duplamente visada pelos perseguidores. Fez de tudo para escapar das mãos de seus verdugos, tentando fugir: primeiramente foi para a Holanda e de lá preparava-se para fugir para a Suíça quando foi capturada, tirada de detrás das grades da reclusão de Echt para o campo de concentração de Auschwitz. Na noite entre 2 e 3 de agosto de 1942, foi levada à força pelos esbirros nazistas, tendo passado antes pelos campos de Arnerfost e Westerbork, situados numa zona completamente desabitada ao norte da Holanda. No dia 9 de agosto foi executada na câmara de gás.
Por três vezes, Santa Edith Stein havia anteriormente se oferecido como vítima expiatória, tanto pelo seu povo judeu quanto pela Europa e pelos católicos perseguidos. O Papa João Paulo II a proclamou, juntamente com Santa Catarina de Sena e Santa Brígida, como Co-Patrona da Europa.

Comprovado: governo e MST são os maiores devastadores da Amazônia

O novo ministro do meio-ambiente levou um decreto para Lula assinar e, sem que o tenha lido (é o que disse o ministro da agricultura), o assinaram deixando cair a máscara da hipocrisia nacional. Veja a nossa postagem Quantos decretos Lula já assinou sem os haver lido? Assista abaixo um vídeo da Reuters sobre o tema. Apesar das evidências, autoridades entrevistadas continuam repetindo que não é bem assim, trata-se de dados antigos, etc., etc. Quanta hipocrisia!

Enfim, surgem leis em defesa da vida do nascituro

Anúncio num "auto-bus" da cidade de León, em Guanajato, México.
Não decorreu mais de um mês em que a Suprema Corte de Justiça do México aprovou o aborto na capital daquele país e boas notícias nos vêm de lá. É que dois estados mexicanos, Baixa Califórnia e Sonora, aprovaram reformas em suas constituições garantindo a vida humana desde o instante da fecundação. A notícia está sendo veiculada no site Frontera.info, embora de forma resumida. Baja California ou Baixa Califórnia é o Estado mais setentrional do México, fazendo fronteira ao norte com o estado da Califórnia americano, ao leste com o Estado mexicano de Sonora e com o Mar de Cortez, ao sul com o estado mexicano de Baixa Califórnia do Sul, e a oeste com o Oceano Pacífico. A capital do Estado é a cidade de Mexicali. Já Sonora é o segundo maior dos 31 estados mexicanos, localizado no norte do México. Limita-se com os Estados de Chihuahua (que já possui lei garantindo a vida dos nascituros) a leste, Sinaloa ao sul e Baixa Califórnia a noroeste, bem como os Estados Unidos ao norte. Pois bem, nestes estados mexicanos foi aprovada, talvez pela primeira vez no mundo, uma lei que dá proteção aos nascituros desde o momento da concepção até o nascimento.
No Estado de Sonora foi reformada Constituição, introduzindo-se o seguinte:

“Art. 1 – Os Direitos Humanos são a base e o objeto das instituições sociais. No Estado de Sonora todo indivíduo gozará das garantias que outorga a Constituição Política dos Estados Mexicanos. Sendo assim, de forma expressa o Estado de Sonora tutela o direito à vida ao sustentar que desde o momento da fecundação de um invidíduo, entre sob a proteção da lei e se reputa como nascido para todos os efeitos legais correspondentes, até sua morte natural. Em consequência, as autoridades, os funcionários e empregados do Estado e Municípios têm a ineludível obrigação de respeitar e de fazer respeitar, no âmbito de suas faculdades, ditas garantias e as prerrogativas que esta Constituição local concede”.
Esta reforma converte Sonora no primeiro Estado com uma legislação que protege a vida do ser humano desde o momento da concepção. O deputado Manuel Acosta Gutiérrez, um dos autores da reforma, disse que Sonora tem agora uma legislação de vanguarda, já que levou a garantias individuais o direito à vida.
No Estado vizinho, da Baixa Califórnia, a reforma consistiu em acrescentar um tópico ao artigo sétimo da Constituição do Estado, da mesma forma garantindo o direito à vida desde o momento da concepção até à morte natural. Foi implementada por três partidos políticos, mas não prevê alterações no código penal então vigente. Na votação, houve 21 votos a favor da lei e apenas 3 contra.
Não somente no Estado de Sonora, mas também em Chihuahua há lei semelhante, deixando o México como pioneiro nesta questão tão importante do direito à vida humana.

Pesquisas podem justificar o crime?

A mania pelas pesquisas hoje tornou-se mundial. Pesquisa-se sobre a economia, ciência, cultura, população e uma série de fatores sociais e políticos, inclusive, o mais comum, sobre o voto. Estas pesquisas servem para alguma coisa? Já fizeram alguma pesquisa perguntando na enquete: "Você já foi pesquisado?". Por falar nisso, você já foi abordado por algum pesquisador?
Imagine, agora, que se faça uma pesquisa perguntando: "Você aprova o assassinato?" e a grande maioria for favorável. Isto seria motivo para se alterar o nosso código penal e suprimir de lá as penas previstas no caso? Pois é o que pretendem os pesquisados que andaram, dizendo eles (ninguém sabe quem foi pesquisado porque estes não têm oportunidade de se manifestar após a divulgação do resultado...), perguntando às mulheres se estas aprovam o aborto no caso do feto estar com problemas de anencefalia. Segundo o Ibope, 72% das mulheres apoiam o aborto de anencéfalos. Duvido muito que esta pesquisa seja verdadeira, isto é, que tenha sido feita com critérios sérios. Se houve este tipo de respostas na maioria das mulheres é porque, certamente, os pesquisadores procuraram-nas em certos meios onde conseguiriam aquele resultado. Por exemplo, na classe média-alta, ou nos meios do "jet set" social, talvez entre as frequentadoras de vida noturna ou até mesmo entre prostitutas, ninguém sabe porque não se disse o perfil do público pesquisado. O único perfil divulgado é que estas mulheres eram "católicas", provavelmente todas filiadas ao grupo que se auto-proclama injustamente "Católicas pelo Direito de Decidir", que não se dicidiram ainda se ficam no Catolicismo ou entram de vez no ateísmo. E como é que foi feita a pergunta da enquente? Por exemplo, indagando: você aprovaria o aborto de crianças que foram geradas sem cérebros e sem chances de vida fora do útero? Assim feita secamente, uma pergunta capciosa e mal formulada, pode influenciar muita gente a responder, de pronto, sem pensar no que diz. Mas foi com este objetivo que foi feita a pesquisa: legitimar o crime com a adesão de pessoas que dizem as coisas sem pensar naquilo que falam. Sim, porque nem todo anencéfalo é sem chances de sobrevivência fora do útero. O fato já foi provado por vários casos deles que nasceram e sobreviveram.
A notícia foi divulgada juntamente com outra. Estudo (lá vem de novo a palavra mágica, "estudo", "pesquisa", etc.) realizado na UFRJ revela que as mulheres negras morrem mais de abortos que as brancas. Ora, se o aborto no Brasil é crime e que ninguém conseguiria, portanto, detectar os abortos feitos clandestinamente, como é que os "estudiosos" conseguiram apurar estes índices? Os dados são do Ministério da Saúde, o qual só colhe os números obtidos em hospitais públicos, onde, supostamente, podem registrar mortes de mulheres decorrentes de abortos, mas somente as de classe social mais baixa. No entanto, aqueles abortos realizados em clínicas clandestinas, e cujas mortes nunca foram registradas porque as mulheres (brancas ou ricas) e suas famílias têm condições de esconder o crime, foram computados? De que forma?
Estes dados coincidem com a técnica abortista de alarmar resultados de mortes de mulheres pobres e negras decorrentes do aborto. Esta técnica foi revelada pelo rei do aborto, o Dr. Nathason, hoje um baluarte da luta pró-vida no mundo.O exagero destes números favorece, pois, a causa do aborto, pois dá a entender que se tais abortos fossem realizados à luz do dia, com aprovação legal, não causariam tantas mortes de mulheres pobres e negras. Esta falácia, esta mentira deslavada, hoje caiu no descrédito com a revelação dos dados "oficiais" onde já vigora leis abortistas, como na Europa e EEUU, onde continuam morrendo muitas mulheres, pobres, pretas, ricas ou não, em decorrência de abortos. Ora, se no Brasil a assistência médica normal já é tão carente, morrendo gente até mesmo por fazer lipo-aspiração (que não é crime, é legal), como se pode dizer que com a aprovaçãoo do aborto diminuirá o número de tais mortes? Como se vê, uma balela.

Campanha em favor do ateísmo?

Como já se não bastasse o ateísmo prático, da vida que se leva hoje em dia, foi lançada na Inglaterra uma campanha publicitária a favor do ateísmo. O lema, tirado de um famoso biólogo darwinista, Richard Dawkins, é este: “Deus provavelmente não existe, deixe de preocupar-se e goze a vida”. Esta legenda será afixada nos ônibus de Londres por iniciativa da jornalista Ariane Sherine, dizendo ela para fazer face às mensagens religiosas. A campanha está obtendo êxito em virtude dos organizadores terem conseguido arrecadar cinco vezes os fundos necessáros, isto é, 35 mil euros, para colocar os anúncios em 30 ônibus urbanos. O caráter do anúncio será, de início, meio de brincadeira, para divertir as pessoas, mas, no fundo (segundo os autores) há algo de sério, pois os ateus desejam afastar tudo o que lembra Deus da sociedade, até mesmo das cogitações das mentes das pessoas. Não pretendem parar por aí, é claro, e já pensam numa campanha mais audaciosa no futuro, talvez até ofensiva contra as religiões. O que se lamenta mais é a torpe e frouxa reação dos “cristãos” ingleses: alegam que é um direito de qualquer grupo manifestar sua posição ideológica e filosófica, criticando apenas o aspecto do gozo da vida, o qual, dizem, nada tem a ver com os ensinamentos cristãos. A tradicional Igreja Metodista Britânica também se manifestou de modo positivo, considerando interessante que autores como Dawkins se preocupem com Deus. Por aí se vê, quanta condescendência com o ateísmo, até mesmo por aqueles que deveriam combatê-lo! Nem sequer os argumentos favoráveis à existências de Deus (tão prolixos na teologia moderna) foram apresentados para calar a boca do biólogo, o qual tentou, inutilmente, se utilizar da ciência para provar a inexistência de Deus em seu livro “Deus, um delírio”. O evolucionismo, sim, é um delírio inconseqüente, especialmente aquele denominado “evolucionismo natural ou espontâneo”, hoje contestado por inúmeros cientistas, pois as teses ou teorias evolucionistas nunca conseguiram ser provadas.

domingo, 26 de outubro de 2008

Cresce a perseguição religiosa no mundo.

Mais de 60 países em todo o mundo violam “gravemente” a liberdade religiosa. O número é lançado no “Relatório 2008 - Liberdade Religiosa no Mundo”, publicado pela organização católica internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS). Segundo a publicação, com mais de 600 páginas, os casos mais dramáticos no período estudado registaram-se na Índia, Paquistão, Arábia Saudita e Eritreia, nações onde a liberdade de culto é negada de maneira mais violentas e nas quais os crentes são perseguidos, nalguns casos até à morte. Esta nova edição do "Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo" retrata uma situação crítica, a nível mundial, da liberdade de culto. Os conflitos militares, o terrorismo e as ditaduras contribuíram, entre outras causas, para as situações mais alarmantes. O relatório analisa a situação da liberdade religiosa em cada país, com base nos testemunhos de representantes da Igreja local, documentos oficiais, artigos de agências de notícias e outros media especializados em assuntos religiosos, bem como nas informações fornecidas por organizações de direitos humanos. O estudo assinala que a perseguição religiosa está a aumentar em todo o mundo. O presidente da AIS, Pe. Joaquín Alliende, frisou no lançamento do relatório, em Roma, que “sem liberdade religiosa não há democracia nem paz no mundo”. O sacerdote chileno declarou que a obra “responde a uma necessidade cada vez mais sentida pela opinião pública de conhecer a situação real dos direitos humanos em geral, e da liberdade religiosa em particular, como direito inalienável de todo o ser humano”. O presidente da AIS destaca o carácter “não-confessional” do relatório, que não analisa apenas a situação dos católicos. Entre as principais preocupações apresentadas, está a da Índia, que piorou nos últimos anos, apesar de a Constituição reconhecer a liberdade religiosa. “Trata-se de uma perseguição que é aproveitada e financiada por pessoas que querem manter a população ao nível da escravidão”, explicou na conferência de imprensa o Pe. Bernardo Cervellera, director da agência AsiaNews e um dos redactores do relatório. O estudo analisa também a situação no Iraque, onde desde finais de Setembro duas mil famílias cristãs tiveram de abandonar Mossul. Lista negra No relatório é apresentada uma lista de países nos quais se registaram “graves limitações à liberdade religiosa”. Entre eles encontram-se a China, Cuba, Coreia do Norte, Irão, Nigéria, Myanmar (ex-Birmânia), Laos, Arábia Saudita, Paquistão e Sudão. Em seguida, consta uma lista de países nos quais se verificam “limitações legais à liberdade religiosa”, entre os quais se encontram Afeganistão, Argélia, Bahrein, Bangladesh, Bielorrússia, Bolívia, Egipto, Eritreia, Terra Santa (Israel e os territórios palestinos) e México. A AIS fala ainda de países nos quais se registaram episódios de “repressão legal” e de países nos quais se registaram conflitos locais, analisados já noutras secções. Segundo o Pe. Cervellera, um dado interessante a reter é que as violações à liberdade religiosa “se devem cada vez menos a causas ideológicas e cada vez mais a motivos de poder”. Nalguns casos, como por exemplo na China, “o receio de abrir-se à liberdade de culto coincide com o temor de deixar espaços a outras liberdades”.
O problema da perseguição aos católicos na Índia
Segundo o Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre – info@fundacao-ais.pt na Índia são mais de 50 mil os refugiados por perseguição religiosa. Mais de 60 pessoas morreram e 50 mil tiveram de abandonar as suas casas, na Índia, devido à violência de fundamentalistas hindus contra cristãos, noticia a Rádio Renascença. Os ataques sucedem, há dois meses, em especial no Estado de Orissa, onde uma freira foi incitada, por cinco mil mulheres hindus, a casar-se com o seu violador.
Casas e igrejas são destruídas, as linhas que delimitam os terrenos privados são retiradas, as terras ocupadas e divididas entre os agressores.
Os poucos cristãos que ficam nas aldeias são obrigados, sob ameaça de morte, a converter-se ao hinduísmo. Para os que se recusam, há um castigo: são obrigados a profanar bíblias, a agredir cristãos e, nalguns casos, a beber urina de vaca, considerada «purificadora» para alguns hindus.
O padre Ajay Singh, um dos poucos a ter acesso aos campos de refugiados, descreveu que «os cristãos estão a ser tratados como animais».
«Recebem um cobertor por família, não existe qualquer sistema sanitário ou de higiene. Mais trágico é que nem sequer lhes é permitido rezar, estão constantemente a ser observados pelas forças de segurança», contou.
Um casal terá sido intimado a rejeitar a religião cristã, o marido aceitou mas a mulher, grávida de sete meses, recusou e pagou um preço: terá sido esquartejada pelos hindus. Há relatos de pessoas, incluindo crianças, regadas com gasolina e incendiadas.

sábado, 25 de outubro de 2008

Jornal católico mostra Santa Missa na China

O jornal católico francês PELERINS mostra em seu site um vídeo de uma missa celebrada na China comunista e atéia, na localidade de Qi Zhuang, próximo de Xian Xian, província de Hebei, a 300 km de Pequim. O lugarejo possui apenas 610 habitantes, dos quais 500 são católicos, proporção excepcional considerando-se que no país os católicos são apenas 1%. Na província de Hebei, os católicos somam 1,5 milhão numa população de 60 milhões. Quem celebra a Santa Missa é o padre Ly, imagem de uma nova geração de padres chineses, os quais saíram da clandestinidade com a abertura política da China.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Ordenados mais seis sacerdotes do IBP

Os sinais de uma maior reaproximação do IBP com a Igreja continuam a se manifestar. Dia 11, em Bordeus, na França, foram ordenados seis novos sacerdotes daquele Instituto. Recordemos que o IBP foi fundado por sacerdotes que se desligaram da FSSPX, corrente lefebvrista frontalmente resistente a normas do Vaticano e ao último Concílio, formando agora uma sociedade de vida apostólica de direito pontifício. Veja nossa postagem Parte dos lefebvristas já aceitam a comunhão com Roma, onde são analisadas as medidas da política de aproximação que o Papa vem desenvolvendo com o grupo, especialmente por causa de uma excomunhão que pesa sobre ele. Havia uma sede do IBP no Brasil, mas foi fechada recentemente por causa de ingerências de uma pessoa que o desviava de seus compromissos com o Vaticano, conforme se pode ver em nossa postagem Caso IBP não foi por falta de recursos mas de disciplina. A Santa Sé outorgou aos membros do novo instituto o uso da forma tridentina do rito romano, empregando o Missal romano de 1962, assim como os demais livros litúrgicos. Os membros do IBP assumiram o compromisso de respeitar o Magistério oficial da Santa Sé com fidelidade completa tanto ao Santo Padre, o Papa, quanto ao que prescreveu o Concílio Vaticano II. Com relação a este último, foi lhes permitido exercer uma crítica séria e construtiva, reconhecendo porém a interpretação autêntica da Igreja.

Parlamento britânico aprova experiências com embriões humanos

A técnica chamada de "clonagem" de animais progrediu tanto que já se fala em fazer o mesmo com seres humanos. Muitas experiências genéticas foram condenadas, mas porque inicialmente eram feitas pelos nazistas (como ocorreu com o médico Mengele). Hoje, com a assombrosa liberdade que os governos dão a tais cientistas, referidas experiências tornaram-se rotineiras. Muitos deles recebem subvenção de governos e da própria ONU para realizar seu trabalho. Assim, criam medicamentos abortivos ou contraceptivos; fertilizam mulheres por processos artificiais (chamado "in vitro"); realizam experiências com fetos humanos, de onde extraem substâncias que comercializam, etc. No final de 2002 uma seita que se dizia "vinda de outro planeta" anunciou haver clonado um ser humano. Os cientistas afirmam que se trata de um falso anúncio. Ora, se é falso porque teve tanta publicidade na mídia? Então uma notícia de tal gravidade e importância é divulgada aos quatro ventos do mundo sem que se saiba se é verdadeira? Será que ela não foi propagada exatamente para se testar a opinião pública, para ver que tipo de reação os homens ainda têm perante tais notícias?
Pode-se conjecturar, a estas alturas, se não estamos prestes a ver surgir entre nós a entidade imaginada por Fausto, e celebrizada no famoso romance “Fausto”, de Goethe, o “Homúnculo”. Trata-se de um “ser” humano que os antigos feiticeiros pretendiam fazer criar, ou gerar, sem corpo, sem peso e sem sexo, mas dotado de um cérebro superdotado. Goethe imaginou a criação do “homúnculo” a ser produzido artificialmente em laboratório pelos personagens Fausto e Wagner. O tal “homúnculo” teria a capacidade de tudo ver, inclusive os sonhos e pensamentos mais recônditos dos homens, mas seria incompleto, porque não teria o poder de amar e nem teria consistência e plenitude física. Tratar-se-ia de um homem de proveta, feito em laboratório, exclusivamente constituído por cérebro e espírito e dotado de grande poder psíquico. Tal seria a capacidade criadora do homem moderno para conseguir tal feito se não tivesse também a participação do demônio e a permissão de Deus...
As menções de homens criando a vida, fabricando um outro homem, datam de tempos muito antigos, remontando aos tempos da Grécia Antiga e a períodos ainda mais remotos. Estas tentativas, que atingiram sua expressão mais assustadora com a figura imaginada do monstro do doutor Frankenstein, também foram objeto de atenção de Goethe. Voltando-se para Mefistófeles, disse-lhe que doravante a concepção dita "natural" feita pela aparelhagem do sexo, estaria reservada apenas ao gozo dos animais, aos que pastam e aos que voam. E eis que, de fato, retirado dos fundos do forno, um homenzinho surgiu. Por detrás do invólucro de vidro, o útero artificial que Wagner criara, via-se claramente um serzinho em pé. Para enternecimento de Wagner ele não só nascera loquaz, mas reclamando afeto, tratando-o de Väterchen, paizinho, exigindo abraços, mesmo que fossem ao redor da incubadora que o protegia.

"Homúnculos" ou "humanzés", monstros gerados pela ciência
Não estamos longe de ver estes "homúnculos" andando pelas ruas.
No último dia 22 o Parlamento britânico aprovou uma lei que liberaliza todo tipo de práticas biomédicas com embriões humanos, incluindo a clonação, a criação de híbridos humano-animal, a de “bebês-medicamento” e o uso de tecidos de diminuídos psíquicos para se criar clones com eles. O projeto obteve a aprovação de uma impressionante maioria de 355 parlamentares, com apenas 129 contra. A falada “lei de embriologia e de fertilização humana” inglesa é tão radical e única entre as legislações modernas, que até mesmo entre os deputados trabalhistas (do governo) houve 16 que votaram contra. Um dos protestos mais vigorosos contra esta lei foi feito pela deputada conservadora Nadine Dorries, avisando que teremos brevemente entre nós uma mescla entre homem e chimpanzé, técnica já prevista em 1998 pelos cientistas Jeremy Rifkin e Stuart Newman e denominada de “Humanzé”. O termo refere-se aos híbridos hipotéticos entre homem e chimpanzé, especialmente um símio de nome Oliver, popularizado na década de 70 como possível híbrido, ainda que se tenha dito que não o era. No entanto, o catedrático de Antropologia da Universidade de Florença, Brunetto Chiarelli, denunciou que não só é possível realizar um cruzamento entre um homem e uma fêmea de chimpanzé, mas que já havia tais experiências nos Estados Unidos, embora os cientistas tenham interrompido a gravidez da macaca antes que chegasse ao seu termo.
“De todas as possibilidades experimentais debatidas no curso desta lei, seguramente nenhuma é tão radicalmente repulsiva como a possibilidade de buscar inseminar animais com esperma humano”, acrescentou a parlamentar Nadine Dorries.
Seria o que ela denominou de “Soldado definitivo”, aquilo que Stalin já tinha tentado na URSS na década de 20.
O que permite a atual lei britânica
a) Casais do mesmo sexo podem encomendar bebês em laboratórios de fecundação “in vitro”, eliminando a necessidade de um pai que a lei anterior exigia. Assim, a criança nascerá sem pai e sem mãe naturais, assumindo este papel os homossexuais que o adotarem;
b) Permite a criação “in vitro” do que se convencionou chamar “bebês medicamentos”, isto é, crianças que nascerão com condições médicas e corporais para salvar outros que precisem, por exemplo, de tecidos ou de órgãos para transplantes;
c) Os laboratórios poderão manipular geneticamente embriões para conhecer ou alterar sua identidade genética;
d) A lei permite, ainda, que sejam tirados tecidos de pessoas psicologicamente incapacitadas para fazer clones deles;
e) Todas as medidas legais “duvidosas” exaradas nos últimos 16 anos são derrogadas: a Autoridade de Embriologia e Fertilização Humana do Reino Unido concede, assim, uma anistia geral aos crimes genéticos antes praticados;
f) A lei permite se fazer híbridos genéticos de homens e animais para fins de experiências científicas;
Para os grupos pró-vida só há duas coisas positivas na lei: o fato dela ter sido aprovada às escondidas, sem notícia na mídia, mostra que o debate ético e moral está ainda vigoroso na Inglaterra; e como se tratou também na lei de ampliar a liberalização do aborto na Irlanda do Norte, a medida foi radicalmente desaprovoada pelas autoridades irlandesas, demonstrando forte reação contra o aborto até mesmo entre os dirigentes políticos daquele país.

O futuro da humanidade: controle eugênico da população?
Em 1997 a Columbia Pictures lançou o filme de ficção “Gattaca”, produzido por Danny DeVito, Michael Shamberg e Stacey Sher. No filme, era vislumbrado um futuro no qual os seres humanos são escolhidos geneticamente em laboratórios, as pessoas concebidas biologicamente são consideradas inválidas. Gattaca se passa num suposto tempo futuro não tão distante, mostra uma sociedade em que o Estado não tem controle sobre a visão social da qualidade genética e em que tal manipulação genética criou novas espécies de castas, preconceitos e divisões sociais, aparentemente legitimadas pela ciência. Aos pais que desejam ter filhos é dada a oportunidade de escolher e manipular a interação entre seus gametas, para gerarem filhos com a combinação melhor de qualidade genética possível. Esse procedimento acaba criando uma distinção de quem está mais apto para fazer o que na sociedade e como resultado final, gera uma tarja a ser carragada pelo resto de suas vidas: Válido, no geral frutos dessa combinação genética planejada; ou Não-válido, humanos menos perfeitos, com mais propensões a doenças e deficiências, mesmo que mínimas. Aos Válidos são disponibilizados os melhores empregos e as grandes competições, enquanto para os Não-válidos é limitada a liberdade de escolha, por meios socio-econômicos, a exemplo, pelo seu currículo genético não se consegue um emprego melhor que faxineiro. A história do filme envolve dois irmãos, "Vincent Anton" e "Anton", respectivamente concebidos de maneira natural e manipulado geneticamente. Ambos carregam o nome do pai, mas ao saber do resultado genético do primogênito, o pai inclui um primeiro nome diferente no filho não tão perfeito, resguardando seu nome para um segundo filho, supostamente o mais bem sucedido.O primeiro, Não-válido, mesmo tendo pré-disposição a várias doenças e uma previsão de sua morte para seus 30 anos, busca realizar seu sonho contra tudo e todos. Deseja viajar para as estrelas e com todo seu esforço e um pouco de corrupção do sistema, tenta superar os limites impostos ao seu destino, sendo obrigado a esconder de todos quem ele realmente é

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Prêmio Nobel, vedado aos católicos?

Os nomes dos laureados pelo prêmio Nobel são anunciados anualmente em outubro pelos diferentes comitês e instituições que realizam a escolha. O propósito original era permitir que as pessoas laureadas continuassem a trabalhar ou pesquisar sem pressões financeiras. Pode ser ganho individualmente ou repartido em até três pessoas no máximo. E as principais matérias sempre foram Física, Química, Medicina, Literatura e Paz. Não há prêmio para matemáticos nem para economistas. Este último foi criado depois (em 1968), mas não se diz que é prêmio Nobel. No entanto, a premiação tornou-se aos poucos um incentivo a cientistas revolucionários e políticos inescrupulosos (estes últimos laureados pelo prêmios de Literatura e da Paz). Os dois prêmios que mais causam polêmica são o de Literatura e o da Paz, concedidos na maioria das vezes a pessoas cuja militância política propagam idéias revolucionárias no mundo, como os escritores Elfried Jelinek e Haroldo Pinter, críticos ferozes de George W. Bush. No passado, também foram premiados pelo prêmio da Paz políticos cujas idéias eram base de uma revolução social, como por exemplo Martin Luther King e o pastor anglicano da África do Sul Desmond Tutu.
Prêmio Nobel de Física de 2008 é vedado a cientista católico
Tem despertado grande sensação a atribuição do Nobel de Física aos japoneses Makoto Kobayashi e Toshihide Maskawa. Cientistas Italianos estão revoltados, porque o prêmio foi atribuído ao descobrimento indicado genericamente, na ciência e na universidade, como a matriz Cabibbo-Kobayachi-Maskawa (CKM ou matriz, as iniciais dos três pesquisadores).
O verdadeiro pai da descoberta, que nem sequer foi mencionado, é o prof. Nicola Cabibbo, ex-professor de física das partículas elementares da Universidade de Roma e presidente do Instituto Nacional de Física Nuclear de 1983 a 1992 e do Enea, e, a partir de 1993, Presidente da Pontifícia Academia das Ciências.
Sobre o caso, Roberto Petronzi, presidente do Instituto Nacional de Física Nuclear (INFN), declarou "estar satisfeito com o fato de o Prémio Nobel ter sido atribuído a esta área da física, que passa a ter mais e mais atenção de todo o mundo e nós esperamos descobertas fundamentais que irão aumentar a nossa compreensão sobre o Universo".
"Contudo - ele frisou - não posso esconder o fato de que essa particular atribuição me enche de amargura, porque Kobayashi e Maskawa têm como único mérito a generalização, no entanto simples, de uma idéia central cuja paternidade pode ser atribuída ao físico italiano Nicola Cabibbo que, de forma independente e inovadora, compreendeu o mecanismo do fenômeno da mistura de quarks e, em seguida, facilmente generalizada pelos dois físicos recompensados."
Criticou também o presidente do Conselho Nacional de Pesquisa (CNR), o físico Luciano MAIANI, que recordou que "o trabalho de Cabibbo representou uma reviravolta histórica para a Europa, e comentou que "não há comparação com os trabalhos de Kobayashi e Maskawa: a sua contribuição foi, sem dúvida, importante, mas a estrada tinha sido aberta pelo trabalho do Cabibbo".
Para Enzo Boschi, físico e presidente do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), "o prêmio Nobel de Física foi concedido apenas a Nicola Cabibbo, que em 1963 abriu a maior tendência da física moderna".
Segundo o presidente do INGV, a exclusão de Cabibbo pelo Nobel é "provavelmente a maior injustiça que a Academia Sueca de Ciências jamais fez em toda a sua história".
Fabio Malaspina, um professor de física e master de Ciências Ambientais da Universidade Europeia de Roma, se perguntou se a exclusão de Cabibbo não é devido ele ser católico.
"Esperamos que, no futuro, o Comitê dê a conhecer as razões da escolha surpreendente - explicou Malaspina - caso contrário terão confirmado o que vêem, após a cerimônia de atribuição da Madre Teresa de Calcutá, os católicos fora a priori a partir da concorrência".
Quando perguntado por que os católicos são discriminados, Malaspina respondeu: "A premiação de Cabibbo provavelmente teria novamente destacado que muitos crentes foram grandes cientistas e que a ciência e fé não são opostos, como alguns matemáticos que possuem grandes espaços em mass-media, tentam fazer-nos acreditar. " "Talvez, infelizmente - observou - têm a mesma atitude mental, a mesma dimensão cultural, para lhe arrancar a premiação a partir do episódio do Papa em "La Sapienza ", e por isso colocam um cientista da física tipo Cabibbo longe do prêmio Nobel".

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Quantos decretos Lula já assinou sem os haver lido?

De manhã, em São Paulo; de tarde, em Brasília; de noite, no avião presidencial rumo a outro país. Dois dias depois, volta à Brasília, onde assina, de uma batelada, dezenas de decretos. Esta é uma situação hipotética em que colocamos o nosso presidente. E fazemos a pergunta: em meio a tantas viagens, tanto para dentro de nosso território para fazer política e inaugurações quanto para o exterior, quanto tempo dispõe o presidente para administrar o país? Será que ele tem tempo pelo menos de ler os decretos que assina juntamente com seus ministros? Se tivesse tempo, saberia lê-los? Dir-se-ia que sim, pois diz-se que muitos são os assessores. Duvido. Segundo o ministro Reinhold Stephanes, da Agricultura (v. "Folha de São Paulo", de 21.10.2008), pelo menos uma vez, comprovadamente, o presidente assinou um decreto sem lê-lo. Trata-se do decreto 6514, publicado em julho último, e que prevê penas como suspensão das atividades e embargos de propriedades e rebanhos, caso o produtor não conserve ou restaure áreas de reserva legal. Segndo o ministro, o decreto “criminalizou o agricultor brasileiro”, pois existem cerca de 4 milhões de agricultores no país, dos quais 3 milhões não terão condições de cumprir o que reza o referido decreto. Inclusive, o próprio ministro Carlos Minc chegou a declarar que foi enganado (supostamente por dados incorretos do Ibama) ao assinar tal decreto, pois as próprias “comunidades” de invasores formadas pelo MST seriam penalizadas pela lei, já que são eles que menos respeitam as reservas ambientais. Carlos Minc estaria penalizando a "menina dos olhos" de Lula, que é o MST, razão porque, provavelmente, Lula reclamou: "Não li, se tivesse lido não o teria assinado...".
Pérolas do presidente
Há uma tendência dos brasileiros de criar crônicas sobre frases antológicas de todo presidente que passa pelo cargo no País. Famosas foram as frases, criadas ou verdadeiras, que fizeram de Dutra, Castelo Branco, Figueiredo e tantos outros, mais famosos ainda. Algumas são hilariantes e parece mais fazer parte do imaginário. No entanto, no que diz respeito a Lula muitas delas foram registradas pela mídia, seja pela TV, seja pelos jornais. O site Repórter Net reuniu algumas frases de lula numa seção chamada Pérolas do presidente Lula. Eis algumas delas:
“Da mesma forma que a gente faz a reforma agrária na terra, é preciso fazer uma reforma aquária, na água“.
Em discurso durante o lançamento do Plano Nacional de Desenvolvimento da Pesca e Aqüicultura, em Salvador-BA (Imprensa da Presidência, 29/07/2008).
“ Eu fico imaginando que muitas vezes nesta mesa aqui parece a Santa Ceia, todo mundo reunido…”
(O Globo, 23/01/2008).
“Certamente o embaixador russo recebeu a notícia e certamente mandou para o presidente Putin, e certamente o Putin ficou meio putin com o Brasil.”
Em discurso oficial, em 20/03/2007, na cerimônia de inauguração do Complexo Industrial da Perdigão (Mineiros-GO), a propósito de denúncias de que frigoríficos brasileiros estariam pagando suborno a autoridades russas com o objetivo de exportar carne para a Rússia.(Blog do Reinaldo Azevedo, 09/09/2006).
“Eu sou contra greve de fome. Eu sei o que é uma greve de fome, dá uma fome danada.”
Comentando a greve de fome de dom Luiz Cappio em protesto contra a obra de transposição das águas do São Francisco. (Revista Veja, 27/12/2007, retrospectiva).
“É preciso melhorar a massa encefálica dentro do cérebro para as pessoas compreenderem que as mulheres devem ser respeitadas.”
Falando sobre o Dia Internacional da Mulher, no Rio De Janeiro.(Diversos sites e anais do Senado Federal (07/03/2007).
“… os índices econômicos melhoraram e que a única coisa que cai é o salário. (Ele queria dizer inflação, mas se traiu).
Falando sobre o crescimento econômico.(O Globo, 11 de agosto de 2006).
“Não é mérito, mas, pela primeira vez na história da República, a República tem um presidente e um vice-presidente que não têm diploma universitário. Possivelmente, se nós tivéssemos, poderíamos fazer muito mais.”
No lançamento do programa Brasil Alfabetizado, dia 08/09/2003 (Site Radiobrás).

Padres progressistas tentam apoio católico à candidata abortista e imoral do PT

Todos sabem que Marta Suplicy, a candidata do PT à prefeitura de São Paulo, tem vida públida marcada por ações imorais. Além de conhecida “sexóloga”, pseudo ciência que propaga a imoralidade na juventude, a política petista defende afrontosamente o aborto e o homossexualismo. Chegou a participar de congressos homossexuais e colocar para tramitação, quando era deputada, um projeto de legalização das uniões gays. Preocupados em perder a eleição no maior reduto eleitoral do País, os ideólogos de Brasília (leia-se PT) tentaram armar uma aprovação dos católicos à candidata petista, usando para isto da influência de padres progressistas, antigos aliados do partido. Apesar da oposição da Arquidiocese de São Paulo, um grupo de padres progressistas, que se autoproclamaram “Fórum de Católicos pela Justiça”, distribuíram milhares de panfletos apoiando Marta. O próprio Lula chegou a falar deste apoio como uma esperança de apoio religioso à sua candidata, já que os evangélicos se decidiram pelo outro candidato. Segundo a imprensa, o grupo foi liderado pelos padres Tarcísio Marques e Júlio Lancelotti, sendo que este último (isto mesmo!) é aquele sacerdote que lidava com os marginais da casa do menor infrator de São Paulo e sofreu chantagem por, supostamente, praticar atos indecorosos com um deles. Houve pronta reação de grupos católicos contra tão insólita adesão, que pretendia fazer reviver os velhos tempos em que os progressistas falavam demagogicamente, a uma só voz, com a esquerda petista. A propósito, segue abaixo a nota do bispo auxiliar de São Paulo, Dom Pedro Luiz Stringhini, em que desautoriza os membros do “Fórum de Católicos pela Justiça” usar o nome dos católicos para apoiar uma política abortista e imoral a cargo político.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Informo e esclareço o que segue. No dia 17 de outubro de 2008, às 9:00 h, aconteceu, na Região Episcopal Belém, Arquidiocese de São Paulo, uma reunião, com a participação de cerca de 200 pessoas, dentre as quais 40 padres, sendo 9 padres da Região Episcopal Belém. Dessa reunião, resultou um manifesto de apoio à candidata Marta Suplicy, que disputa a Prefeitura de São Paulo, intitulado “Católicos pela Justiça, em favor dos mais Pobres”.
Dois dias antes, quando eu soube que havia sido marcada uma reunião, para a qual os padres estavam sendo convidados, eu estava reunido com 12 padres. Expressei-lhes minha contrariedade e _aconselhei_ a que os padres da Região não participassem.
Na sexta-feira, enquanto acontecia a reunião (e eu me dirigia a Itaici para a Assembléia das Igrejas do Estado de São Paulo) já começaram a chegar telefonemas e mensagens de católicos e outros protestando contra a presença dos padres e o referido apoio.
Imediatamente, da estrada, telefonei à secretaria da Região, pedindo que avisassem aos 63 párocos da Região que estava _proibida_ a divulgação, nas Igrejas, da referida nota, pelo já tão conhecido motivo de que a participação da Igreja na sociedade existe em vista do bem comum e da justiça, mas não é partidária e, por isso mesmo, jamais se posiciona em favor deste ou daquele candidato/a. Por isso, a Igreja não aprova a participação de padres em apoio a um manifesto de caráter político, partidário, eleitoral. O evangelho, nesse domingo, exortava a “dar a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mt 22,21).
Assim foi feito e, do que pude me informar, hoje, segunda-feira, de fato não ocorreu a divulgação. E o clima nas 250 comunidades da Região Belém é de grande serenidade (cf. At 9,31). O povo ama sua Igreja, participa de sua missão evangelizadora e reconhece o imenso bem que realiza, em nome de Jesus Cristo, na defesa da vida e na solidariedade aos pobres. Peço perdão aos católicos que se sentiram ofendidos e, em nome das comunidades e seus padres, desejo transmitir paz e serenidade através dos mesmos meios de comunicação, que prontamente se empenham na divulgação de incidentes como o acima relatado. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8,32).
Em Cristo Jesus, fraternalmente,
Dom Pedro Luiz StringhiniBispo Auxiliar de São PauloRegião Episcopal BelémSão Paulo, 20 de outubro de 2008.Ano Santo Paulino

Feministas, abortistas, iconoclastas e anticristãs

Aos poucos o movimento feminista vem mostrando sua face verdadeira. Recentemente, na Argentina, elas agrediram católicos que defendiam uma igreja que pretendiam profanar. Agora, na Espanha, as feministras ameaçam incendiar igrejas. Tudo ocorreu durante as manifestações contrárias à presença de um barco abortista holandês ancorado em Valencia. A presença insolente de tal barco, para a prática criminosa tão abominável, suscitou a reação de várias organizações pró-vida espanholas. Inconformadas com a reação católica, membros da organização abortista “Women on Waves” distribuíram caixas de fósforos com os dizeres inisinuantes escritos: “a única igreja que ilumina é a que arde”... Talvez sejam as mesmas caixas de fósforos que estejam sendo usadas pelos extremistas indianos de Orissa.

Canibalismo é coisa do passado e de gente bárbara?

O costume indígena mais bárbaro, cruel e desumano era evidentemente o da antropofagia. Não se tem notícia de nenhum outro povo com costume tão bárbaro. Algo de parecido pode ter ocorrido entre os hebreus, mas decorrente de certos castigos (lev 26, 28-30), ou então no cerco de Jerusalém havido no ano 70 de nossa Era, onde, por causa da terrível fome que grassou entre eles, chegaram a comer carne humana. Entre os nossos índios, porém, se comia carne humana pelo prazer da vingança.
Quando o Beato Anchieta encontrava-se refém entre os tamoios, como garantia da negociação de paz que estava sendo feita entre os índios e os portugueses, presenciou a seguinte cena: “...E então mandou a uma de suas mulheres que tirasse uma canela da perna que tinha guardado, de que soem fazer flautas. Os outros vendo-a disseram: “Pois tu o mataste e comeste, comamos nós também”, e pedindo farinha, um por uma banda e outro por outra, começaram a roer nela como perros”

Mais ou menos na mesma época, o aventureiro Hans Staden era prisioneiro dos mesmos índios, onde presenciou fatos semelhantes. Certo dia os índios prepararam o fogo para cozinhar um índio carijó, morto, não se sabe, pela mão dos tamoios ou por causa de doença que havia contraído: “Decepou-lhe a cabeça, pois o carijó tinha só um olho e tinha má aparência, por causa da moléstia que tinha tido. Atirou fora a cabeça, chamuscando a pele do corpo sobre o fogo. Picou-o depois, repartindo-o entre os outros, em partes iguais, como é usado entre eles. Consumiram-no todo, menos a cabeça e as tripas, das quais tiveram nojo, porque estava doente”. Alguns dias depois Hans Staden foi levado á tenda do cacique Cunhambebe, à frente do qual o alemão viu um cesto cheio de carne humana. O chefe índio comia uma perna nesse momento, oferecendo-lhe um pedaço para também comer, o qual respondeu ao índio: “Um animal irracional não come outro parceiro, e um homem deve devorar outro homem?” Cunhambebe deu mais uma mordida e respondeu: “Sou um jaguar. Está gostoso”.
Realmente é muito estranho que um animal coma seu semelhante: nem os tigres o fazem. No entanto, homens bárbaros chegam a este ponto. Os padres jesuítas informavam que em geral os índios, pela sua própria natureza, sentiam certa repugnância em comer carne humana, causando até vômitos em alguns, mas era vencida facilmente pelo ódio e espírito de vingança que nutriam pelo morto.
Todos comprovam que era por espírito de vingança que o faziam, como informa o padre Thevet: “...a maior vingança praticada pelos selvagens, a que me parece ser a mais cruel e indigna, é a de devorar os inimigos. Quando capturam prisioneiros de guerra e não têm meios de conduzi-los à sua aldeia, cortam-lhes os braços e as pernas e, se houver tempo antes de recomeçar o combate, devoram-no ali mesmo, enquanto não chega a hora de se retirarem do local. Caso contrário, cada um leva seu pedaço maior ou menor. Sempre que podem, levam os cativos para a sua aldeia, mas ali também o devorarão posteriormente. ...é custoso arrancar-lhes um prisioneiro das mãos depois que o agarram, tal é a avidez que têm de devorá-lo, parecendo leões famintos”.

Já em suas primeiras cartas do Brasil, o Beato Anchieta conta que toda a terra está povoada de índios ”que têm por sumo deleite comer-se uns aos outros. E muitos vão às guerras, e andando mais de cem léguas, se cativam três ou quatro, se tornam com eles. E com grandes festas e cantares os matam, usando de muitas cerimônias gentílicas e assim os comem, bebendo muito vinho, que fazem de raízes. E os miseráveis dos cativos se têm por muito honrados por morrer morte, que a seu parecer é mui gloriosa”. Logo após o lance fatal em que a vítima era morta, as mulheres avançavam sobre o corpo do defunto e “umas lhe espetavam com paus agudos os membros cortados, outras untavam as mãos com as gorduras deles e andavam untando as caras e bocas às outras, e tal havia que colhia o sangue com as mãos e lambia, espetáculo abominável de maneira que tiveram uma boa carniçaria com que se fartar”.Costumavam também moquear os restos mortais para guardar e comer depois, cortando fora o dedo polegar “porque com este atirava flechas”.
O padre Simão de Vasconcelos, desce a detalhes:
“Nações há destas que em colhendo às mãos o inimigo, o atam a um pau pendurado, como se penduraram uma fera, e dele a postas vão tirando, e comendo pouco a pouco, até deixar-lhe os ossos esbrugados; ou cozendo-as, ou assando-as, ou torrando-as ao sol sobre pedras; ou quando o ódio é maior, comendo-as cruas, palpitando ainda entre os dentes, correndo-lhes pelos beiços o sangue do miserável padecente, quais tigres desumanos. Outros lhes abrem as entranhas, e lhes bebem o sangue em satisfação do agravo; e antes que expire chega a ele o agravado, ou algum seu parente, e dando-lhe com uma maça na cabeça, acaba de matá-lo; e fica deste feito afamado, e com nome de grande, e valente entre os outros. Usam também partir o padecente em quartos, qual onça do mato, e assados estes, ou cozidos, os vão comendo em seus banquetes, com grandes bailes, e bebidas de vinho: e para mais cevarem o ódio, conservam parte destas carnes ao fumo, para dar sabor às mais carnes das feras, quando as cozem, como costumamos fazer com toucinho”.

Muitos já cristãos, mas lembrando ainda dos antigos costumes pagãos, lamentavam na hora da morte não poder se vingar dos inimigos comendo mais alguns pedaços de carne deles. O jesuíta Azpilcueta Navarro indo visitar uma aldeia ficou horrorizado com o espetáculo que presenciou: “...vi que daquela carne cozinhavam em um grande caldeirão, e ao tempo que cheguei, atiravam fora uma porção de braços, pés e cabeças de gente, que era cousa medonha de ver-se, e seis ou sete mulheres que com trabalho se teriam de pé, dançavam ao redor, espevitando o fogo, que pareciam demônios no inferno”.
Entre povos bárbaros temos notícias de canibalismo não só de nossos índios, mas também dos incas e astecas. E até mesmo de antigos povos que habitavam a Europa. A descoberta de dois corpos de mais de dois mil anos, mutilados e queimados na Suíça, pode confirmar algo que os arqueólogos supunham há algum tempo: que os antigos suíços praticavam canibalismo, informou a imprensa do país. Os dois corpos de adultos exumados estavam deitados de bruços, sem o braço e a perna direitos, e os restos tinham indícios de queimaduras, declarou um dos arqueólogos do sítio de Mormont, situado entre Lausanne e Yverdon les Bains. "Pode-se supor que foram assados. Por isso, é provável que tenham sido comidos. Em todo caso, foram tratados como animais", explicou. Textos romanos permitem achar que os celtas - dos quais os suíços são um dos povos descendentes - praticavam sacrifícios humanos, mas até agora nenhuma prova arqueológica permitiu provar atos desse tipo. A agência de pesquisas arqueológicas Archeodunum, que trabalha nesse sítio, assinalou que não pode confirmar informações sobre a descoberta por ora. Em 2006 foram iniciadas escavações em Mormont, um dos maiores santuários do mundo celta, com mais de 250 valas onde foram encontrados restos de animais e fragmentos humanos. Pode exagero na conclusão dos citados cientistas, pois não se pode concluir que havia um costume canibal enraizado no povo apenas pela "prova" de dois corpos encontrado em tais condições. Um costume exigiria mais corpos na mesma condição.
O que levaria o homem ao canibalismo? Viu-se, assim, que o que motivava os índios à prática do canibalismo era o espírito de vingança. E o que estaria motivando o homem moderno à volta desta prática tão bárbara? Eis uma notícia, divulgada pela G1 da Globo, que mostra um entre vários casos ocorridos nestes últimos dias, onde se verifica a volta do canibalismo justamente entre gente que se diz “civilizada”, isto é, na Inglaterra. A notícia demonstra, ainda, que a violência contra os homossexuais é cometida entre eles mesmos. Se fosse o caso de um heterossexual matando e canibalizando um homossexual, a mídia liberal gritaria por medidas urgentes contra a “homofobia assassina e insana”.
Depois de três horas de duração, o júri deu a sentença para o ex-Mr.Gay do Reino Unido, acusado de cortar e cozinhar partes do ex-namorado em Leeds, Inglaterra. Anthony Morley, 36, cortou a garganta de Damian Oldfield depois de várias facadas na vítima em abril deste ano. Morley, que é “chef”, foi preso em um mercado próximo a sua casa, com a roupa suja de sangue. Ele alegou que tinha matado um homem que havia tentado violá-lo. Morley sustentou que matou a vítima em legítima defesa e encontrava-se inseguro sobre a sua homossexualidade. No dia do crime, Oldfield, que trabalhava na publicidade de uma revista gay, disse que não queria mais continuar o namoro. Eles beberam e dormiram juntos na casa de Morley. O acusado declarou à Corte que ficou aterrorizado com a idéia de que Oldfield fosse estuprá-lo, alegando um trauma de infância. Ele contou que não sabe como matou o ex-namorado e não se lembra do que ocorreu após o ataque. Ele também disse que não se recordava de ter cozinhado partes da vítima, mas poderia tê-lo feito imaginando que estava preparando uma carne no restaurante em que trabalha. A polícia encontrou na casa seis pedaços de carne humana cozida, temperos, óleo e a faca usada no crime. “Antes deste caso, achava que o canibalismo acontecia em épocas remotas, nas passagens de Robinson Crusoé", comentou o juiz James Stewart ao anunciar o veredicto de "um dos assassinatos mais sórdidos" no qual ele já trabalhou. O magistrado lembrou como Anthony Morley havia utilizado suas habilidades de chefe para cortar seu amante e cozinhar sua carne. "Ela não estava a seu gosto, então a jogou no lixo", acrescentou.
Uma notícia vinda da Alemanha causa pasmo e estupor. Ela foi redigida nos seguintes termos:
“A fantasia do técnico de computadores alemão Armin Meiwes, 42, era devorar alguém. Ele a realizou em março de 2001, ao matar e comer um homem que atendera a seu anúncio na internet pedindo vítimas. Ontem, Meiwes começou a ser julgado por assassinato.
No primeiro dia de depoimento, em Kassel (região central da Alemanha) o réu admitiu ter matado Bernd-Jurgen Brandes, 43, e deu detalhes mórbidos do ritual que comparou a “receber a comunhão”.
A defesa, que diz ter o episódio gravado em vídeo, alega que a vítima quis ser morta e concordou em ter o corpo devorado - tendo chegado a dividir parte da própria genitália flambada com o acusado. Meiwes teria convidado Brandes, um especialista em computadores de Berlim, para visitá-lo em sua casa, em Rotenburg, após conhecê-lo pela internet. O assassinato ocorreu numa sala apelidada de “matadouro”, decorada com utensílios de açougue e uma jaula.
Após devorar a genitália, Brandes teria perdido a consciência, e Meiwes então o matou a facadas. Ele pendurou o corpo num gancho de açougue e o fatiou, guardando as porções em seu freezer. Até ser preso, em dezembro de 2002, o réu comeu 20 quilos de carne da vítima. A promotoria, que pede prisão perpétua, admite que Brandes quisesse ser morto, mas alega que ele não tinha discernimento. Já Meiwes, examinado por um psiquiatra, foi considerado apto para o julgamento”. Mas tudo indica que Meiwes não estava só, pois assim conclui a notícia:
“O réu disse que sites com nomes como “Cannibal Cafe” reuniriam “centenas” de pessoas dispostas a devorar alguém ou a serem devoradas. Nos 12 meses em que os anúncios de Meiwes estiveram na rede, 430 pessoas responderam.” (“Folha de São Paulo”, 04.12.2003, A-17)
Outro caso de canibalismo foi em 1920, Fritz Haarmann ficou conhecido como “o vampiro de Hanover”. Fritz já havia sido internado em sanatórios e já havia passado pela polícia até que montou um açougue. Nessa época existiam muitos moradores de rua e Fritz então os convidava para ir até sua casa. Ao chegarem, Fritz os pendurava nos ganchos do açougue e mordia o pescoço das vítimas até morrerem, cortava então seu corpo e fazia salsicha. As salsichas feitas com carne humana por Fritz foram consumidas por ele e outra parte foi vendida em seu açougue. Foram 27 mortos.